Popularmente conhecida como “ucuúba”, a Virola surinamensis é uma espécie florestal nativa da Amazônia, servindo para usos madeireiros e não madeireiros, mas, atualmente, classificada como vulnerável à extinção. Para a produção de mudas de espécies florestais nativas, o resgate de plântulas e os fertilizantes de liberação controlada (FLC) são técnicas alternativas que podem proporcionar benefícios sociais, econômicos e ambientais. Nesse contexto, o presente trabalho avaliou a produção de mudas de Virola surinamensis a partir do resgate de plântulas e utilização de fertilizante de liberação controlada. Para isso, as plântulas da espécie selecionada foram coletadas em um fragmento florestal e transportadas para viveiro – ambos localizados na Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), em Belém, Pará. Em seguida, o experimento foi instalado em delineamento de blocos casualizados, com quatro tratamentos, quatro repetições e dez plantas por repetição. Os tratamentos corresponderam a níveis de FLC (0,0; 4,1; 8,2 e 12,3 g dm-3). Ao final do período experimental (110 dias), foram avaliados: a altura da parte aérea (H), o diâmetro do coleto (DC), o número de folhas (NF) e a sobrevivência (S) das mudas. Para a análise estatística, a normalidade dos resíduos foi avaliada pelo Teste de Shapiro-Wilk, a homogeneidade das variâncias pelo Teste de O’Neil e Matthews e a análise de variância realizada com o Teste F – todos a 5% de significância. Quando detectada diferença estatística, foi realizada a análise de regressão, e a dose de máxima eficiência técnica (DMET) foi obtida por meio da derivada primeira da equação obtida. De acordo com a análise de variância, houve influência significativa dos níveis de FLC para todos os parâmetros avaliados, com exceção de S. Em relação a H, foi ajustado o modelo de segundo grau (R2 = 0,99). Para esse parâmetro, a dose de máxima eficiência técnica foi estima em 8,9 g dm-3, que correspondeu a 35,20 cm, um crescimento de 120% em relação ao tratamento sem adição de FLC. Os dados de DC se ajustaram ao modelo de primeiro grau (R2 = 0,65). Em relação ao NF, foi ajustado o modelo de segundo grau (R2 = 0,98). Para esse parâmetro, a dose de máxima eficiência técnica foi estimada em 9,7 g dm-3, que correspondeu a, aproximadamente, 9 folhas, um crescimento de 108% em relação ao tratamento sem adição de FLC. Em média, a sobrevivência das mudas de V. surinamensis aos 110 dias foi de 98%, não sendo influenciada pelo uso ou não de FLC, indicando que o resgate plântulas é uma técnica viável para a produção de mudas da espécie selecionada. De forma geral, e nas condições deste estudo, é possível recomendar a utilização FLC na dose entre 9 a 10 g dm-3 de substrato para a produção de mudas de V. surinamensis.
O objetivo do Evento é disseminar a visão holística das ações universitárias da Instituição nos seus diversos Campi, além de trazer uma mostra das discussões técnico-científica que vêm sendo trabalhada na nossa Universidade para toda sociedade paraense.
Nesta edição debateremos o tema “Ciência, Tecnologia e Inovação na Amazônia Pós-Pandemia”. A escolha do tema tem por finalidade proporcionar à comunidade acadêmica discussões sobre as possibilidades de desenvolvimento da Amazônia no âmbito da Ciência e Tecnologia no contexto pós-pandêmico.
Excepcionalmente o IV INTEGRA UFRA ocorrerá de forma virtual, respeitando as indicações de distanciamento social, em virtude da pandemia por COVID-19. Desta forma as apresentações dos resumos serão de forma assíncronas e palestras serão transmitidas ao vivo, por meio de sessões virtuais.
Comissão Organizadora
Prof. Dr. Allan Klynger da Silva Lobato
Prof. Dr. Fabio Israel Martins Carvalho
Prof. Dr. Allan Douglas Bento da Costa
Dimas Oliveira da Silva
Tatianne Feitosa Soares
Comissão Científica
Prof. Dr. Allan Klynger da Silva Lobato
Prof. Dr. Fabio Israel Martins Carvalho
Prof. Dr. Allan Douglas Bento da Costa
Divisão de Programas Institucionais - DPI
A DPI é responsável pela operacionalização e controle das atividades relacionadas aos programas institucionais de pesquisa, de iniciciação científica e/ou tecnológica, de desenvolvimento tecnológico e inovação da UFRA.
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