VULNERABILIDADE E PERCEPÇÃO DAS POPULAÇÕES EM ÁREAS DE RISCO À EVENTOS DE NATUREZA HIDROLÓGICA NO BAIRRO DO MARCO, BELÉM-PA

  • Autor
  • Walmira Ferreira Lopes
  • Co-autores
  • Milena Marília Nogueira de Andrade
  • Resumo
  •  

    A ocupação humana em áreas consideradas de risco à alagamentos e inundações é evidente em diversas cidades do Brasil, atribuído ao modelo de ocupação desordenado ao longo dos anos, caracterizado pela ausência de planejamento e que resulta em diversas consequências à população vulnerável residente em áreas susceptíveis a riscos de natureza hidrológica. A vulnerabilidade quando relacionada ao contexto social expressa diferentes situações de risco que os indivíduos estão expostos. Por esse motivo, torna-se fundamental estudos de percepção dessas populações em relação a suas próprias vulnerabilidades, para melhor compreender e propor soluções para essa problemática. No contexto da região amazônica, a ocorrência de alagamentos e inundações está relacionada ainda a fatores como sistemas atmosféricos, geomorfologia, regime pluviométrico e, sobretudo, a precariedade no acesso ao saneamento básico, infraestrutura para suportar o volume de chuvas. Em Belém, capital do Pará, o problema tem agrave em determinados bairros, devido às condições socioeconômicas e à ausência de medidas eficientes voltadas a minimizar os transtornos pelo poder público. Diante disso, o objetivo é analisar a percepção de risco a alagamentos e inundações dos moradores do bairro do Marco, em Belém-PA. Para isso, foram utilizados formulários com perguntas referentes a forma como lidam com esses eventos, ocorrência e danos associados; registros fotográficos e uso de Sistema de Informação Geográfica (SIG) para delimitação da área. No total, foram entrevistados 42 moradores, os quais apontaram que sofrem todos os anos com alagamentos e inundações, e acreditam que esses eventos ocorrem devido a fatores relacionados a ausência de medidas de prevenção (infraestrutura, saneamento e despejo inadequado de resíduos) e fatores ambientais (área baixa e excesso de chuvas). Além disso, a maioria dos moradores entrevistados relataram ser afetados diretamente, em que em período de estrema precipitação, tem suas casas atingidas, seus bens afetados e saúde comprometida por conta da exposição a água contaminada. Em suma, com esse estudo, pode-se concluir que os moradores se encontram vulneráveis a ocorrência de alagamentos inundações, e a percepção dos mesmos em relação a esses eventos é superficial comparado a magnitude do problema. Portanto, é de extrema importância que ações por parte das autoridades sejam direcionadas ao bairro do Marco para que os riscos sejam mitigados e os danos reparados. Também,  é necessário conscientizar a população residente do local sobre o manejo e disposição de resíduos para que não haja entupimento de bueiros e sujeira em nas ruas e no canal. Em suma, destacar a importância da gestão urbana no que tange, a subsidiar politicas publicas eficientes para contem problemas de alagamentos e inundações, fomentar mecanismos de gestão dos problemas socioambientais, incluindo a população como parte da solução é essencial para garantir o bem esta humano e qualidade ambiental.

  • Palavras-chave
  • Alagamentos, inundações, saneamento.
  • Modalidade
  • Vídeos
  • Área Temática
  • CIÊNCIAS AMBIENTAIS
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O objetivo do Evento é disseminar a visão holística das ações universitárias da Instituição nos seus diversos Campi, além de trazer uma mostra das discussões técnico-científica que vêm sendo trabalhada na nossa Universidade para toda sociedade paraense.

Nesta edição debateremos o tema “Ciência, Tecnologia e Inovação na Amazônia Pós-Pandemia”. A escolha do tema tem por finalidade proporcionar à comunidade acadêmica discussões sobre as possibilidades de desenvolvimento da Amazônia no âmbito da Ciência e Tecnologia no contexto pós-pandêmico.

Excepcionalmente o IV INTEGRA UFRA ocorrerá de forma virtual, respeitando as indicações de distanciamento social, em virtude da pandemia por COVID-19. Desta forma as apresentações dos resumos serão de forma assíncronas e palestras serão transmitidas ao vivo, por meio de sessões virtuais.

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