USO DE BIOCARVÃO DE CAROÇO DE AÇAÍ NO DESENVOLVIMENTO DE MUDAS DE PARICÁ (SCHIZOLOBIUM PARAHYBA VAR. AMAZONICUM (HUBER EX DUCKE) BARNEBY)

  • Autor
  • Kemuel Maciel Freitas
  • Co-autores
  • Aline Chaves Alves , Wendell Rodrigues do Espírito Santo , Débora Augusta da Costa Meirelles , Marcus Robert Ferreira Freitas , Suzana Romeiro Araújo
  • Resumo
  • Os caroços oriundos do beneficiamento do açaí na Região Metropolitana de Belém, quando não recebem o devido tratamento ou destinação adequada tornam-se potenciais causadores de problemas ambientais, tais como, poluição, obstrução de canais de drenagem, consequentemente enchentes e outros. Sendo assim, a lei nº 12.305/2010, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), é uma das políticas que impulsiona a elaboração de aparatos com intuito de reuso de resíduos sólidos gerados por diversas atividades. Esse reaproveitamento pode ocorrer como composto, substrato na agricultura, na recuperação de áreas degradadas, como biocarvão e outros como alternativas para a destinação ambientalmente correta. Objetivou-se com este trabalho avaliar o desenvolvimento de mudas de Paricá (Shizolobium amazonicum), em Latossolo Amarelo de textura média tratado com biocarvão de caroço de açaí (400 ºC e 350 ºC), através de análises morfológicas da parte aérea da planta e atributos químicos do solo. Os experimentos foram conduzidos em casa de vegetação em delineamento inteiramente casualizado, com 10 tratamentos e 4 repetições. Os tratamentos constaram de diferentes proporções de solo e biocarvão de caroço de açaí (400°C) (Experimento I) e solo e biocarvão de caroço de açaí (350°C) (Experimento II). O Biocarvão de Caroço de açaí foi obtido a partir do processo de pirólise nas temperaturas de 400ºC e 350ºC. Foram selecionadas 40 sementes de Paricá para cada experimento. Em seguida foi realizada a quebra da dormência das sementes, por meio de escarificação. As sementes foram mantidas em substrato composto de vermiculita e casca de arroz na proporção 1:1 por um período de 5 dias, até alcançarem o estado de plântulas e pudessem ser transferidas para os tubetes, com capacidade de 280 dm3, com as diferentes dosagens de biocarvão e solo.  Os parâmetros avaliados foram altura da parte aérea (APA), diâmetro do coleto (DC), matéria seca da parte aérea (MSPA), matéria seca de raiz (MSR) e área foliar (AF). Os dados foram tratados e submetidos à análise de variância (ANOVA) (p<0,05) e comparados pelo teste t, por meio do software ASSISTAT Versão 7.7, seguidos Correlação de Pearson efetuada no software PAST 3.26. Em ambos os experimentos, os tratamentos que continham tanto biocarvão de caroço de açaí (400ºC) quanto biocarvão de caroço de açaí (350ºC), constatou-se que as plantas estavam com a sua base queimada, não sendo possível proceder às análises nestes tratamentos e apenas os tratamentos com 100% Latossolo Amarelo textura média (T1, T2 e T3) desenvolveram-se. Os experimentos I e II apresentaram as mudas com o melhor desenvolvimento quando submetidas ao tratamento T3 (100% solo com calagem, sem adubação), tendo maior crescimento em altura, diâmetro, matéria seca da parte aérea e índices de qualidade de Dickson considerados adequados. O tratamento T2 (100% solo, com adubação e sem calagem) ao apresentar, ao final do experimento II, IQD semelhante ao de T3, pode fornecer outras possibilidades em estudos futuros. Conclui-se que os biocarvões de caroço de açaí (400 e 350 ºC) não promoveram um bom desenvolvimento de mudas de Paricá quando misturados com solo, não se mostrando promissores.

  • Palavras-chave
  • resíduos sólidos. reaproveitamento. substratos
  • Modalidade
  • Vídeos
  • Área Temática
  • CIÊNCIAS AMBIENTAIS
Voltar Download

O objetivo do Evento é disseminar a visão holística das ações universitárias da Instituição nos seus diversos Campi, além de trazer uma mostra das discussões técnico-científica que vêm sendo trabalhada na nossa Universidade para toda sociedade paraense.

Nesta edição debateremos o tema “Ciência, Tecnologia e Inovação na Amazônia Pós-Pandemia”. A escolha do tema tem por finalidade proporcionar à comunidade acadêmica discussões sobre as possibilidades de desenvolvimento da Amazônia no âmbito da Ciência e Tecnologia no contexto pós-pandêmico.

Excepcionalmente o IV INTEGRA UFRA ocorrerá de forma virtual, respeitando as indicações de distanciamento social, em virtude da pandemia por COVID-19. Desta forma as apresentações dos resumos serão de forma assíncronas e palestras serão transmitidas ao vivo, por meio de sessões virtuais.

Comissão Organizadora

Prof. Dr. Allan Klynger da Silva Lobato
Prof. Dr. Fabio Israel Martins Carvalho
Prof. Dr. Allan Douglas Bento da Costa
Dimas Oliveira da Silva
Tatianne Feitosa Soares

Comissão Científica

Prof. Dr. Allan Klynger da Silva Lobato
Prof. Dr. Fabio Israel Martins Carvalho
Prof. Dr. Allan Douglas Bento da Costa

 

Divisão de Programas Institucionais - DPI

A DPI é responsável pela operacionalização e controle das atividades relacionadas aos programas institucionais de pesquisa, de iniciciação científica e/ou tecnológica, de desenvolvimento tecnológico e inovação da UFRA.

e-mail:

dpi.proped@gmail.com

pibic@ufra.edu.br