PRODUÇÃO DE MUDAS DE Virola surinamensis VIA RESGATE DE PLÂNTULAS E COM A UTILIZAÇÃO DE FERTILIZANTE DE LIBERAÇÃO CONTROLADA

  • Autor
  • Daniel Pereira da Silva Filho
  • Co-autores
  • Dênmora Gomes de Araujo , Adrielly Costa Souza , Jonathan Chaves de Lemos , Emerson Assis dos Santos , Marcos André Piedade Gama
  • Resumo
  •  

    Popularmente conhecida como “ucuúba”, a Virola surinamensis é uma espécie florestal nativa da Amazônia, servindo para usos madeireiros e não madeireiros, mas, atualmente, classificada como vulnerável à extinção. Para a produção de mudas de espécies florestais nativas, o resgate de plântulas e os fertilizantes de liberação controlada (FLC) são técnicas alternativas que podem proporcionar benefícios sociais, econômicos e ambientais. Nesse contexto, o presente trabalho avaliou a produção de mudas de Virola surinamensis a partir do resgate de plântulas e utilização de fertilizante de liberação controlada. Para isso, as plântulas da espécie selecionada foram coletadas em um fragmento florestal e transportadas para viveiro – ambos localizados na Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), em Belém, Pará. Em seguida, o experimento foi instalado em delineamento de blocos casualizados, com quatro tratamentos, quatro repetições e dez plantas por repetição. Os tratamentos corresponderam a níveis de FLC (0,0; 4,1; 8,2 e 12,3 g dm-3). Ao final do período experimental (110 dias), foram avaliados: a altura da parte aérea (H), o diâmetro do coleto (DC), o número de folhas (NF) e a sobrevivência (S) das mudas. Para a análise estatística, a normalidade dos resíduos foi avaliada pelo Teste de Shapiro-Wilk, a homogeneidade das variâncias pelo Teste de O’Neil e Matthews e a análise de variância realizada com o Teste F – todos a 5% de significância. Quando detectada diferença estatística, foi realizada a análise de regressão, e a dose de máxima eficiência técnica (DMET) foi obtida por meio da derivada primeira da equação obtida. De acordo com a análise de variância, houve influência significativa dos níveis de FLC para todos os parâmetros avaliados, com exceção de S. Em relação a H, foi ajustado o modelo de segundo grau (R2 = 0,99). Para esse parâmetro, a dose de máxima eficiência técnica foi estima em 8,9 g dm-3, que correspondeu a 35,20 cm, um crescimento de 120% em relação ao tratamento sem adição de FLC. Os dados de DC se ajustaram ao modelo de primeiro grau (R2 = 0,65). Em relação ao NF, foi ajustado o modelo de segundo grau (R2 = 0,98). Para esse parâmetro, a dose de máxima eficiência técnica foi estimada em 9,7 g dm-3, que correspondeu a, aproximadamente, 9 folhas, um crescimento de 108% em relação ao tratamento sem adição de FLC. Em média, a sobrevivência das mudas de V. surinamensis aos 110 dias foi de 98%, não sendo influenciada pelo uso ou não de FLC, indicando que o resgate plântulas é uma técnica viável para a produção de mudas da espécie selecionada. De forma geral, e nas condições deste estudo, é possível recomendar a utilização FLC na dose entre 9 a 10 g dm-3 de substrato para a produção de mudas de V. surinamensis.

     

  • Palavras-chave
  • propagação, fertilização, Amazônia
  • Modalidade
  • Vídeos
  • Área Temática
  • RECURSOS FLORESTAIS E ENGENHARIA FLORESTAL
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Nesta edição debateremos o tema “Ciência, Tecnologia e Inovação na Amazônia Pós-Pandemia”. A escolha do tema tem por finalidade proporcionar à comunidade acadêmica discussões sobre as possibilidades de desenvolvimento da Amazônia no âmbito da Ciência e Tecnologia no contexto pós-pandêmico.

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