A alimentação dos equinos é baseada no uso de forragem e, uma ampla variedade de vegetais pode ser utilizada como fonte de volumoso, uma vez que estes apresentam a capacidade de hidrolisá-las e/ou fermenta-las dentro do seu trato gastrointestinal (TGI), que é especializado devido a presença de uma população microbiana, principalmente no intestino posterior, o que facilita a digestão das fibras. Devido a isso uma gama de ingredientes convencionais é utilizada na composição de dietas para equinos, porém alguns destes são indisponíveis ou pouco disponíveis em determinadas regiões, elevando seu custo de aquisição. Por essa razão, nos últimos anos pesquisas têm sido demandadas para investigar a possibilidade da utilização de alimentos regionais na alimentação animal. Neste contexto, várias características sugerem que o açaí pode ser um eficiente componente a ser utilizado na alimentação de equinos podendo melhorar a digestibilidade da fração carboidrato não fibrosos da dieta, bem como de seus nutrientes. Atrelado a isto, o caroço de açaí é um ingrediente de baixo ou nenhum custo, sendo que sua utilização pode ser uma alternativa viável nutricionalmente e economicamente, principalmente em períodos em que há escassez de forragens. Portanto, objetiva-se avaliar a inclusão do caroço de açaí triturado na alimentação de equinos. Foram utilizadas cinco éguas sem padrão racial definido, com idade média de seis anos de idade, e peso médio inicial de 316 kg. O delineamento experimental foi o quadrado latino de 5 x 5, sendo cinco tratamentos, cinco períodos e cinco repetições. Os tratamentos eram constituídos por cinco dietas experimentais. O volumoso da dieta era composto pela forrageira Mombaça (Panicum maximum), que foi substituída pelo caroço de açaí triturado (Euterpe oleracea Mart) nos níveis de 0; 18,75; 37,50; 56,25 e 75% baseada na matéria seca. As fezes foram coletadas, depositadas em um balde plástico de 50 litros. As amostras de alimentos, sobras e fezes eram processadas e armazenadas para realização das análises. Os dados foram submetidos às análises de variância e regressão, por intermédio do programa Statistical Analisys System (SAS), testando os modelos linear e quadrático, na significância do modelo (P<0,05). O consumo de proteína bruta não apresentou efeito significativo (P>0,05) em função da substituição do capim Mombaça pelo caroço de açaí triturado, os consumos de matérias seca e orgânica, fibra em detergente neutro corrigida para cinzas e proteína, carboidratos totais, carboidratos não fibrosos, nutrientes digestíveis totais e energia digestível aumentaram linearmente (P<0,05), houve redução linear (P<0,05) no consumo de extrato etéreo. A digestibilidade da matéria seca e matéria orgânica não foram influenciadas (P>0,05) com a substituição do capim pelo caroço de açaí triturado. No entanto, os coeficientes de digestibilidade da proteína bruta, extrato etéreo, reduziram (P<0,05) linearmente e a digestibilidade da fibra em detergente neutro corrigida para cinzas e proteína, carboidratos totais e carboidratos não fibrosos, e energia digestível aparente elevaram (P<0,05). O caroço de açaí triturado em substituição ao capim Mombaça, pode ser usado na alimentação de éguas, uma vez que, eleva o consumo e digestibilidade da MS, consequentemente aumenta a energia digestível aparente consumida.
O objetivo do Evento é disseminar a visão holística das ações universitárias da Instituição nos seus diversos Campi, além de trazer uma mostra das discussões técnico-científica que vêm sendo trabalhada na nossa Universidade para toda sociedade paraense.
Nesta edição debateremos o tema “Ciência, Tecnologia e Inovação na Amazônia Pós-Pandemia”. A escolha do tema tem por finalidade proporcionar à comunidade acadêmica discussões sobre as possibilidades de desenvolvimento da Amazônia no âmbito da Ciência e Tecnologia no contexto pós-pandêmico.
Excepcionalmente o IV INTEGRA UFRA ocorrerá de forma virtual, respeitando as indicações de distanciamento social, em virtude da pandemia por COVID-19. Desta forma as apresentações dos resumos serão de forma assíncronas e palestras serão transmitidas ao vivo, por meio de sessões virtuais.
Comissão Organizadora
Prof. Dr. Allan Klynger da Silva Lobato
Prof. Dr. Fabio Israel Martins Carvalho
Prof. Dr. Allan Douglas Bento da Costa
Dimas Oliveira da Silva
Tatianne Feitosa Soares
Comissão Científica
Prof. Dr. Allan Klynger da Silva Lobato
Prof. Dr. Fabio Israel Martins Carvalho
Prof. Dr. Allan Douglas Bento da Costa
Divisão de Programas Institucionais - DPI
A DPI é responsável pela operacionalização e controle das atividades relacionadas aos programas institucionais de pesquisa, de iniciciação científica e/ou tecnológica, de desenvolvimento tecnológico e inovação da UFRA.
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