Até meados dos anos de 1990, o fruto do açaizeiro (Euterpe olercaea Mart.) era destinado, basicamente, ao consumo do mercado local, em especial pelos povos ribeirinhos e pelas camadas populacionais de baixa renda. Contudo, foi com a divulgação de suas qualidades energéticas e nutritivas, que o fruto passou a ser comercializado em supermercados, casas de suco, restaurantes, lanchonetes de academias e praias, ganhando a preferência dos adeptos da alimentação saudável em todo Brasil e no mercado internacional. A produção advinda do manejo tradicional na várzea não foi suficiente para atender à demanda, o que deu início a uma nova modalidade de se produzir açaí, o cultivo em terra firme. A partir disso surgiu o desafio de tecnificação do sistema de produção seguindo-se recomendações técnicas de espaçamento, adubação, irrigação e plantas melhoradas. E para a melhor adaptação da cultura em terra firme se fez necessário o uso de técnicas mais assertivas, como por exemplo o conhecimento do seu comportamento fenológico, onde se conhece os períodos das fases reprodutivas do açaizeiro. Nesse sentido o objetivo do trabalho foi caracterizar a fenologia da frutificação do açaizeiro irrigado cultivado no nordeste paraense. O estudo foi realizado em um talhão comercial de 500 x 1000 m, com espaçamento 5x5 m, totalmente irrigado por microaspersão, localizado na Fazenda Ornela LTDA município de Capitão Poço, nordeste do Estado do Pará, (lat. 1°43' S, long. 47°6' W; alt. 73 m). As observações foram realizadas semanalmente de agosto de 2019 a maio de 2021 quantificando as estruturas reprodutivas; espata floral, inflorescência, fruto verde e fruto preto. Dois métodos de avaliação foram utilizados para analisar as fenofases dos indivíduos amostrados: O índice de atividade e o percentual de intensidade de Fournier, estes dois índices combinados servem para a análise e representação dos dados é feita com distinção entre picos de atividade, verficando a presença ou ausência da fenofase do indivíduo e picos de intensidade das fenofases. O ciclo da espata floral ocorreu de setembro de 2019 a julho de 2020 com pico em novembro com duração de 10 meses. Um mês depois do início do ciclo de espata floral, início a fenofase de inflorescência ocorrendo de outubro de 2019 a agosto de 2020 com pico em dezembro. A fenofase de fruto verde durou de dezembro de 2019 a setembro de 2020 com pico em abril. Para a fenofase de fruto preto o ciclo foi de abril de 2020 a dezembro de 2020 com pico em julho. As durações médias em dias das estruturas reprodutivas foram: Espata floral 34,3 dias com desvio padrão de 8,4 dias; Inflorescência duração de 16,6 dias com desvio padrão de 6,5 dias; Fruto verde duração de 118,2 dias com desvio padrão de 17 dias; Fruto preto duração de 14,2 dias com desvio padrão de 8,7 dias. Desde a espata floral até a colheita foram 183,3 dias com desvio padrão de 40,6 dias.
O objetivo do Evento é disseminar a visão holística das ações universitárias da Instituição nos seus diversos Campi, além de trazer uma mostra das discussões técnico-científica que vêm sendo trabalhada na nossa Universidade para toda sociedade paraense.
Nesta edição debateremos o tema “Ciência, Tecnologia e Inovação na Amazônia Pós-Pandemia”. A escolha do tema tem por finalidade proporcionar à comunidade acadêmica discussões sobre as possibilidades de desenvolvimento da Amazônia no âmbito da Ciência e Tecnologia no contexto pós-pandêmico.
Excepcionalmente o IV INTEGRA UFRA ocorrerá de forma virtual, respeitando as indicações de distanciamento social, em virtude da pandemia por COVID-19. Desta forma as apresentações dos resumos serão de forma assíncronas e palestras serão transmitidas ao vivo, por meio de sessões virtuais.
Comissão Organizadora
Prof. Dr. Allan Klynger da Silva Lobato
Prof. Dr. Fabio Israel Martins Carvalho
Prof. Dr. Allan Douglas Bento da Costa
Dimas Oliveira da Silva
Tatianne Feitosa Soares
Comissão Científica
Prof. Dr. Allan Klynger da Silva Lobato
Prof. Dr. Fabio Israel Martins Carvalho
Prof. Dr. Allan Douglas Bento da Costa
Divisão de Programas Institucionais - DPI
A DPI é responsável pela operacionalização e controle das atividades relacionadas aos programas institucionais de pesquisa, de iniciciação científica e/ou tecnológica, de desenvolvimento tecnológico e inovação da UFRA.
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