Situado no âmbito da psicolinguística experimental, este estudo tem por escopo analisar o processamento on-line e a capacidade das crianças com dislexia de segmentar palavras morfologicamente complexas, tendo em vista a falta de conhecimento que há acerca do modo como as pessoas com esse transtorno processam informações morfológicas (MAFRA, 2015). Na literatura psicolinguística, a investigação do processamento de palavras tem como objetivo elucidar os processos cognitivos básicos atuantes na representação e no acesso dos itens lexicais. O fenômeno linguístico a ser estudado, é a derivação, mais especificamente as derivações prefixais, sufixais e parassintéticas. Para investigá-lo, elaboramos um experimento psicolinguístico de decisão lexical, utilizando a técnica de priming semântico, em que apresentamos uma pergunta (quem não é leal é?) no slide 1, e no slide seguinte é dada a raiz de uma palavra (leal), ou seja, a partir da palavra raiz a criança terá que derivar de acordo com o contexto da pergunta. O experimento contará com a participação de quatro grupos de estudantes do ensino fundamental: (G1) disléxicos com idade entre 9 e 11 anos; (G2) disléxicos com idade entre 12 e 14 anos; (G3) crianças com desenvolvimento típico de linguagem com idade entre 9 e 11 anos; (G4) crianças com desenvolvimento típico de linguagem com idade entre 12 e 14 anos. A tarefa será executada com o auxílio do computador e de programas que permitam controlar o tempo de reação dos participantes. O desenho experimental configura-se a partir de três variáveis independentes: tipo de derivação (sufixal, prefixal e parassintética), tipo de vocábulo (real ou não) e grupos de estudantes com e sem dislexia; e ainda duas variáveis dependentes: o tempo de resposta à pergunta realizada e o índice de acertos das respostas a perguntas. Partimos da hipótese de que as crianças com dislexia apresentarão dificuldade na tarefa de produção de palavras derivadas, tendo em vista o seu acesso limitado ao léxico mental. Portanto, acreditamos que nossa pesquisa, além de oferecer importantes contribuições para a investigação sobre o processamento da morfologia derivacional de crianças com desenvolvimento típico ou atípico da linguagem, apresenta evidências de como crianças disléxicas em fase de aquisição da leitura processam palavras morfologicamente complexas. Além de oferecer um panorama descritivo de tal processamento em contexto educacional distinto.
O objetivo do Evento é disseminar a visão holística das ações universitárias da Instituição nos seus diversos Campi, além de trazer uma mostra das discussões técnico-científica que vêm sendo trabalhada na nossa Universidade para toda sociedade paraense.
Nesta edição debateremos o tema “Ciência, Tecnologia e Inovação na Amazônia Pós-Pandemia”. A escolha do tema tem por finalidade proporcionar à comunidade acadêmica discussões sobre as possibilidades de desenvolvimento da Amazônia no âmbito da Ciência e Tecnologia no contexto pós-pandêmico.
Excepcionalmente o IV INTEGRA UFRA ocorrerá de forma virtual, respeitando as indicações de distanciamento social, em virtude da pandemia por COVID-19. Desta forma as apresentações dos resumos serão de forma assíncronas e palestras serão transmitidas ao vivo, por meio de sessões virtuais.
Comissão Organizadora
Prof. Dr. Allan Klynger da Silva Lobato
Prof. Dr. Fabio Israel Martins Carvalho
Prof. Dr. Allan Douglas Bento da Costa
Dimas Oliveira da Silva
Tatianne Feitosa Soares
Comissão Científica
Prof. Dr. Allan Klynger da Silva Lobato
Prof. Dr. Fabio Israel Martins Carvalho
Prof. Dr. Allan Douglas Bento da Costa
Divisão de Programas Institucionais - DPI
A DPI é responsável pela operacionalização e controle das atividades relacionadas aos programas institucionais de pesquisa, de iniciciação científica e/ou tecnológica, de desenvolvimento tecnológico e inovação da UFRA.
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