AVALIAÇÃO DO COMPOSTO GERADO PELO BANHEIRO ECOLÓGICO RIBEIRINHO IMPLANTADO NA ILHA DAS ONÇAS – BARCARENA – PA

  • Autor
  • Danúbia Leão de Freitas
  • Co-autores
  • Yuri Antônio da Silva Rocha , Ranielly Souza Monteiro da Silva , Vania Neu
  • Resumo
  • Na Amazônia, a falta de tratamento dos dejetos humanos, traz riscos à saúde das comunidades ribeirinhas, uma vez que o material fecal facilmente entra em contato direto com a água do rio, que em muitos casos é consumida sem tratamento (REBOUÇAS, 2010). Dessa forma, adotar alternativas para o tratamento adequado desse material é indispensável para a saúde dessas comunidades. Este estudo, refere-se ao desenvolvimento de um sistema de saneamento, denominado Banheiro Ecológico Ribeirinho (BER), um banheiro seco com potencial para compostagem. No BER as fezes, urina e o papel higiênico são desidratados com a adição de serragem. Os dejetos são acondicionados em uma bombona de 200 L, o mesmo é removido do sistema após ser preenchido 80% do volume, em seguida passa para o processo de compostagem. Processo no qual o material fecal compostado, vira adubo orgânico de cor escura, sem cheiro, material estável e solto, que pode ser usado como fonte de nutrientes para árvores, proporcionando melhor desempenho nas propriedades físicas, químicas e biológicas do solo (EMBRAPA, 2001). A pesquisa tem por objetivo avaliar o funcionamento do BER e determinar os riscos de transmissão de microrganismos patogênicos pelo composto gerado. A área de estudo está localizada no Canal Furo Grande, Ilha das Onças, Barcarena – Par, local onde os sistemas foram implantados (NEU et al., 2018). O método de tratamento das fezes humanas é a biocompostagem, utilizando como substrato para o tratamento, a serragem e esterco de ruminante desidratado, como agente inoculante.  Cinzas (geradas pela queima dos resíduos secos a base de carbono, uma vez que a área não possui coleta de resíduos) e a cal são agentes desidratantes utilizados com a finalidade de reduzir a umidade e aumentar o pH, para higienização e eliminação de patógenos. O material foi coletado de um recipiente de 25L acoplado abaixo do assento sanitário de cada casa. Após o compartimento atingir sua capacidade máxima, o recipiente foi fechado e conduzido para o processo de compostagem. Além dos diferentes substratos, também estão sendo testados diferentes períodos da biocompostagem (intervalos de 2, 4 e 6 meses) com o objetivo de identificar o melhor período para a retirada do composto e eliminação dos patógenos. A coleta iniciou em junho de 2021, levando em consideração que o material deve passar pelo processo de compostagem durante os intervalos de tempos propostos, ainda não possuímos amostras para analises. Após as amostras atingirem o período de compostagem, serão analisadas para conferir a desinfecção do composto (ausência de cistos de protozoários e ovos de helmintos). A análise será realizada pelo método de HOFFMAN, PONS e JANER. Por meio desta metodologia, ocorre a dissolução em água das amostras, que posteriormente serão filtradas em peneira. O material final é depositado em um cálice de sedimentação, onde ocorre a adição de água e homogeneização do material. Posteriormente, o liquido ficará em repouso de 2 a 24hrs, com posterior análise do material com auxílio de um microscópio óptico. Os resultados serão comparados às normas da Resolução CONAMA 481/2017.

     

  • Palavras-chave
  • compostagem, saneamento básico, ribeirinhos
  • Modalidade
  • Vídeos
  • Área Temática
  • CIÊNCIAS AMBIENTAIS
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O objetivo do Evento é disseminar a visão holística das ações universitárias da Instituição nos seus diversos Campi, além de trazer uma mostra das discussões técnico-científica que vêm sendo trabalhada na nossa Universidade para toda sociedade paraense.

Nesta edição debateremos o tema “Ciência, Tecnologia e Inovação na Amazônia Pós-Pandemia”. A escolha do tema tem por finalidade proporcionar à comunidade acadêmica discussões sobre as possibilidades de desenvolvimento da Amazônia no âmbito da Ciência e Tecnologia no contexto pós-pandêmico.

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