DESENVOLVIMENTO DE DOCES ARTESANAIS A PARTIR DO AÇAÍ PRODUZIDO PELA AGRICULTURA FAMILIAR

  • Autor
  • Maria Rebeca Araújo Castro
  • Co-autores
  • Henrique Barata da Silva
  • Resumo
  •  

    A polpa de açaí possui sabor exótico e elevado potencial econômico, considerando a possibilidade do preparo de doces e bebidas a partir desse produto, que podem ser exportados para todo o mundo em função do seu apelo energético e nutricional. Sendo assim, o desenvolvimento de novos produtos de açaí no mercado pela agricultura familiar é fundamental, tendo em vista a garantia da segurança alimentar, a geração de renda para essas famílias e o estímulo à pequenas agroindústrias.  Neste contexto, o estudo teve como objetivo elaborar diferentes formulações de doces artesanais a partir do açaí produzido por agricultores familiares e avaliá-los quanto as características físico-químicas que atendam ao requerimento de aceitação pelo público. Os frutos de açaí foram coletados na propriedade localizada na APA do Gelado, no município de Parauapebas PA.  Após a coleta, os frutos foram inspecionados, eliminando-se os que exibiram podridões e outros defeitos. Nas formulações de doces, as polpas foram pasteurizadas e filtradas, foi calculada a quantidade de açúcar suficiente para elevar o teor de sólidos para 70 ºBrix. Adicionou-se à polpa, sob aquecimento (T < 100 °C) o açúcar, a pectina presente no albedo do maracujá (20%), os demais ingredientes calculados através do teor de sólidos solúveis por balanço de massa, até atingir o ponto de geleificação. Foi avaliado o pH, acidez total titulável, umidade, sólidos solúveis, cinzas, proteínas, lipídios, carboidratos e valor energético total para os doces em massa, em corte, licor de açaí e polpa de açaí.  Em relação aos resultados e os valores obtidos para o peso médio dos frutos (1,36 g), estão abaixo dos valores relatados na literatura, devido a menor espessura dos frutos do açaí.   Para as análises realizadas nas amostras doce em massa e doce em corte os valores de sólidos solúveis (ss) variaram entre 71º a 76° brix, os valores de pH encontrados nas diferentes amostras variaram de 4,11 a 4,19. Os valores de acidez obtidos para os produtos elaborados foram baixos (0,13 a 0,24) quando comparados a outros doces de frutas. Os valores da umidade foram 25,52% (doce em massa), 137,51% (licor de açaí) e 18,55% (doce em corte). Os valores de cinzas foram de 0,13 g/100g (doce em massa), 0,55 g/100g (licor de açaí), 0,39 g/100g (doce em corte) e 0,05 g/100g (polpa de açaí). Os doces de açaí apresentaram altos teores de lipídeos de 1,11 a 4,31 g/100g para os produtos doce em corte e doce em massa, respectivamente. Os valores de proteínas variaram 1,79 g/100g a 4,23g/100g para os produtos avaliados. Em se tratando de carboidratos, os valores obtidos no referido estudo foram 67,98 g/100g (doce em massa), 30,72 g/100g (licor de açaí), 66,66 g/100g (doce em corte) e 2,53 g/100g para a polpa de açaí. Para a análise sensorial representou na escala hedônica “gostei ligeiramente” e “gostei moderadamente” para doce em corte, doce em massa e licor. Os doces apresentaram propriedades físico-químicas satisfatórias, sendo bem aceitos pelo público e configuram-se em uma alternativa que fortalece o aproveitamento tecnológico dessa matéria-prima na elaboração de produtos alimentícios. 

     

  • Palavras-chave
  • Polpa, Físico-química, Doces
  • Modalidade
  • Vídeos
  • Área Temática
  • CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE ALIMENTOS
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Nesta edição debateremos o tema “Ciência, Tecnologia e Inovação na Amazônia Pós-Pandemia”. A escolha do tema tem por finalidade proporcionar à comunidade acadêmica discussões sobre as possibilidades de desenvolvimento da Amazônia no âmbito da Ciência e Tecnologia no contexto pós-pandêmico.

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