DESENVOLVIMENTO ÓSSEO GESTACIONAL DA CUTIA (DASYPROCTA FULIGINOSA), POR MEIO DA ULTRASSONOGRAFIA

  • Autor
  • Ana Camila Da Silva Reis
  • Co-autores
  • Alessandro Henrique Nascimento , Alana Lorena Gonçalves Pombo
  • Resumo
  • As cutias (Dasyprocta sp.) são roedores silvestres de pequeno porte do gênero Dasyprocta que se reproduzem durante o ano todo, sua gestação tem em média 104 dias gerando de um até três filhotes, com duas ou mais ninhadas por ano. Possuem alto potencial zootécnico e são frequentemente utilizados pela população para subsistência. Com a finalidade de minimizar os efeitos da ação humana sobre a fauna, há a necessidade de se realizar estudos sobre a biologia reprodutiva desses animais. Assim, objetivou-se avaliar o desenvolvimento ósseo intrauterino da cutia por meio da ultrassonografia para identificar o momento da ossificação, avaliar as tendências de crescimento ósseo e estabelecer medidas como parâmetro para determinação da idade gestacional. As coletas foram realizadas em dois locais da floresta amazônica: Áreas próximas ao rio Yavarí-Mírin e na Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Amanã, onde as amostras foram obtidas por doações voluntárias de caçadores. A avaliação ultrassonográfica foi realizada com os animais submersos na água utilizando o ultrassom Esaote®, modelo MyLab™ 30Gold VET (Genova, Itália) e transdutor eletrônico linear e multifrequencial de 10-18 MHz em modo B. O protocolo de pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa para Experimentação em vida selvagem e pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Animais da UFRA. O valor médio do comprimento total dorsal (TDL) dos 33 embriões/fetos foi de 14.62 cm ± 6.78 cm (variação de 0.8 a 24.3 cm). No estudo foi considerado 104 dias para o cálculo da idade gestacional utilizando a fórmula ?????3=0.06(?????20.8). Foi observado, em relação ao esqueleto apendicular, que a mineralização da diáfise dos ossos longos e de porções da pelve (53 dias de gestação, 51% do período Gestacional - PG), possuem resultados próximos aos encontrados em punaré (46 dias, 48% PG). Entretanto quando comparados com a pelve da paca (49 dias, 33% PG), a mineralização dessa porção em cutia foi mais tardia. Em relação a mineralização de ossos longos, as cutias obtiveram resultados mais precoces em relação aos ratos a partir de 15 dias (71% PG). O púbis (59 dias, 56% PG) apresentou período de mineralização próximos aos achados em paca (87 dias, 58% PG). Quanto as porções do metacarpo e metatarso da cutia (59 dias, 56% PG), essas desenvolveram-se tardiamente quando comparadas com a paca (68 dias, 46% PG). O crescimento do esqueleto apendicular da cutia está relacionado com a necessidade de os membros torácicos e pélvicos estarem bem desenvolvidos para que os filhotes possam se locomover para acompanhar a mãe após o nascimento. A mineralização tardia dos núcleos de ossificação está relacionada com o maior desenvolvimento pós-natal dessas porções, uma vez que os filhotes permanecerão por cerca de duas semanas recebendo maior cuidado parental. O menor desenvolvimento fetal pode estar relacionado com a quantidade de fetos gestados, quando comparados aos fetos de gestação única. Os resultados obtidos no estudo auxiliam no monitoramento e controle gestacional dessa espécie. Além disso, a cutia pode ser utilizada como modelo comparativo entre espécies precociais e altriciais, para auxiliar na compreensão quanto aos hábitos dos animais.

  • Palavras-chave
  • Ultrassom, reprodução, fisiologia.
  • Modalidade
  • Vídeos
  • Área Temática
  • MEDICINA VETERINÁRIA
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O objetivo do Evento é disseminar a visão holística das ações universitárias da Instituição nos seus diversos Campi, além de trazer uma mostra das discussões técnico-científica que vêm sendo trabalhada na nossa Universidade para toda sociedade paraense.

Nesta edição debateremos o tema “Ciência, Tecnologia e Inovação na Amazônia Pós-Pandemia”. A escolha do tema tem por finalidade proporcionar à comunidade acadêmica discussões sobre as possibilidades de desenvolvimento da Amazônia no âmbito da Ciência e Tecnologia no contexto pós-pandêmico.

Excepcionalmente o IV INTEGRA UFRA ocorrerá de forma virtual, respeitando as indicações de distanciamento social, em virtude da pandemia por COVID-19. Desta forma as apresentações dos resumos serão de forma assíncronas e palestras serão transmitidas ao vivo, por meio de sessões virtuais.

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