Este artigo procura apontar algumas das características do fenômeno religioso pentecostal e seu projeto de poder que possibilitou a formação de alianças políticas entre representantes pentecostais da igreja Assembleia de Deus no Congresso Nacional e uma bancada “conservadora” que reflete um pensamento social misógino, machista, homofóbico e ao mesmo tempo uma suposta cultura religiosa. Tem como método de investigação o Institucionalismo Histórico que trata da organização institucional da comunidade política religiosa como estruturante do comportamento coletivo em sua trajetória (path dependence) na busca de resultados positivos (positive feedbacks) para a instituição religiosa na arena política. Defende a hipótese de que tais características somadas à composição de alianças dentro do campo conservador após as eleições de 2014 reforçam a proeminência de atores religiosos com o avanço do conservadorismo; movimento cooptado pelas elites político-econômicas que se traduziu no golpe de 2016, bem como na eleição de Jair Messias Bolsonaro, representante da extrema direita no expectro político nacional.
O II Seminário de Pensamento Social Brasileiro – intelectuais, cultura e democracia, organizado pelo NETSIB-UFES, realizado entre os dias 23 e 27 de novembro de 2020, na modalidade online, transmitido pelas páginas oficiais do evento no Youtube e no Facebook e pela DoityPlay.
https://netsib.ufes.br/seminario/cadernoderesumos