FENOLOGIA DA FRUTIFICAÇÃO DO AÇAIZEIRO

  • Autor
  • Luis Otavio Cunha Neto
  • Co-autores
  • Jose Pires de Araujo Neto , Marcos Douglas de Sousa Silva , Marcus Jose Alves de Lima
  • Resumo
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    Até meados dos anos de 1990, o fruto do açaizeiro (Euterpe olercaea Mart.) era destinado, basicamente, ao consumo do mercado local, em especial pelos povos ribeirinhos e pelas camadas populacionais de baixa renda. Contudo, foi com a divulgação de suas qualidades energéticas e nutritivas, que o fruto passou a ser comercializado em supermercados, casas de suco, restaurantes, lanchonetes de academias e praias, ganhando a preferência dos adeptos da alimentação saudável em todo Brasil e no mercado internacional. A produção advinda do manejo tradicional na várzea não foi suficiente para atender à demanda, o que deu início a uma nova modalidade de se produzir açaí, o cultivo em terra firme. A partir disso surgiu o desafio de tecnificação do sistema de produção seguindo-se recomendações técnicas de espaçamento, adubação, irrigação e plantas melhoradas. E para a melhor adaptação da cultura em terra firme se fez necessário o uso de técnicas mais assertivas, como por exemplo o conhecimento do seu comportamento fenológico, onde se conhece os períodos das fases reprodutivas do açaizeiro. Nesse sentido o objetivo do trabalho foi caracterizar a fenologia da frutificação do açaizeiro irrigado cultivado no nordeste paraense. O estudo foi realizado em um talhão comercial de 500 x 1000 m, com espaçamento 5x5 m, totalmente irrigado por microaspersão, localizado na Fazenda Ornela LTDA município de Capitão Poço, nordeste do Estado do Pará, (lat. 1°43' S, long. 47°6' W; alt. 73 m). As observações foram realizadas semanalmente de agosto de 2019 a maio de 2021 quantificando as estruturas reprodutivas; espata floral, inflorescência, fruto verde e fruto preto. Dois métodos de avaliação foram utilizados para analisar as fenofases dos indivíduos amostrados: O índice de atividade e o percentual de intensidade de Fournier, estes dois índices combinados servem para a análise e representação dos dados é feita com distinção entre picos de atividade, verficando a presença ou ausência da fenofase do indivíduo e picos de intensidade das fenofases. O ciclo da espata floral ocorreu de setembro de 2019 a julho de 2020 com pico em novembro com duração de 10 meses. Um mês depois do início do ciclo de espata floral, início a fenofase de inflorescência ocorrendo de outubro de 2019 a agosto de 2020 com pico em dezembro. A fenofase de fruto verde durou de dezembro de 2019 a setembro de 2020 com pico em abril. Para a fenofase de fruto preto o ciclo foi de abril de 2020 a dezembro de 2020 com pico em julho. As durações médias em dias das estruturas reprodutivas foram: Espata floral 34,3 dias com desvio padrão de 8,4 dias; Inflorescência duração de 16,6 dias com desvio padrão de 6,5 dias; Fruto verde duração de 118,2 dias com desvio padrão de 17 dias; Fruto preto duração de 14,2 dias com desvio padrão de 8,7 dias. Desde a espata floral até a colheita foram 183,3 dias com desvio padrão de 40,6 dias.

  • Palavras-chave
  • fenologia, açaizeiro, fournier
  • Modalidade
  • Vídeos
  • Área Temática
  • AGRONOMIA
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O objetivo do Evento é disseminar a visão holística das ações universitárias da Instituição nos seus diversos Campi, além de trazer uma mostra das discussões técnico-científica que vêm sendo trabalhada na nossa Universidade para toda sociedade paraense.

Nesta edição debateremos o tema “Ciência, Tecnologia e Inovação na Amazônia Pós-Pandemia”. A escolha do tema tem por finalidade proporcionar à comunidade acadêmica discussões sobre as possibilidades de desenvolvimento da Amazônia no âmbito da Ciência e Tecnologia no contexto pós-pandêmico.

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