EFEITOS DA REMOÇÃO DE SERAPILHEIRA SOBRE A FITOSSOCIOLOGIA EM UMA FLORESTA SECUNDÁRIA NA AMAZÔNIA ORIENTAL

  • Autor
  • José Rozendo de Lima Silva
  • Co-autores
  • Julia Isabella de Matos Rodrigues , Helio Brito dos Santos Junior , Walmer Bruno Rocha Martins , Myriam Suellen da Silva Wanzerley , Francisco de Assis Oliveira
  • Resumo
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    A Floresta Amazônica é a maior floresta tropical úmida do planeta e é considerada a região com maior biodiversidade de espécies animais e vegetais. Com isso, levantamentos florísticos a fim de avaliar a diversidade arbórea amazônica é indispensável. Por outro lado, a abundância vegetal na floresta amazônica só é possibilitada devido a decomposição da serapilheira, visto que os solos amazônicos apresentam baixa fertilidade natural, por serem muito intemperizados. A serapilheira é classificada como a camada mais superficial do solo e é composta por todo material de origem vegetal e animal depositado sobre o solo. Dentre suas principais funções, destacam-se a capacidade de retorno nutricional aos solos através da decomposição e a proteção contra a erosão ocasionada pela precipitação pluviométrica. Nesse sentido, este trabalho tem como objetivo avaliar os efeitos da remoção de serapilheira sobre a fitossociologia de uma floresta secundária na Amazônia Oriental. A pesquisa foi desenvolvida na Fazenda Escola de Castanhal (FEC), propriedade da Universidade Federal Rural da Amazônia. De 1999 a 2008, o projeto de Manipulação da Disponibilidade de Água e Nutrientes em Floresta Secundária na Amazônia Oriental (MANFLORA) avaliou os efeitos da disponibilidade de nutrientes para a dinâmica florestal. Para isso, instalaram-se dois tratamentos, sendo eles: 1º) Controle, onde não houve interferência (CTL) e 2º) Remoção (REM), no qual toda serapilheira depositada no solo era retirada quinzenalmente. Ao todo, oito parcelas de 400 m² foram distribuídas e, sendo quatro por tratamento. Para a caracterização fitossociológica, as parcelas foram divididas em sub-parcelas de 10 m x 10, onde todos os indivíduos que apresentavam circunferência a altura do peito (CAP) > 15 cm foram medidos. Posteriormente, calculou-se os parâmetros fitossociológicos, tais quais densidade relativa (DR), frequência relativa (FR), dominância relativa (DoR) e índice de valor de importância (IVI), além do índice de diversidade Shannon-Weaver. Para os cálculos, utilizou-se as ferramentas do Microsoft Excel. As parcelas CTL e REM apresentaram baixa diversidade (2,04 e 1,71, respectivamente) e em ambas há a presença da espécie Lacistema pubescens com os maiores IVI (16,83% e 26,09%, para CTL e REM). Os resultados demonstram o estágio inicial de sucessão da floresta, onde a espécie citada é caracterizada pela sua necessidade de luz nas fases iniciais do seu desenvolvimento, somado à rápida germinação e favorável dispersão, ocasionando fácil dominação na região. Por outro lado, observou-se no tratamento CTL a exclusividade de espécies como Connarus perrottetii var. angustifolius, Annona paludosa Aubl., Couratari stellata A.C.Sm., Stryphnodendron pulcherrimum, demonstrando que apesar da baixa diversidade e do estágio inicial de sucessão, este tratamento provavelmente possui propriedades edáficas favoráveis ao desenvolvimento vegetal. Além disso, torna-se evidente os efeitos negativos para os processos ecológicos causados pela remoção de serapilheira e, consequentemente, pela interrupção no ciclo biogeoquímico.

     

  • Palavras-chave
  • serapilheira, fitossociologia, Amazônia.
  • Modalidade
  • Vídeos
  • Área Temática
  • RECURSOS FLORESTAIS E ENGENHARIA FLORESTAL
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Nesta edição debateremos o tema “Ciência, Tecnologia e Inovação na Amazônia Pós-Pandemia”. A escolha do tema tem por finalidade proporcionar à comunidade acadêmica discussões sobre as possibilidades de desenvolvimento da Amazônia no âmbito da Ciência e Tecnologia no contexto pós-pandêmico.

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