Quando triunfou o movimento que colocaria fim ao pacto liberal-oligárquico da Primeira República, em outubro de 1930, intelectuais e políticos brasileiros se viram encarregados de imaginarem um novo regime social. Muitos deles apontaram experiências estrangeiras como o liberalismo econômico estadunidense, o fascismo italiano, o racismo alemão, o comunismo soviético. Outros tantos sugeriram ser necessário a elaboração de um regime fundado na história política do Brasil. Mas qual seria esse regime na visão desses intelectuais dos anos que seguiram a Revolução de 1930? Tomava-se como sinal das relações de poder na cronstrução da nação uma esfera relativamente democrática, sobretudo tomando como base da reflexão a ideia de mestiçagem. Dessa maneira, um projeto de poder emergia das elucubrações sobre o regime político que substituiria o liberalismo oligárquico: a democracia racial. Nessa apresentação buscarei argumentar que a democracia racial foi elaborada como um conceito moderno de movimento.
O II Seminário de Pensamento Social Brasileiro – intelectuais, cultura e democracia, organizado pelo NETSIB-UFES, realizado entre os dias 23 e 27 de novembro de 2020, na modalidade online, transmitido pelas páginas oficiais do evento no Youtube e no Facebook e pela DoityPlay.
https://netsib.ufes.br/seminario/cadernoderesumos