O estudo da comunidade zooplanctônica é fundamental pois estes organismos possuem um papel na dinâmica dos ecossistemas aquáticos e, consequentemente, respondem rapidamente às alterações no ambiente, sendo considerada como bioindicadora sobre os processos atuantes no ecossistema. Copépodes são dominantemente marinhos, subordinadamente de água doce, apresentam dimensões submilimétricas a centimétricas (caso das espécies parasitárias de peixes e baleias), e possuem hábitos bentônicos ou planctônicos. O objetivo desse trabalho foi caracterizar, identificar e classificar os copepodas. Foi realizado um cruzeiro oceanográfico em janeiro de 2015 abrangendo 6 Estações de coleta, localizadas em um transecto perpendicular à costa, iniciando à 23 km da ponta leste da ilha do Marajó, na Plataforma Continental Amazônica, até a batimetria de 100 m, foi utilizada uma rede de plâncton do tipo bongo de abertura de malha de 300 e 500?m, onde somente as amostras referentes à de 300?m foi analisada, os arrastos foram oblíquos. As amostras foram fixadas a bordo com formaldeído a 4%, tamponado com tetraborato de sódio (20 g.L-1). A análise foi posta em uma placa de contagem “bogorov” onde foi analisada qualitativa e quantitativamente em um estereomicroscopio binocular (marca Olympus). Essas amostras foram analisadas no LECAT localizado na UFRA. A subclasse Copepoda esteve representada por 20 famílias ao longo das estações de coleta, a mais representativa foi a Paracalanidae, com seis taxas, seguida das famílias Temoridae e Oithonidae, ambas com três taxas descritos. Aos 37 taxas foram identificados. Para o período chuvoso a média foi de 256,8 ind./m³, com um valor mínimo na estação 5 de 45,2 ind./m³ e um máximo na estação 2 de 707,1 ind./m³, quando observamos as três primeiras estações de janeiro (período chuvoso). A densidade na maioria das estações do período chuvoso foi considerada média (entre 2.0 e 3.0 bits.ind-¹), os menores valores foram encontrados na estação 2 no período chuvoso (0,87 bits.ind-¹), principalmente pela alta abundância do copepoda Acartia (Acanthacartia) tonsa. A abundância relativa na E1, os Copepoda foram dominantes, Cnidaria foram pouco abundantes, os Annelida, Chaetognatha, Decapoda e outros Crustacea foram raros nesse período. Verificou-se que os menores valores de salinidade foram registrados nas estações mais costeiras, enquanto que os maiores valores foram encontrados nas estações mais externas, evidenciando uma zonação típica costa-oceano. Foi observado que os valores de clorofila-a foram maiores nas estações mais costeiras e menores nas estações mais externas. Em relação à temperatura não foi verificado uma variação significativa. Quanto à riqueza de espécies no transecto na Plataforma Continental Amazônica, o mesozooplâncton caracterizou-se pelo predomínio de espécies holoplanctônicas, tendo os Copepoda sido o grupo mais diversos, com 31 espécies. Não foi constatada variação significativa nos valores médios de densidade do mesozooplâncton em relação a sazonalidade, contudo, há uma nítida separação, no período chuvoso, entre as estações mais costeiras (E1, E2 e E3), apresentando maior densidade, quando comparadas com as estações mais externas (E4, E5 e E6), fato esse decorrente, provavelmente da maior influência estuarina nas estações mais costeiras.
O objetivo do Evento é disseminar a visão holística das ações universitárias da Instituição nos seus diversos Campi, além de trazer uma mostra das discussões técnico-científica que vêm sendo trabalhada na nossa Universidade para toda sociedade paraense.
Nesta edição debateremos o tema “Ciência, Tecnologia e Inovação na Amazônia Pós-Pandemia”. A escolha do tema tem por finalidade proporcionar à comunidade acadêmica discussões sobre as possibilidades de desenvolvimento da Amazônia no âmbito da Ciência e Tecnologia no contexto pós-pandêmico.
Excepcionalmente o IV INTEGRA UFRA ocorrerá de forma virtual, respeitando as indicações de distanciamento social, em virtude da pandemia por COVID-19. Desta forma as apresentações dos resumos serão de forma assíncronas e palestras serão transmitidas ao vivo, por meio de sessões virtuais.
Comissão Organizadora
Prof. Dr. Allan Klynger da Silva Lobato
Prof. Dr. Fabio Israel Martins Carvalho
Prof. Dr. Allan Douglas Bento da Costa
Dimas Oliveira da Silva
Tatianne Feitosa Soares
Comissão Científica
Prof. Dr. Allan Klynger da Silva Lobato
Prof. Dr. Fabio Israel Martins Carvalho
Prof. Dr. Allan Douglas Bento da Costa
Divisão de Programas Institucionais - DPI
A DPI é responsável pela operacionalização e controle das atividades relacionadas aos programas institucionais de pesquisa, de iniciciação científica e/ou tecnológica, de desenvolvimento tecnológico e inovação da UFRA.
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