O caititu (Tayassu tajacu) é um mamífero ungulado pertencente à ordem Artiodactila e família Tayassuidae, que possui uma ampla distribuição geográfica, com capacidade de se adaptar a diversos habitats, detendo alto potencial zootécnico. Em alguns territórios, essa espécie está sob ameaça de extinção devido sua caça predatória. Para a introdução da espécie em cativeiro e obtenção de resultados positivos, faz-se necessário o conhecimento sobre sua biologia reprodutiva. Assim, objetivou-se avaliar o desenvolvimento do ósseo intrauterino de Tayassuídeos, contribuindo para elucidar o padrão de desenvolvimento deles utilizando técnicas ultrassonográficas. As amostras procederam da área de floresta de terra firme, localizada na bacia Yavarí-Mirin na Amazônia peruana e próxima a comunidade indígena “Nueva Esperanza”. A coleta teve início em 2007 e se estende até 2015. Para a realização dos exames ultrassonográficos e obtenção das imagens dos 50 fetos de caititu, foi utilizado o aparelho Esaote My Lab 40 Vetgold em modo B, equipado com transdutor linear multifrequencial 10-18 MHz de frequência. A idade gestacional foi estimada utilizando a fórmula proposta por Huggett & Widdas (1951), 3?W = a (t – t0). Os resultados permitiram a descrição do desenvolvimento dos esqueletos axial e apendicular de fetos de caititu e surgimento de núcleos secundários de ossificação, relacionando-os com o comprimento corporal e confirmando a precocidade da espécie mediante a comparação com outras espécies. Com base na fórmula proposta utilizada, a velocidade de crescimento fetal específica observada em caititu é maior que a observada em espécies altriciais, tais como o macaco barrigudo (Lagothrix poeppigii). A menor velocidade de crescimento em caititus foi percebida no surgimento de menores núcleos de ossificação secundários e na ausência de mineralização da epífise proximal da ulna e do fêmur, patela e tubérculo do calcâneo. O desenvolvimento precoce da porção proximal do esqueleto apendicular torácico e pélvico foi evidenciado em fetos a partir de 50 dias de gestação. A diáfise dos ossos longos mostrou ser um útil para estimativa da idade fetal, principalmente nos casos de gestações gemelares ou em fases avançadas do período gestacional. As relações alométricas entre os ossos longos demonstraram maior taxa de crescimento do úmero, fêmur e tíbia. O caititu não possui clavícula, assim, necessita do desenvolvimento umeral para sustentar a musculatura dos membros torácicos e musculatura pélvica robusta para proporcionar o impulso durante a locomoção. Nesse sentido, os resultados indicam que os fetos mais desenvolvidos de caititu apresentam membros torácicos e pélvicos aptos a locomoção logo após o nascimento. Ademais, como observado em fetos de queixadas, o desenvolvimento de filhotes e juvenis com autonomia precoce, resulta em filhotes aptos à locomoção mais rapidamente e menor dependência do cuidado materno. Foi demonstrado a aplicabilidade da ultrassonografia como técnica para o estudo cronológico do desenvolvimento ósseo intrauterino e ajudaram a compreender melhor as etapas do crescimento ósseo fetal em caititu.
O objetivo do Evento é disseminar a visão holística das ações universitárias da Instituição nos seus diversos Campi, além de trazer uma mostra das discussões técnico-científica que vêm sendo trabalhada na nossa Universidade para toda sociedade paraense.
Nesta edição debateremos o tema “Ciência, Tecnologia e Inovação na Amazônia Pós-Pandemia”. A escolha do tema tem por finalidade proporcionar à comunidade acadêmica discussões sobre as possibilidades de desenvolvimento da Amazônia no âmbito da Ciência e Tecnologia no contexto pós-pandêmico.
Excepcionalmente o IV INTEGRA UFRA ocorrerá de forma virtual, respeitando as indicações de distanciamento social, em virtude da pandemia por COVID-19. Desta forma as apresentações dos resumos serão de forma assíncronas e palestras serão transmitidas ao vivo, por meio de sessões virtuais.
Comissão Organizadora
Prof. Dr. Allan Klynger da Silva Lobato
Prof. Dr. Fabio Israel Martins Carvalho
Prof. Dr. Allan Douglas Bento da Costa
Dimas Oliveira da Silva
Tatianne Feitosa Soares
Comissão Científica
Prof. Dr. Allan Klynger da Silva Lobato
Prof. Dr. Fabio Israel Martins Carvalho
Prof. Dr. Allan Douglas Bento da Costa
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