FILOGEOGRAFIA DO GÊNERO NARCINE (HENLE, 1837) AO LONGO DA COSTA ATLÂNTICA OCIDENTAL

  • Autor
  • Eduardo Lopes de Lima
  • Co-autores
  • Richard Klein Castro Silva
  • Resumo
  •  

    Narcine bancroftii, Narcine sp. e Narcine brasiliensis são as únicas espécies pertencentes a família Narcinidae descritas até o presente momento na região do atlântico ocidental, se dispersando desde a costa da américa do Norte até o sul do oceano atlântico. Inicialmente, essas espécies foram consideradas Narcine brasiliensis, tal separação ocorreu em decorrência das variações fenotípicas e geográficas. Há muitas lacunas no que diz respeito às relações filogenéticas dentro do gênero e um número reduzido de estudos com essa vertente para essas espécies. Dessa forma, metodologias para inferir as relações filogeograficas, filogenéticas e de tempo de divergência para o gênero Narcine foram aplicadas com o intuito de melhor compreender as relações interespecíficas das espécies deste gênero.  Sendo desenvolvidas utilizando-se de um banco de dados formado por DNA amostral proveniente dos estados do Pará, Amapá e São Paulo, além de sequências adquiridas em banco de dados genéticos, Barcode of Life Data System (BOLD) e no GenBank, contabilizando 92 sequências, das quais se utilizou a região do DNA Barcode (Citicromo Oxidade Subunidade I) para as análises. Obteve-se a formação de quatro clados bem apoiados estatisticamente, dos quais três foram formados exclusivamente por espécies do gênero Narcine, sendo bem suportados com índice de credibilidade (IC) e bootstrap (Bs) próximos à 1. As analises biogeográficas estimam que os ancestrais das Narcines surgiram na região do antigo Mar de Thetys, atual Oceano Índico a ~131 milhões de anos, posteriormente ocorreram eventos de dispersão e vicariância que deram origem à diversidade de espécies de narcinideos que encontramos atualmente. Esses processos correram por três prováveis eventos de dispersão de seu ancestral, tendo como sentidos de rota: 1 – do reino Indo-Pacífico Central para o reino Indo-Pacífico Ocidental; 2 – do reino Indo-Pacífico Central para o reino Australasia Temperada; e 3 – do reino Indo-Pacífico Central para o reino Pacífico Oriental Tropical; nossos resultados recuperaram pelo menos um evento vicariante, o qual  levou a divergência das linhagens da região Pacífico Oriental Tropical das linhagens Indo-Pacífico Ocidental. Subsequentemente houve a divergência das espécies do Pacífico Oriental Tropical do ancestral que deu origem a linhagens Narcine bancroftii, Narcine sp. e Narcine brasiliensis encontradas na região do atlântico ocidental. Entretanto os ramos que separam essas espécies foram suportados por valores relativamente baixos de IC (0,23 a 0,74) e Bs (> 90).  Tais valores reduzidos para essas três espécies podem ser decorrentes do seu recente processo de divergência, a ~6, 6 milhões de anos, fazendo com que essas espécies não tenham acumulado características suficientes para obterem valores estatísticos significativos.

     

  • Palavras-chave
  • DNA Barcode; Biogeografia; Narcinidae
  • Modalidade
  • Vídeos
  • Área Temática
  • BIOLOGIA GERAL
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O objetivo do Evento é disseminar a visão holística das ações universitárias da Instituição nos seus diversos Campi, além de trazer uma mostra das discussões técnico-científica que vêm sendo trabalhada na nossa Universidade para toda sociedade paraense.

Nesta edição debateremos o tema “Ciência, Tecnologia e Inovação na Amazônia Pós-Pandemia”. A escolha do tema tem por finalidade proporcionar à comunidade acadêmica discussões sobre as possibilidades de desenvolvimento da Amazônia no âmbito da Ciência e Tecnologia no contexto pós-pandêmico.

Excepcionalmente o IV INTEGRA UFRA ocorrerá de forma virtual, respeitando as indicações de distanciamento social, em virtude da pandemia por COVID-19. Desta forma as apresentações dos resumos serão de forma assíncronas e palestras serão transmitidas ao vivo, por meio de sessões virtuais.

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