ASSEPSIA DE SEMENTES FLORESTAIS COM EXTRATOS ALTERNATIVOS PARA O CONTROLE DE PATÓGENOS

  • Autor
  • Mayara Leal De Negreiros
  • Co-autores
  • Maria Elanne Da Silva Araújo , Marilia Shibata
  • Resumo
  •  

    O uso de extratos vegetais é uma alternativa ecológica e promissora para o controle de patógenos em sementes florestais e pode substituir o uso de produtos químicos. A partir disso, o objetivo da pesquisa foi analisar o uso do extrato de mastruz (Chenopodium ambrosioides L.) para assepsia de sementes de paricá (Schizolobium parahyba var. amazonicum Huber ex Ducke) e realizar um levantamento bibliográfico dos patógenos de maior incidência em sementes florestais e os extratos vegetais mais eficientes para seu controle. Sementes de paricá foram beneficiadas manualmente e submetidas aos   tratamentos: controle (T0); hipoclorito de sódio a 2% (T1); extratos com folhas de mastruz secas (5g em 500 mL de água destilada) (T2) e extratos com 5g (T3), 10g (T4) e 100g (T5) de folhas de matruz frescas em 500mL de água. Após realizada a assepsia, as sementes foram submetidas ao teste de sanidade por meio do método de incubação em papel filtro (Blotter test) à 25 °C ± 2 °C por 10 dias com quatro repetições de cinco sementes. Além disso, elaborou-se um banco de dados evidenciando os patógenos e tratamentos para o controle em sementes florestais, os quais foram processados no software Excel. Em sementes de paricá foram identificados fungos do gênero Aspergillus, Rhizopus e Curvularia. Entre os tratamentos para assepsia das sementes de paricá, o hipoclorito de sódio apresentou maior eficiência no controle de fungos. Com base na análise do banco de dados verificou-se maior incidência dos gêneros Aspergillus (30,88%), Peniccilium (11,76%) e Fusarium (8,82%). O fungicida captan promoveu melhor resposta no controle de Aspergillus sp. (52,94%) seguido pelo extrato de alho (Allium sativum) (23,53%). Para Peniccillium sp., maiores controles foram observados com o fungicida captan, extrato de melão-são-caetano - Momordica charantia e extrato de alamanda - Allamanda blanchetti com inibição de 60, 30 e 10%, respectivamente. Para o controle de Fusarium sp., os extratos de alho e melão-são-caetano inibiram 21,43%, resultado superior a captan (14,29%). Baseado no experimento com uso do extrato de mastruz, destaca-se a necessidade do desenvolvimento de novos testes utilizando outros métodos para preparação das soluções ou novas concentrações e solventes, que provavelmente, farão uma melhor extração dos compostos ativos do vegetal e resultarão em melhores respostas no controle de patógenos. A partir dos dados obtidos no banco de dados, verificou-se que o uso de extratos vegetais se apresenta como alternativa promissora para controle de patógenos em sementes florestais, impulsionando o desenvolvimento de novos estudos para avaliar o potencial de extratos de outras espécies e seus efeitos sobre a qualidade sanitária de sementes. Com isso, conclui-se que o extrato de matruz não apresentou eficiência no controle dos fungos nas sementes de paricá. Os gêneros Aspergillus, Peniccilium e Fusarium predominaram nas sementes florestais e os extratos de melão-são-caetano e alho apresentam maiores efeitos sobre a incidência dos principais fungos.

  • Palavras-chave
  • patologia de sementes; paricá, Chenopodium ambrosioides.
  • Modalidade
  • Vídeos
  • Área Temática
  • RECURSOS FLORESTAIS E ENGENHARIA FLORESTAL
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Nesta edição debateremos o tema “Ciência, Tecnologia e Inovação na Amazônia Pós-Pandemia”. A escolha do tema tem por finalidade proporcionar à comunidade acadêmica discussões sobre as possibilidades de desenvolvimento da Amazônia no âmbito da Ciência e Tecnologia no contexto pós-pandêmico.

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