O nordeste paraense apresenta ampla abrangência territorial, com uma área de 69.038,40 Km² e é composto por inúmeros municípios, com enorme importância econômica para o estado do Pará (MORRELI, 2008). Nesta mesorregião, são crescentes o número de focos de queimadas, onde a degradação da floresta decorre, principalmente em função do desmatamento, da falta de prática de manejo sustentável das áreas, das queimadas e da fragmentação do ecossistema, o que inclui a perda de biodiversidade, redução da ciclagem da água e reciclagem de nutrientes, redução da qualidade de vida, dentre outros (Araújo et al., 2012). No período do verão amazônico, marcado pela presença das estiadas, e da redução da taxa pluviométrica, consorciada com o crescente número de hectares de pastagem pela região, geram um ambiente favorável para que haja focos de incêndios descentralizados; que por sua vez, degradam o solo, a floresta e culminam em riscos adversos para a população. Diante disso, a prática de sensoriamento remoto vem se mostrando aliadas do ser humano no processo de obtenção de dados alusivos aos números de queimas em parâmetros históricos; porém, alguns dados podem se tornam impressivos para valores a baixo da faixa detectável, a exemplo de queimadas em quintais, focos rapidamente controlados e entre outros; como afirmam Setzer et al. (2007). Com isso, o objetivo deste estudo foi quantificar a incidência de focos de incêndio no nordeste paraense, nos anos de 2010 a 2020, como forma de observar os meses com maior incidência de incêndios, buscando manejar de forma consciente estes processos. Os dados formam obtidos de forma remota, por meio do endereço eletrônico, do sistema DETER – Detecção de Desmatamento em Tempo Real, que consiste num levantamento rápido feito mensalmente pelo INPE, com imagens captadas pelo sensor MODIS do satélite TERRA/AQUA e pelo sensor WFI do satélite CBERS, de resolução espacial de 250m. Os dados foram tabulados no software Excel 2010, para elaboração dos gráficos e testes estatísticos. No período de 2010 a 2020, o mês de setembro mostrou com o maior índice de focos de queimadas, fator decorrente do ápice do verão amazônico, onde a vegetação apresenta menor umidade, facilitando assim, as queimas, que em alguns casos, podem ocorrer de forma espontânea. No mês de fevereiro, foram observados os menores índices de focos de incêndio, decorrente das intensas chuvas. Entre 2010 e 2020, foram registrados 557.885 focos de queimadas nas áreas do nordeste paraense. O mês de setembro e outubro apresentaram o maior número de focos de queimadas, janeiro e fevereiro, os menores valores.
O objetivo do Evento é disseminar a visão holística das ações universitárias da Instituição nos seus diversos Campi, além de trazer uma mostra das discussões técnico-científica que vêm sendo trabalhada na nossa Universidade para toda sociedade paraense.
Nesta edição debateremos o tema “Ciência, Tecnologia e Inovação na Amazônia Pós-Pandemia”. A escolha do tema tem por finalidade proporcionar à comunidade acadêmica discussões sobre as possibilidades de desenvolvimento da Amazônia no âmbito da Ciência e Tecnologia no contexto pós-pandêmico.
Excepcionalmente o IV INTEGRA UFRA ocorrerá de forma virtual, respeitando as indicações de distanciamento social, em virtude da pandemia por COVID-19. Desta forma as apresentações dos resumos serão de forma assíncronas e palestras serão transmitidas ao vivo, por meio de sessões virtuais.
Comissão Organizadora
Prof. Dr. Allan Klynger da Silva Lobato
Prof. Dr. Fabio Israel Martins Carvalho
Prof. Dr. Allan Douglas Bento da Costa
Dimas Oliveira da Silva
Tatianne Feitosa Soares
Comissão Científica
Prof. Dr. Allan Klynger da Silva Lobato
Prof. Dr. Fabio Israel Martins Carvalho
Prof. Dr. Allan Douglas Bento da Costa
Divisão de Programas Institucionais - DPI
A DPI é responsável pela operacionalização e controle das atividades relacionadas aos programas institucionais de pesquisa, de iniciciação científica e/ou tecnológica, de desenvolvimento tecnológico e inovação da UFRA.
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