A serapilheira, camada superficial do solo composta por folhas, galhos, sementes e detritos de animais, está diretamente ligada à ciclagem de nutrientes da floresta e à capacidade de armazenamento hídrico, processo responsável pela manutenção da umidade edáfica. Estudos com o estoque de serapilheira auxiliam no entendimento sobre a dinâmica do ecossistema e servem como indicador de restauração florestal. O objetivo deste trabalho foi mensurar os efeitos da manipulação de água e nutrientes sobre o estoque de serapilheira em uma floresta sucessional. O estudo foi realizado em um fragmento de floresta sucessional localizado no município de Castanhal – PA. O ecossistema estudado foi dividido em três tratamentos durante os anos de 1999-2008 para verificar a influência da disponibilidade de água e nutrientes no desenvolvimento das plantas na Amazônia, sendo eles: 1) remoção de serapilheira – REM; 2) irrigação periódica – IRR e 3) controle – CTL. No tratamento REM, a serapilheira era removida do solo quinzenalmente, enquanto no IRR havia irrigação periódica com 5 mm de água durante 30 minutos realizada nos períodos mais secos, já o tratamento CTL não houve interferência humana, considerado como um tratamento referência. Com o intuito de compreender se os procedimentos realizados nestes tratamentos ainda exercem influência na dinâmica do estoque, foram instaladas 12 parcelas permanentes (20 m x 20 m), sendo 4 para cada um dos 3 tratamentos. Em cada parcela foram coletadas 5 repetições com auxílio de um amostrador vazado metálico de 0,5 m x 0,5 m (0,25 m²). As coletas foram realizadas no mês de abril de 2021, as amostras foram levadas à laboratório, secas em estufa à 60 C e pesadas em balança de precisão para obtenção da massa (g). Os dados foram convertidos para megagrama por hectare, utilizando a equação: Estoque de serapilheira (Mg ha-1) = (Massa seca (g) / Área do coletor (m2)) *0,01. As analises estatísticas foram feitas utilizando o software R para atender os pressupostos de teste de normalidade (teste de Shapiro-wilk) e homocedasticidade (Teste de Barllet), e assim, realizar a ANOVA. As médias entre tratamentos foram comparadas por meio do teste de Tukey (p < 0,05). Observou-se que não houve diferença estatística entre os tratamentos, as médias observadas foram de 1,03±0,25 para CTL, 1,16 ±0,34 para REM e 1,16±0,3 para IRR. Constatou-se que apesar da remoção da serapilheira, o tratamento REM conseguiu se igualar aos demais tratamentos, chegando a resultados de estoque semelhantes aos valores de referência do tratamento CTL. Isso pode ser justificado pela presença de determinadas espécies que exercem grande influência no acúmulo de serapilheira pela sua senescência foliar, o que também significa uma maior quantidade de nutrientes sustentando a floresta. Somado a isso, tornou-se evidente a ausência de efeitos residuais da manipulação de água e nutrientes a longo prazo.
O objetivo do Evento é disseminar a visão holística das ações universitárias da Instituição nos seus diversos Campi, além de trazer uma mostra das discussões técnico-científica que vêm sendo trabalhada na nossa Universidade para toda sociedade paraense.
Nesta edição debateremos o tema “Ciência, Tecnologia e Inovação na Amazônia Pós-Pandemia”. A escolha do tema tem por finalidade proporcionar à comunidade acadêmica discussões sobre as possibilidades de desenvolvimento da Amazônia no âmbito da Ciência e Tecnologia no contexto pós-pandêmico.
Excepcionalmente o IV INTEGRA UFRA ocorrerá de forma virtual, respeitando as indicações de distanciamento social, em virtude da pandemia por COVID-19. Desta forma as apresentações dos resumos serão de forma assíncronas e palestras serão transmitidas ao vivo, por meio de sessões virtuais.
Comissão Organizadora
Prof. Dr. Allan Klynger da Silva Lobato
Prof. Dr. Fabio Israel Martins Carvalho
Prof. Dr. Allan Douglas Bento da Costa
Dimas Oliveira da Silva
Tatianne Feitosa Soares
Comissão Científica
Prof. Dr. Allan Klynger da Silva Lobato
Prof. Dr. Fabio Israel Martins Carvalho
Prof. Dr. Allan Douglas Bento da Costa
Divisão de Programas Institucionais - DPI
A DPI é responsável pela operacionalização e controle das atividades relacionadas aos programas institucionais de pesquisa, de iniciciação científica e/ou tecnológica, de desenvolvimento tecnológico e inovação da UFRA.
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