A Língua Brasileira de Sinais — Libras — é uma língua reconhecida desde 2002 no Brasil, porém permanece invisibilizada nas escolas que muitas vezes privilegiam a cultura escrita, dando maior destaque para as línguas orais-auditivas em detrimento das Línguas de Sinais, o que resulta na percepção dos alunos surdos como “deficientes linguísticos” (KARNOPP, 2010), se tornando uma barreira para a aprendizagem destes sujeitos e muitas vezes os impedindo de terem um acesso de qualidade à educação. Diante disso, o presente estudo objetiva identificar as estratégias de alunos surdos e de seus professores ouvintes para a inclusão destes alunos na educação básica. Entende-se como estratégia nesse contexto as ações tomadas pelos indivíduos para lidarem, gerenciarem e responderem a fenômenos que se encontram sob algum conjunto específico de condições perceptíveis (STRAUSS; CORBIN, 1990). Trata-se de uma pesquisa qualitativa que teve como referencial metodológico a Teoria Fundamentada nos Dados (STRAUSS, CORBIN, 2008). Participaram deste estudo quatro surdos estudantes universitários, com idades entre 20 e 25 anos, sendo três do sexo feminino e um do sexo masculino, uma amostra de conveniência cuja seleção obedeceu aos seguintes critérios: ser surdo, ter concluído a educação básica e assinar o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido - TCLE. Este projeto foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética (Parecer Nº 4.615.079). A coleta dos dados foi feita a partir de duas rodas de conversa realizadas pelo Núcleo de Educação e Diversidade na Amazônia/NEDAM-UFRA no campus Belém, no auditório do Instituto Ciberespacial/ICIBE. O instrumento utilizado foi um roteiro com questões organizadas em três grandes temáticas: experiências educativas na educação escolar; práticas educativas; e experiências com as diferenças, as lutas e resistências. De modo geral, as rodas de conversa duraram entre 30´ e 2h, totalizando aproximadamente 3h 5’ de audiogravação. Os dados coletados foram transcritos e posteriormente analisados de modo manual conforme os processos de microanálise, codificação aberta, axial e seletiva, aplicando-se os rótulos: ação, condição e consequência (ROSÁRIO, 2017). Para este estudo foram selecionadas as categorias sob o rótulo da ação/estratégia, uma vez que se trata de uma pesquisa em andamento. A microanálise aplicada às transcrições resultou em vários códigos, os quais, ao serem agrupados, por meio de uma análise indutiva, geraram inicialmente 12 macro categorias provisórias. Ao final do processo de codificação, 8 macro categorias e 7 subcategorias se mantiveram até então: Experiências educativas, Preconceito, Direitos das pessoas Surdas, Identidade e comunidade Surda, Oralização, Propostas para a educação de Surdos, Relação com pessoas ouvintes e, tendo como categoria central, Experiências de Aprendizagem. Como resultados parciais identificamos a criação de estratégias para a aprendizagem da Língua Portuguesa na modalidade escrita por parte dos Surdos entrevistados que envolve desde a utilização da internet como ferramenta para o aprendizado, bem como a prática da leitura para a ampliação do vocabulário e de uma relação de auxílio com familiares, amigos ouvintes e intérpretes de Libras. Por parte dos professores, identificamos a criação de estratégias dentro de 2 áreas de conhecimento: matemática e química. Essas
O objetivo do Evento é disseminar a visão holística das ações universitárias da Instituição nos seus diversos Campi, além de trazer uma mostra das discussões técnico-científica que vêm sendo trabalhada na nossa Universidade para toda sociedade paraense.
Nesta edição debateremos o tema “Ciência, Tecnologia e Inovação na Amazônia Pós-Pandemia”. A escolha do tema tem por finalidade proporcionar à comunidade acadêmica discussões sobre as possibilidades de desenvolvimento da Amazônia no âmbito da Ciência e Tecnologia no contexto pós-pandêmico.
Excepcionalmente o IV INTEGRA UFRA ocorrerá de forma virtual, respeitando as indicações de distanciamento social, em virtude da pandemia por COVID-19. Desta forma as apresentações dos resumos serão de forma assíncronas e palestras serão transmitidas ao vivo, por meio de sessões virtuais.
Comissão Organizadora
Prof. Dr. Allan Klynger da Silva Lobato
Prof. Dr. Fabio Israel Martins Carvalho
Prof. Dr. Allan Douglas Bento da Costa
Dimas Oliveira da Silva
Tatianne Feitosa Soares
Comissão Científica
Prof. Dr. Allan Klynger da Silva Lobato
Prof. Dr. Fabio Israel Martins Carvalho
Prof. Dr. Allan Douglas Bento da Costa
Divisão de Programas Institucionais - DPI
A DPI é responsável pela operacionalização e controle das atividades relacionadas aos programas institucionais de pesquisa, de iniciciação científica e/ou tecnológica, de desenvolvimento tecnológico e inovação da UFRA.
e-mail: