As florestas secundárias prestam importantes serviços ecossistêmicos e possuem intrínseca relação de crescimento com fatores ambientais, sobretudo, fatores climáticos. O presente estudo objetivou evidenciar a influência de variáveis climáticas no crescimento diamétrico de árvores de uma floresta secundaria urbana em Belém-PA. A área de estudo localiza-se na Universidade Federal Rural da Amazônia e o crescimento foi avaliado a partir de cintas dendrométricas. As variáveis climáticas foram obtidas junto ao Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) e da estação meteorológica da própria universidade. Fez-se uso de modelagem baseados no método de Stepewise a fim de prever o crescimento futuro da floresta e simular o crescimento em cenários climáticos diversos. A escolha do melhor modelo foi baseada no critério de informação de Akaike (AIC), critério de informação bayesiano de Schwarz (BIC), erro padrão da estimativa (syx%), coeficiente de determinação (R²) e na análise gráfica dos resíduos. Observou-se que o ritmo de crescimento da floresta é maior no período menos chuvoso, que teve em agosto de 2019 seu menor valor acumulado de 152,60 mm. Esse fato remete ao estabelecimento do equilíbrio hidráulico após um período de asfixia causada pela umidade no solo no periodo mais úmido. Com a modelagem foi possível obter dois modelos distintos, um com intercepto (1) e outro sem (2). Através da análise de ajuste e precisão, afirmou-se que o modelo 1 se sobressaiu diante do modelo 2, por isso, o modelo 1 foi utilizado para a simulação dos cenários de crescimento. O melhor resultado de ambos os modelos foi para prever o diâmetro futuro, onde syx% não passou de 1% e AIC e BIC foram no máximo 0,016. Ao todo foram analisados 45 cenários climáticos e as simulações foram elaboradas em função da temperatura e umidade relativa, que apresentaram maior correlação com o crescimento diamétrico. Em alguns cenários, onde a redução na umidade relativa é de 3%, o ritimo de crescimento que não ultrapassaria -0,595 cm/mês, indicando a provavel morte da árvore. Por outro lado, cenátios condicionados a um aumento de 2?C na temperatura minima e redução de 4% na umidade relativa máxima parecem beneficiar o incremento, que pode chegar a 0,6 cm/mês. De forma geral, os cenários climáticos apontam aumento no ritmo de crescimento da floresta quanto maior for a temperatura. A dinâmica de crescimento dessa floresta urbana possui alta correspondência com as variáveis climáticas, principalmente a temperatura e umidade relativa. A retomada de crescimento periódico parece estar associada diretamente ao equilíbrio no sistema solo-planta-atmosfera.
O objetivo do Evento é disseminar a visão holística das ações universitárias da Instituição nos seus diversos Campi, além de trazer uma mostra das discussões técnico-científica que vêm sendo trabalhada na nossa Universidade para toda sociedade paraense.
Nesta edição debateremos o tema “Ciência, Tecnologia e Inovação na Amazônia Pós-Pandemia”. A escolha do tema tem por finalidade proporcionar à comunidade acadêmica discussões sobre as possibilidades de desenvolvimento da Amazônia no âmbito da Ciência e Tecnologia no contexto pós-pandêmico.
Excepcionalmente o IV INTEGRA UFRA ocorrerá de forma virtual, respeitando as indicações de distanciamento social, em virtude da pandemia por COVID-19. Desta forma as apresentações dos resumos serão de forma assíncronas e palestras serão transmitidas ao vivo, por meio de sessões virtuais.
Comissão Organizadora
Prof. Dr. Allan Klynger da Silva Lobato
Prof. Dr. Fabio Israel Martins Carvalho
Prof. Dr. Allan Douglas Bento da Costa
Dimas Oliveira da Silva
Tatianne Feitosa Soares
Comissão Científica
Prof. Dr. Allan Klynger da Silva Lobato
Prof. Dr. Fabio Israel Martins Carvalho
Prof. Dr. Allan Douglas Bento da Costa
Divisão de Programas Institucionais - DPI
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