A mandioca (Manihot esculenta Crantz) é uma espécie das terras baixas da América, domesticada pelas populações nativas desde antes das grandes navegações. É considerada uma cultura rústica e limitada, devido a uma base rudimentar de manejo e fatores relacionados ao estresse biótico e abiótico, e um desses fatores é a exposição a microrganismos patógenos, como fungos e bactérias, fazendo com que as plantas tenham a necessidade de criar mecanismos de defesa contra essas perturbações, portanto, a sobrevivência das plantas depende da habilidade de adaptação das plantas, como a síntese de proteínas de defesa, expressas por genes específicos tais como os que codificam a Fenilalanina Amônia-liase — PAL, enzima que tem o papel central na biossíntese de fenilpropanóides que estão relacionados a produção de barreiras físicas e na sustentação da planta. Este trabalho teve o objetivo de identificar e caracterizar in silico, as sequências genômicas da família Fenilalanina Amônia-Liase (MePAL) da mandioca. As sequências genômicas da família de genes de defesa Fenilalanina Amônia-liase (MePAL) da mandioca foram obtidas por meio da ferramenta de busca disponível no banco de dados Phytozome, utilizando as palavras chaves “Phenylalanine ammonia lyase” e um total de 6 sequências que codificam a enzima MePAL foram identificados no banco de dados e mostraram-se distribuídas em seis dos dezoito cromossomos da mandioca. As sequências obtidas foram avaliadas quanto a presença e ausência de íntrons e localização cromossômica. A PAL na maioria das plantas ocorre em famílias gênicas pequenas de 2 a 6 membros como identificado no feijão, havendo exceções, como na batata, que contém mais de 40 genes codificantes de PAL. As sequências genômicas obtidas foram analisadas e demonstraram possuir similaridades com sequências da família de genes PAL de outras espécies vegetais que estavam depositadas no banco de dados. Essa similaridade sugere evidências que ligam genes PAL específicos e papéis metabólicos de outras espécies aos genes PAL da Manihot esculenta. A análise da organização genômica dos genes MePAL da mandioca, revelou que cinco sequências possuem um íntron cada (MePAL1, MePAL2, MePAL4, MePAL5 e MePAL6) e uma não possui região codificante (MePAL3). Essa ausência de íntrons no gene MePAL3 pode explicar o distanciamento dos demais genes, que foi evidenciado na análise filogenética. Estudos sugerem que a enzima PAL desempenha um papel central na via de produção do ácido trans-cinâmico, e este por sua vez é crucial para a incorporação da lignina, flavonoides, benzenoides e glicosídeos fenólicos. A deposição de lignina em paredes celulares é uma das principais formas de defesa contra o estresse biótico, enrijecendo a célula e a protegendo de interferências físicas e biológicas externas, nesse trabalho focamos na família de genes MePAL da mandioca, que codificam enzimas fenilalanina amônia-liase e identificamos 6 genes PAL na mandioca.
Palavras-chave: mandioca; defesa vegetal; genômica.
O objetivo do Evento é disseminar a visão holística das ações universitárias da Instituição nos seus diversos Campi, além de trazer uma mostra das discussões técnico-científica que vêm sendo trabalhada na nossa Universidade para toda sociedade paraense.
Nesta edição debateremos o tema “Ciência, Tecnologia e Inovação na Amazônia Pós-Pandemia”. A escolha do tema tem por finalidade proporcionar à comunidade acadêmica discussões sobre as possibilidades de desenvolvimento da Amazônia no âmbito da Ciência e Tecnologia no contexto pós-pandêmico.
Excepcionalmente o IV INTEGRA UFRA ocorrerá de forma virtual, respeitando as indicações de distanciamento social, em virtude da pandemia por COVID-19. Desta forma as apresentações dos resumos serão de forma assíncronas e palestras serão transmitidas ao vivo, por meio de sessões virtuais.
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