VALIAÇÃO DE RISCO A SAÚDE PÚBLICA EM ÁREA IMPACTADA PELA MINERAÇÃO NO ESTADO DO PARÁ. BIOACUMULAÇÃO DE METAIS EM PEIXES.

  • Autor
  • Thais Helena de Araújo Lima
  • Co-autores
  • Luís Felipe Neves dos Prazeres , Hugo Augusto Mendonça Canelas , Luís Fernando Garcez , Kelly das Graças Fernandes Dantas
  • Resumo
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    A Área de Proteção Ambiental do Igarapé Gelado foi criada pelo Decreto Federal n° 97.718 em 05 de maio de 1989 e está localizada no município de Parauapebas, sudeste do estado do Pará, nos contrafortes norte da Serra dos Carajás. O município de Parauapebas recebe grande influência de mineração e pode apresentar diversas alterações em seus ecossistemas aquáticos causando prejuízos à saúde da população consumidora do pescado oriundo desses mananciais. Neste estudo, os parâmetros utilizados para a avaliação da quantidade ingerida de Hg foram comparados aos valores de consumo provisório semanal toleravel (PTWI) instiuídos pela Organização Mundial da Saude (OMS).O objetivo deste trabalho tomou como base a mensuração da quantidade de mercúrio total ingerida diariamente, semanalmente e mensalmente a partir do consumo de peixes provenientes da APA do Igarapé Gelado, próximo a bacia de rejeitos. Para o cálculo, foi considerado que um indivíduo adulto, de aproximadamente 70 kg consumiria em torno de 1 kg de pescado por dia. As três espécies utilizadas no estudo foram 5 amostras de curimatã (Prochilodus spp.), 8 amostras de tucunaré (Cichla sp) e 11 amostras de tambaqui (Colossoma macropomum). Os níveis de mercúrio total encontrados por espécie foram: Curimatã 0,47 mg/kg,  Tambaqui 0,15 mg/kg e Tucunaré 0,105 mg/kg. As quantidades achadas de mercúrio total ingeridas por um indivíduo diariamente, semanalmente e mensal foram: Curimatã 0,006 mg/dia, 0,04 mg/semana e 0,18 mg/mês ; Tambaqui 0,02 mg/dia, 0,02 mg/semana e 0,06 mg/mês; Tucunaré 0,002 mg/dia, 0,01 mg/semana e  0,05 mg/mês. A partir da análise desses resultados conclui-se que a maioria das concentrações de mercúrio total encontradas apresentaram valores abaixo do que é permitido (0,02 mg/dia, 0,1 mg/semana, 0,4 mg/mês) pela Organização Mundial da Saude (OMS), exceto o tambaqui em que se verificou um valor limítrofe (0,02 mg/dia). Embora não tenha sido constatada concentrações acima do que é permitido, vale ressaltar que o peixe é uma das bases da alimentação da população que vive nessa região e o seu consumo é bastante intenso. Logo é imperativo alertar para o risco da frequência que esse alimento é ingerido, visto que o mercúrio é um elemento que possui uma vida média biológica de até 70 dias, com alto poder de acumulação e mesmo em baixas concentrações, o seu consumo recorrente pode ser prejudicial a saúde.

     

     

  • Palavras-chave
  • curimatã; tucunaré; tambaqui.
  • Modalidade
  • Vídeos
  • Área Temática
  • MEDICINA VETERINÁRIA
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O objetivo do Evento é disseminar a visão holística das ações universitárias da Instituição nos seus diversos Campi, além de trazer uma mostra das discussões técnico-científica que vêm sendo trabalhada na nossa Universidade para toda sociedade paraense.

Nesta edição debateremos o tema “Ciência, Tecnologia e Inovação na Amazônia Pós-Pandemia”. A escolha do tema tem por finalidade proporcionar à comunidade acadêmica discussões sobre as possibilidades de desenvolvimento da Amazônia no âmbito da Ciência e Tecnologia no contexto pós-pandêmico.

Excepcionalmente o IV INTEGRA UFRA ocorrerá de forma virtual, respeitando as indicações de distanciamento social, em virtude da pandemia por COVID-19. Desta forma as apresentações dos resumos serão de forma assíncronas e palestras serão transmitidas ao vivo, por meio de sessões virtuais.

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