METAIS PESADOS NAS ÁGUAS DO RIO GUAMÁ, BELÉM-PA.

  • Autor
  • José Otávio Oliveira Mendes
  • Co-autores
  • Tatiane Priscila Bastos Bandeira , Thais Deise Tocantins Souza de Oliveira , Talissa Gertrudes Namias Tocantins de Souza , Filipe Freitas de Farias , Maria de Lourdes Souza Santos
  • Resumo
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    A água é de grande importância para a manutenção da vida e um dos recursos mais afetados. Belém, com o avanço urbano desenfreado, acompanha as degradações nos recursos hídricos que refletem diretamente na qualidade da água doce que a região abriga. Atualmente, o despejo de resíduos in natura nos ambientes aquáticos é fortemente visto e provoca grandes malefícios, tendo em vista que alguns deles podem conter metais que provocam impactos diretos nos ecossistemas. Com isso, o objetivo da pesquisa é avaliar a qualidade da água e verificar a distribuição dos metais pesados em diferentes períodos sazonais – menos chuvoso, em setembro de 2018 e chuvoso, em março de 2019 –  no rio Guamá, importante corpo hídrico que abastece a capital. Para as análises, foram coletadas amostras de água em quatro pontos distintos – P1, P2, P3 e P4. In loco foram aferidos dados de temperatura, pH e condutividade elétrica pelo pHmetro da marca AKSO, modelo AK90, acompanhado do condutivímetro Instrutherm, modelo CD-880. Para a determinação de metais – alumínio, cromo, ferro e zinco –, as amostras foram acondicionadas em frascos depositados em caixas isotérmicas e levadas para o Laboratório de Química Ambiental (LQA), da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA). Os resultados foram comparados seguindo a Resolução n°357/2005 do Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA). A temperatura teve média de 30,57°C no período menos chuvoso e de 28,37°C no chuvoso. O pH se manteve constante com média de 5,82 e não variou com a sazonalidade, e esteve coerente com a média dos rios da região amazônica. A condutividade teve média de 42,5 ?S.cm-1 no período menos chuvoso; já no período chuvoso a média foi de 20 ?S.cm-1. O alumínio atingiu média de 0,0075 mg.L-1 e ao longo dos dois períodos esteve estável, dentro do limite de 0,1 mg.L-1  descrito para os rios da região. O cromo não foi detectado no período menos chuvoso, com exceção do ponto P4, que aferiu 4 ?g.L-1. Em contrapartida, no período chuvoso, nos pontos P3 e P4 as concentrações foram de 17 ?g.L-1 e 18 ?g.L-1, respetivamente. Apesar dos valores discrepantes, as concentrações não ultrapassaram 50 ?g.L-1 e estiveram dentro da normalidade exigida pelo CONAMA. O zinco não foi detectado em todos os pontos em ambos os períodos, com exceção do ponto P3, no mês de setembro, onde a concentração foi de 16 mg.L-1, justificado por interferências de uma construção civil. A média da concentração do ferro foi de 0,07 mg.L-1 no período menos chuvoso e de 0,48 mg.L-1 no período chuvoso. Diferente dos outros metais que estiveram dentro das normas do CONAMA, o ferro teve valores elevados que ultrapassaram o limite recomendado de 0,3 mg.L-1. O fator deve-se pela geologia local que favorece a descarga do elemento nos corpos hídricos. A partir das análises, ficou evidente que a sazonalidade interfere de modo direto na concentração de parâmetros em específico e apesar das variações encontradas, o rio Guamá encontra-se sem poluição oriunda dos metais pesados, obedecendo a Resolução n°357/2005 do CONAMA.  

     

  • Palavras-chave
  • ferro, cromo, zinco.
  • Modalidade
  • Vídeos
  • Área Temática
  • QUÍMICA
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Nesta edição debateremos o tema “Ciência, Tecnologia e Inovação na Amazônia Pós-Pandemia”. A escolha do tema tem por finalidade proporcionar à comunidade acadêmica discussões sobre as possibilidades de desenvolvimento da Amazônia no âmbito da Ciência e Tecnologia no contexto pós-pandêmico.

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