A Floresta Amazônica é a maior floresta tropical úmida do planeta e é considerada a região com maior biodiversidade de espécies animais e vegetais. Com isso, levantamentos florísticos a fim de avaliar a diversidade arbórea amazônica é indispensável. Por outro lado, a abundância vegetal na floresta amazônica só é possibilitada devido a decomposição da serapilheira, visto que os solos amazônicos apresentam baixa fertilidade natural, por serem muito intemperizados. A serapilheira é classificada como a camada mais superficial do solo e é composta por todo material de origem vegetal e animal depositado sobre o solo. Dentre suas principais funções, destacam-se a capacidade de retorno nutricional aos solos através da decomposição e a proteção contra a erosão ocasionada pela precipitação pluviométrica. Nesse sentido, este trabalho tem como objetivo avaliar os efeitos da remoção de serapilheira sobre a fitossociologia de uma floresta secundária na Amazônia Oriental. A pesquisa foi desenvolvida na Fazenda Escola de Castanhal (FEC), propriedade da Universidade Federal Rural da Amazônia. De 1999 a 2008, o projeto de Manipulação da Disponibilidade de Água e Nutrientes em Floresta Secundária na Amazônia Oriental (MANFLORA) avaliou os efeitos da disponibilidade de nutrientes para a dinâmica florestal. Para isso, instalaram-se dois tratamentos, sendo eles: 1º) Controle, onde não houve interferência (CTL) e 2º) Remoção (REM), no qual toda serapilheira depositada no solo era retirada quinzenalmente. Ao todo, oito parcelas de 400 m² foram distribuídas e, sendo quatro por tratamento. Para a caracterização fitossociológica, as parcelas foram divididas em sub-parcelas de 10 m x 10, onde todos os indivíduos que apresentavam circunferência a altura do peito (CAP) > 15 cm foram medidos. Posteriormente, calculou-se os parâmetros fitossociológicos, tais quais densidade relativa (DR), frequência relativa (FR), dominância relativa (DoR) e índice de valor de importância (IVI), além do índice de diversidade Shannon-Weaver. Para os cálculos, utilizou-se as ferramentas do Microsoft Excel. As parcelas CTL e REM apresentaram baixa diversidade (2,04 e 1,71, respectivamente) e em ambas há a presença da espécie Lacistema pubescens com os maiores IVI (16,83% e 26,09%, para CTL e REM). Os resultados demonstram o estágio inicial de sucessão da floresta, onde a espécie citada é caracterizada pela sua necessidade de luz nas fases iniciais do seu desenvolvimento, somado à rápida germinação e favorável dispersão, ocasionando fácil dominação na região. Por outro lado, observou-se no tratamento CTL a exclusividade de espécies como Connarus perrottetii var. angustifolius, Annona paludosa Aubl., Couratari stellata A.C.Sm., Stryphnodendron pulcherrimum, demonstrando que apesar da baixa diversidade e do estágio inicial de sucessão, este tratamento provavelmente possui propriedades edáficas favoráveis ao desenvolvimento vegetal. Além disso, torna-se evidente os efeitos negativos para os processos ecológicos causados pela remoção de serapilheira e, consequentemente, pela interrupção no ciclo biogeoquímico.
O objetivo do Evento é disseminar a visão holística das ações universitárias da Instituição nos seus diversos Campi, além de trazer uma mostra das discussões técnico-científica que vêm sendo trabalhada na nossa Universidade para toda sociedade paraense.
Nesta edição debateremos o tema “Ciência, Tecnologia e Inovação na Amazônia Pós-Pandemia”. A escolha do tema tem por finalidade proporcionar à comunidade acadêmica discussões sobre as possibilidades de desenvolvimento da Amazônia no âmbito da Ciência e Tecnologia no contexto pós-pandêmico.
Excepcionalmente o IV INTEGRA UFRA ocorrerá de forma virtual, respeitando as indicações de distanciamento social, em virtude da pandemia por COVID-19. Desta forma as apresentações dos resumos serão de forma assíncronas e palestras serão transmitidas ao vivo, por meio de sessões virtuais.
Comissão Organizadora
Prof. Dr. Allan Klynger da Silva Lobato
Prof. Dr. Fabio Israel Martins Carvalho
Prof. Dr. Allan Douglas Bento da Costa
Dimas Oliveira da Silva
Tatianne Feitosa Soares
Comissão Científica
Prof. Dr. Allan Klynger da Silva Lobato
Prof. Dr. Fabio Israel Martins Carvalho
Prof. Dr. Allan Douglas Bento da Costa
Divisão de Programas Institucionais - DPI
A DPI é responsável pela operacionalização e controle das atividades relacionadas aos programas institucionais de pesquisa, de iniciciação científica e/ou tecnológica, de desenvolvimento tecnológico e inovação da UFRA.
e-mail: