O cultivo de ostras destaca-se como uma das principais medidas mitigadoras ao declínio da pesca, por apresentar viabilidade socioeconômica e ambiental. Porém, para o sucesso da atividade, é necessário compreender como os fatores bióticos e abióticos afeta o seu crescimento. Este estudo tem como objetivo o efeito da sazonalidade amazônica no crescimento de ostras Crassostrea tulipa (Lamarck, 1819) cultivadas no litoral amazônico e testar esse efeito nas quatro classes de comprimento das ostras comerciais (semente:15 a 29 mm; juvenil: 30 a 59 mm; baby: 60 a 79 mm; e, média: 80 a 100 mm). Neste experimento, utilizou-se o método de marcação interna na concha usando fluorocromo calceína, que é citado como método mais adequado para assa finalidade. O estudo teve duração de nove meses (abril a dezembro de 2016) e a cada coleta, 30 ostras eram amostradas. Para a detecção do incremento de crescimento, em laboratório, após lavagem e secagem, as ostras foram embutidas em resina cristal e seccionadas longitudinalmente com serra diamantada. Posteriormente, poliu-se os cortes resultantes com diferentes graus de pó de carboneto e óxido de alumínio e determinou-se a taxa de incremento absoluta pela detecção das marcas de calceína na concha, utilizando um microscópio de fluorescência. Sequentemente, estimou-se a taxa de incremento diário. A sazonalidade foi dividida em período chuvoso (dezembro a maio) e período seco (junho a novembro). Após testar as premissas de normalidades e heterogeneidade dos dados, para testar o efeito da sazonalidade no crescimento de ostras e verificar a interação deste efeito com as classes de comprimento, utilizou-se uma Análise de Variância two-way (ANOVA two-way) seguida de um teste post-hoc de Tukey. Os dados foram analisados no programa R (versão 4.1.0). Os resultados indicam a não houve uma interação estatisticamente significativa entre os efeitos da sazonalidade e as classes de comprimento das ostras [F(3, 180) = 0,647; p = 0,585]. Ou seja, não há diferença no crescimento das ostras por classes de comprimento sob influência da sazonalidade mas indica diferença no crescimento da ostra por sazonalidade [F(1, 180) = 7,676; p < 0,001] e entre as classes de comprimento [F(3, 180) = 11,175; p < 0,001]. Neste contexto, evidencia-se que o incremento de crescimento diário é maior na estação seca do que na estação chuvosa (p = 0,006). Além disso, evidencia-se que não há diferença significativa no incremento de crescimento entre as classes semente, juvenil e baby, mas é indicado diferenças entre as ostras tamanho médias com as demais classes (p <0,001). No presente estudo verificou-se que a sazonalidade não influencia na taxa de crescimento nas ostras cultivadas, independente da classe de tamanho da ostra. Deste modo, evidencia-se que as ostras podem ser cultivadas independente do período e que ostras das classes semente, juvenil e baby apresentam melhor desempenho de crescimento.
O objetivo do Evento é disseminar a visão holística das ações universitárias da Instituição nos seus diversos Campi, além de trazer uma mostra das discussões técnico-científica que vêm sendo trabalhada na nossa Universidade para toda sociedade paraense.
Nesta edição debateremos o tema “Ciência, Tecnologia e Inovação na Amazônia Pós-Pandemia”. A escolha do tema tem por finalidade proporcionar à comunidade acadêmica discussões sobre as possibilidades de desenvolvimento da Amazônia no âmbito da Ciência e Tecnologia no contexto pós-pandêmico.
Excepcionalmente o IV INTEGRA UFRA ocorrerá de forma virtual, respeitando as indicações de distanciamento social, em virtude da pandemia por COVID-19. Desta forma as apresentações dos resumos serão de forma assíncronas e palestras serão transmitidas ao vivo, por meio de sessões virtuais.
Comissão Organizadora
Prof. Dr. Allan Klynger da Silva Lobato
Prof. Dr. Fabio Israel Martins Carvalho
Prof. Dr. Allan Douglas Bento da Costa
Dimas Oliveira da Silva
Tatianne Feitosa Soares
Comissão Científica
Prof. Dr. Allan Klynger da Silva Lobato
Prof. Dr. Fabio Israel Martins Carvalho
Prof. Dr. Allan Douglas Bento da Costa
Divisão de Programas Institucionais - DPI
A DPI é responsável pela operacionalização e controle das atividades relacionadas aos programas institucionais de pesquisa, de iniciciação científica e/ou tecnológica, de desenvolvimento tecnológico e inovação da UFRA.
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