O estágio é uma forma de aperfeiçoar o processo de formação profissional e humana do estudante, além de ser uma atividade obrigatória para a conclusão do curso superior de Bacharel em Engenharia de Produção na UFRA, Campus Parauapebas/PA. Logo, objetivou-se, com deste trabalho, relatar a experiência vivida durante o Estágio Supervisionado Obrigatório (ESO), sua importância para a formação e preparação de engenheiros(as) para cargos de gestão/analistas e os desafios contemporâneos da igualdade de gênero. Trata-se de um estudo descritivo, qualitativo, do tipo relato de experiência, com a finalidade de integrar conhecimentos teóricos e práticos na solidificação de uma aprendizagem científica adquirida nos componentes curriculares de disciplinas do eixo de formação profissional I, relacionando-as às vivências e experiências tidas no ESO em uma empresa de médio porte. Destaco, inicialmente, que o mercado de trabalho se encontra altamente competitivo, as organizações almejam mais que qualificação técnica, e é notória a exigência de profissionais versáteis, aqueles que possuem o pensamento empreendedor e estão propensos a se adaptarem as constantes mudanças. Porém, há um visível distanciamento das oportunidades quando o assunto é igualdade de gênero dentro das organizações, isto é, cargos que se atenham a função de Engenheiro estão mais predispostos a serem ocupados por indivíduos do gênero masculino. Na UFRA, por exemplo, essa é uma realidade contemporânea e pouco assistida. Segundo dados da Pró-reitoria do Ensino, 66% dos estudantes do curso de Engenharia de Produção de Parauapebas são do gênero masculino, expondo um indicador preocupante de desequilíbrio social quando o assunto se trata de paridade. Além disso, mostra também que as oportunidades de formação profissional para este curso ainda se molda na preferência masculino. Porém, há exceções, isto é, a minha narrativa sobre o meu processo de vivência na área de engenharia vem deste o ano passado; iniciou-se no ápice da pandemia da covid-19 e mesmo com a crise em diversos setores econômico, comecei meu estágio curricular, corroborando no desenvolvendo de atividades na área administrativa de uma empresa do seguimento de engenharia. O momento requereu cuidados, já que o cenário era preocupante. Com a oportunidade de estagiar frente a um setor tradicionalmente gerido por personalidades masculinas, me percebi mais empática, interativa e participativa. A vontade de me tornar Engenheira me faz refletir o longo caminho que ainda temos para igualdade de gênero nas empresas, como também no próprio espaço universitário. A minha performance no estágio frente ao setor administrativo me garantiu uma oportunidade de contratação na própria empresa e, digo mais, foi (e está sendo) extremamente desafiante e exaustiva, porém, já me percebo mais decidida e com capacidade de gerir diálogos com colaboradores, ou seja, sou respeitada como mulher e minha opinião tem efeito direto na tomada de decisão. Hoje, mais de 70% da nossa equipe ainda é do gênero masculino. Contudo, a presença expressiva de mulheres em cargos de gestão está cada vez mais diversificados, e mostra que elas vêm ampliando seu espaço no âmbito da produção; contudo, suas condições de inserção ainda são inferiores em relação às dos homens.
O objetivo do Evento é disseminar a visão holística das ações universitárias da Instituição nos seus diversos Campi, além de trazer uma mostra das discussões técnico-científica que vêm sendo trabalhada na nossa Universidade para toda sociedade paraense.
Nesta edição debateremos o tema “Ciência, Tecnologia e Inovação na Amazônia Pós-Pandemia”. A escolha do tema tem por finalidade proporcionar à comunidade acadêmica discussões sobre as possibilidades de desenvolvimento da Amazônia no âmbito da Ciência e Tecnologia no contexto pós-pandêmico.
Excepcionalmente o IV INTEGRA UFRA ocorrerá de forma virtual, respeitando as indicações de distanciamento social, em virtude da pandemia por COVID-19. Desta forma as apresentações dos resumos serão de forma assíncronas e palestras serão transmitidas ao vivo, por meio de sessões virtuais.
Comissão Organizadora
Prof. Dr. Allan Klynger da Silva Lobato
Prof. Dr. Fabio Israel Martins Carvalho
Prof. Dr. Allan Douglas Bento da Costa
Dimas Oliveira da Silva
Tatianne Feitosa Soares
Comissão Científica
Prof. Dr. Allan Klynger da Silva Lobato
Prof. Dr. Fabio Israel Martins Carvalho
Prof. Dr. Allan Douglas Bento da Costa
Divisão de Programas Institucionais - DPI
A DPI é responsável pela operacionalização e controle das atividades relacionadas aos programas institucionais de pesquisa, de iniciciação científica e/ou tecnológica, de desenvolvimento tecnológico e inovação da UFRA.
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