Com o desenvolvimento e aplicação de sequenciamento de alto rendimento nos últimos anos houve uma grande revolução nas técnicas de análise e sequenciamento de DNA e RNA. Este cenário impactou diretamente no desenvolvimento das técnicas de bioinformática. Atualmente a quantidade de dados gerada pelas plataformas de sequenciamento vem crescendo exponencialmente com custos cada vez mais baixos. Isso permite que o número de projetos de sequenciamento aumente. Porém, sabendo que a importância da bioinformática ainda é crescente, as Universidades responderam à falta de profissionais desenvolvendo programas de mestrado e doutorado em Bioinformática. No entanto, há uma necessidade evidente de melhorar as habilidades quantitativas e analíticas dos estudantes de ciências da vida. Nesse sentido, além de ser necessário o pensamento de inclusão da bioinformática na educação, é preciso pensar de que forma isso irá ocorrer. Em países desenvolvidos como a Alemanha e Inglaterra, a bioinformática na educação vem sendo trabalhada principalmente em cursos de graduação e pós-graduação. Em contraponto em países menos desenvolvidos, como os do continente africano, o interesse dos alunos nesta área ainda é algo que está em um processo lento de crescimento. Apesar disso, nota-se que, independentemente da região, a necessidade de trabalho na área de bioinformática vem sendo reconhecida mundialmente. Assim, o objetivo deste trabalho é avaliar a dificuldade de aprendizagem e a compreensão das principais análises da bioinformática para alunos de graduação, que não possuem conhecimentos prévios na área. Dois alunos de graduação em ciências biológicas realizaram as principais análises de bioinformática e relataram as dificuldades enfrentadas para a instalação do programa, realização da análise e interpretação dos resultados. Essas dificuldades foram classificadas em fáceis, moderadas e difíceis. Foram utilizados cinco conjuntos de leituras simuladas geradas pelo programa Art, com coberturas diferentes (10x, 50x, 100x, 200x e 400x). Os programas utilizados pelos alunos foram: para análise de qualidade o FASTQC, o processo de análise de qualidade faz uma verificação para encontrar erros gerados no processo de sequenciamento; para filtro e trimming dos dados, Fastxtoolkit, Prinseq, Trimommatic e Ngsshort, o método de filtro de qualidade busca remover leituras de baixa qualidade do conjunto total de leituras já a técnica de Trimming de qualidade consiste no processo de limpeza das sequências produzidas, ou seja, é a retirada de regiões de baixa qualidade nas extremidades da leitura; para alinhamento das leituras Bowtie2; para montagem do genoma SPADES, Velvet, Soapdenovo e Megahit, a montagem é o processo de reconstrução da sequência de DNA de um organismo; e para avaliação de montagem, Quast. Os cinco conjuntos de leituras foram analisados em todos os programas, pelos dois alunos separadamente. Com o resultado deste trabalho identificou-se através da avaliação de dificuldade, que o único programa considerado de fácil instalação, execução e interpretação foi o FASTQC. Todos os programas de montagem do genoma foram considerados difíceis e os programas restantes variam entre moderados e difíceis. Assim, com o resultado deste trabalho, foi possível avaliar, mesmo que de forma simples, a dificuldade dos alunos em relação a realização das principais análises de bioinformática.
O objetivo do Evento é disseminar a visão holística das ações universitárias da Instituição nos seus diversos Campi, além de trazer uma mostra das discussões técnico-científica que vêm sendo trabalhada na nossa Universidade para toda sociedade paraense.
Nesta edição debateremos o tema “Ciência, Tecnologia e Inovação na Amazônia Pós-Pandemia”. A escolha do tema tem por finalidade proporcionar à comunidade acadêmica discussões sobre as possibilidades de desenvolvimento da Amazônia no âmbito da Ciência e Tecnologia no contexto pós-pandêmico.
Excepcionalmente o IV INTEGRA UFRA ocorrerá de forma virtual, respeitando as indicações de distanciamento social, em virtude da pandemia por COVID-19. Desta forma as apresentações dos resumos serão de forma assíncronas e palestras serão transmitidas ao vivo, por meio de sessões virtuais.
Comissão Organizadora
Prof. Dr. Allan Klynger da Silva Lobato
Prof. Dr. Fabio Israel Martins Carvalho
Prof. Dr. Allan Douglas Bento da Costa
Dimas Oliveira da Silva
Tatianne Feitosa Soares
Comissão Científica
Prof. Dr. Allan Klynger da Silva Lobato
Prof. Dr. Fabio Israel Martins Carvalho
Prof. Dr. Allan Douglas Bento da Costa
Divisão de Programas Institucionais - DPI
A DPI é responsável pela operacionalização e controle das atividades relacionadas aos programas institucionais de pesquisa, de iniciciação científica e/ou tecnológica, de desenvolvimento tecnológico e inovação da UFRA.
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