A soja é uma oleaginosa rica em proteína, importante para alimentação humana e animal, sendo a leguminosa mais produzida e consumida no mundo atualmente. O micronutriente boro (B) possui funções estruturais e metabólicas, estando intrinsecamente relacionado ao cálcio no desenvolvimento da parede celular, também atua na síntese de proteínas, transporte de açúcares, respiração e no metabolismo de carboidratos. Plantas sob baixa suplementação de B apresentam perdas no seu desenvolvimento e produção, todavia, o excesso de B causa a superprodução de espécies reativas de oxigênio (ROS), como superóxido (O2-) e peróxido de hidrogênio (H2O2), resultando em desequilíbrio no metabolismo do vegetal, afetando a divisão e expansão celular. O 24-epibrassinolideo é a forma mais ativa de brassinosteróides (BRs), que são esteroides de ocorrência natural no reino vegetal, capazes de regular o crescimento e desenvolvimento das plantas e são conhecidos por proteger as plantas contra efeitos de estresses abióticos como seca, alagamento e contaminação por metais pesados. Portanto, o objetivo desta pesquisa é verificar as possíveis interferências da aplicação de 24-epibrassinolideo em plantas de soja sob suplementação inadequada de boro. O estudo foi conduzido em casa de vegetação com controle de temperatura e umidade, na Universidade Federal Rural da Amazônia, campus do munícipio de Paragominas. O experimento foi realizado em esquema fatorial (2 x 3) inteiramente casualizado, com dois níveis de de 24-epibrassinolídeo (0 e 100 nM EBR) combinado com três suprimentos B (0,6, 30 e 1.500 µM B, descrito como baixo, controle e alta oferta de B), cada um dos 6 tratamentos com 5 repetições, totalizando em 30 unidades experimentais (uma planta em cada unidade). Os suprimentos baixo e alto B causaram aumentos nos níveis de O2-, H2O2, MDA, e EL. No entanto, a aplicação de EBR mitigou esse efeito, em relação ao O2- as plantas pulverizadas com EBR tiveram reduções de 1%, 2% e 26%, no baixo, controle e alto B, respectivamente, quando comparadas ao mesmo tratamento sem EBR. Para H2O2, as plantas pulverizadas com EBR tiveram quedas de 2%, 14% e 10% nos tratamentos baixo, controle e alto B, respectivamente. Para o MDA, as plantas tratadas com EBR apresentaram reduções de 9%, 3% e 33% nos tratamentos com baixo, controle e alto B, respectivamente. Em relação aos níveis de EL (plantas com EBR), as diminuições foram de 1%, 19% e 5% para o tratamento baixo, controle e alto B, nesta ordem. Nosso estudo demonstra claramente que a aplicação de 100 nM de EBR mitiga o estresse oxidativo ocasionado pela suplementação inadequada de boro (deficiência e toxidez) em plantas de soja.
O objetivo do Evento é disseminar a visão holística das ações universitárias da Instituição nos seus diversos Campi, além de trazer uma mostra das discussões técnico-científica que vêm sendo trabalhada na nossa Universidade para toda sociedade paraense.
Nesta edição debateremos o tema “Ciência, Tecnologia e Inovação na Amazônia Pós-Pandemia”. A escolha do tema tem por finalidade proporcionar à comunidade acadêmica discussões sobre as possibilidades de desenvolvimento da Amazônia no âmbito da Ciência e Tecnologia no contexto pós-pandêmico.
Excepcionalmente o IV INTEGRA UFRA ocorrerá de forma virtual, respeitando as indicações de distanciamento social, em virtude da pandemia por COVID-19. Desta forma as apresentações dos resumos serão de forma assíncronas e palestras serão transmitidas ao vivo, por meio de sessões virtuais.
Comissão Organizadora
Prof. Dr. Allan Klynger da Silva Lobato
Prof. Dr. Fabio Israel Martins Carvalho
Prof. Dr. Allan Douglas Bento da Costa
Dimas Oliveira da Silva
Tatianne Feitosa Soares
Comissão Científica
Prof. Dr. Allan Klynger da Silva Lobato
Prof. Dr. Fabio Israel Martins Carvalho
Prof. Dr. Allan Douglas Bento da Costa
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