A cultura da alface é bastante atrativa aos horticultores, pois possui ciclo curto e alta
produtividade, podendo ser cultivada durante o ano inteiro. Entretanto, a cultura é
bastante afetada por diversas doenças causadas por bactérias, principalmente bactérias
pectinolíticas, que podem limitar o desenvolvimento da cultura. Durante as visitas
técnicas realizadas em fevereiro de 2020, em plantações de alface (Lactuca sativa L)
localizadas na região periurbana da região metropolitana de Belém, estado de Pará, Brasil,
observou-se uma incidência de 18% de plantas de alface com sintomas de podridão mole.
Plantas sintomáticas foram coletadas e enviadas ao Laboratório de Proteção de Plantas da
UFRA. As cepas foram isoladas seletivamente por meio da transferência de tecido
apodrecido para um fruto saudável de pimentão, com o auxílio de um palito esterilizado.
Após 24 h de incubação em câmara úmida, as bactérias foram transferidas diretamente
das lesões do pimentão para placas de Petri contendo meio CPG (peptona-ácido
casamino-glicose). Nesse meio, colônias jovens (24 h) de pectobactérias apresentaram
aspecto de “vidro quebrado” quando observadas em microscópio estereoscópio sob
iluminação oblíqua. Para o teste de patogenicidade, as cepas bacterianas UFRABP18,
UFRABP19 e UFRABP20 foram inoculadas em três plantas de alface cultivar verônica,
como auxílio de uma agulha e uma pipeta, com uma suspensão bacteriana de 107 UFC
mL-1
(OD550=0,5) introduzida no caule das mudas de alface. Como controle, plantas
foram inoculadas com água destilada esterilizada. As plantas permaneceram em câmara
úmida por 24h antes e após a inoculação e mantidas em casa de vegetação. Após 24 horas
foram reproduzidos os sintomas de podridão mole, de onde a bactéria foi reisolada,
completando, assim, os postulados de Koch. Nas plantas controle não foram observados
sintomas. As características permitiram identificar a bactéria como bactéria pectinolitica,
que possuem a capacidade de causar podridão mole diversas hortaliças. As cepas foram
armazenadas na Coleção de Culturas do Laboratório de Proteção de plantas da
Universidade Federal Rural da Amazônia. A caracterização e identificação de
fitobactérias auxiliarão no manejo adequado da doença no campo.
O objetivo do Evento é disseminar a visão holística das ações universitárias da Instituição nos seus diversos Campi, além de trazer uma mostra das discussões técnico-científica que vêm sendo trabalhada na nossa Universidade para toda sociedade paraense.
Nesta edição debateremos o tema “Ciência, Tecnologia e Inovação na Amazônia Pós-Pandemia”. A escolha do tema tem por finalidade proporcionar à comunidade acadêmica discussões sobre as possibilidades de desenvolvimento da Amazônia no âmbito da Ciência e Tecnologia no contexto pós-pandêmico.
Excepcionalmente o IV INTEGRA UFRA ocorrerá de forma virtual, respeitando as indicações de distanciamento social, em virtude da pandemia por COVID-19. Desta forma as apresentações dos resumos serão de forma assíncronas e palestras serão transmitidas ao vivo, por meio de sessões virtuais.
Comissão Organizadora
Prof. Dr. Allan Klynger da Silva Lobato
Prof. Dr. Fabio Israel Martins Carvalho
Prof. Dr. Allan Douglas Bento da Costa
Dimas Oliveira da Silva
Tatianne Feitosa Soares
Comissão Científica
Prof. Dr. Allan Klynger da Silva Lobato
Prof. Dr. Fabio Israel Martins Carvalho
Prof. Dr. Allan Douglas Bento da Costa
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A DPI é responsável pela operacionalização e controle das atividades relacionadas aos programas institucionais de pesquisa, de iniciciação científica e/ou tecnológica, de desenvolvimento tecnológico e inovação da UFRA.
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