Na Amazônia, a falta de tratamento dos dejetos humanos, traz riscos à saúde das comunidades ribeirinhas, uma vez que o material fecal facilmente entra em contato direto com a água do rio, que em muitos casos é consumida sem tratamento (REBOUÇAS, 2010). Dessa forma, adotar alternativas para o tratamento adequado desse material é indispensável para a saúde dessas comunidades. Este estudo, refere-se ao desenvolvimento de um sistema de saneamento, denominado Banheiro Ecológico Ribeirinho (BER), um banheiro seco com potencial para compostagem. No BER as fezes, urina e o papel higiênico são desidratados com a adição de serragem. Os dejetos são acondicionados em uma bombona de 200 L, o mesmo é removido do sistema após ser preenchido 80% do volume, em seguida passa para o processo de compostagem. Processo no qual o material fecal compostado, vira adubo orgânico de cor escura, sem cheiro, material estável e solto, que pode ser usado como fonte de nutrientes para árvores, proporcionando melhor desempenho nas propriedades físicas, químicas e biológicas do solo (EMBRAPA, 2001). A pesquisa tem por objetivo avaliar o funcionamento do BER e determinar os riscos de transmissão de microrganismos patogênicos pelo composto gerado. A área de estudo está localizada no Canal Furo Grande, Ilha das Onças, Barcarena – Par, local onde os sistemas foram implantados (NEU et al., 2018). O método de tratamento das fezes humanas é a biocompostagem, utilizando como substrato para o tratamento, a serragem e esterco de ruminante desidratado, como agente inoculante. Cinzas (geradas pela queima dos resíduos secos a base de carbono, uma vez que a área não possui coleta de resíduos) e a cal são agentes desidratantes utilizados com a finalidade de reduzir a umidade e aumentar o pH, para higienização e eliminação de patógenos. O material foi coletado de um recipiente de 25L acoplado abaixo do assento sanitário de cada casa. Após o compartimento atingir sua capacidade máxima, o recipiente foi fechado e conduzido para o processo de compostagem. Além dos diferentes substratos, também estão sendo testados diferentes períodos da biocompostagem (intervalos de 2, 4 e 6 meses) com o objetivo de identificar o melhor período para a retirada do composto e eliminação dos patógenos. A coleta iniciou em junho de 2021, levando em consideração que o material deve passar pelo processo de compostagem durante os intervalos de tempos propostos, ainda não possuímos amostras para analises. Após as amostras atingirem o período de compostagem, serão analisadas para conferir a desinfecção do composto (ausência de cistos de protozoários e ovos de helmintos). A análise será realizada pelo método de HOFFMAN, PONS e JANER. Por meio desta metodologia, ocorre a dissolução em água das amostras, que posteriormente serão filtradas em peneira. O material final é depositado em um cálice de sedimentação, onde ocorre a adição de água e homogeneização do material. Posteriormente, o liquido ficará em repouso de 2 a 24hrs, com posterior análise do material com auxílio de um microscópio óptico. Os resultados serão comparados às normas da Resolução CONAMA 481/2017.
O objetivo do Evento é disseminar a visão holística das ações universitárias da Instituição nos seus diversos Campi, além de trazer uma mostra das discussões técnico-científica que vêm sendo trabalhada na nossa Universidade para toda sociedade paraense.
Nesta edição debateremos o tema “Ciência, Tecnologia e Inovação na Amazônia Pós-Pandemia”. A escolha do tema tem por finalidade proporcionar à comunidade acadêmica discussões sobre as possibilidades de desenvolvimento da Amazônia no âmbito da Ciência e Tecnologia no contexto pós-pandêmico.
Excepcionalmente o IV INTEGRA UFRA ocorrerá de forma virtual, respeitando as indicações de distanciamento social, em virtude da pandemia por COVID-19. Desta forma as apresentações dos resumos serão de forma assíncronas e palestras serão transmitidas ao vivo, por meio de sessões virtuais.
Comissão Organizadora
Prof. Dr. Allan Klynger da Silva Lobato
Prof. Dr. Fabio Israel Martins Carvalho
Prof. Dr. Allan Douglas Bento da Costa
Dimas Oliveira da Silva
Tatianne Feitosa Soares
Comissão Científica
Prof. Dr. Allan Klynger da Silva Lobato
Prof. Dr. Fabio Israel Martins Carvalho
Prof. Dr. Allan Douglas Bento da Costa
Divisão de Programas Institucionais - DPI
A DPI é responsável pela operacionalização e controle das atividades relacionadas aos programas institucionais de pesquisa, de iniciciação científica e/ou tecnológica, de desenvolvimento tecnológico e inovação da UFRA.
e-mail: