RESUMO: as características químicas e anatômicas da madeira, associadas a elevados teores de umidade, propiciam o desenvolvimento de fungos manchadores. Esses crescem em células parenquimáticas do alburno e se alimentam de carboidratos contidos no citoplasma através da formação de hifas. As quais liberam pigmentos que vão da escala de cinza à azulada. Esse tipo de fungo é um dos primeiros a atacar a madeira após o corte da árvore. Apesar de após o ataque e colonização de fungos manchadores na estrutura do lenho, esse não apresentar uma perda significativa de suas propriedades mecânicas, estudos apontam um aumento de permeabilidade, o que pode estar relacionado aos ataques posteriores de outros organismos xilófagos mais agressivos à estrutura do material. Além de culminar na redução de seu valor econômico, pois, o padrão estético da madeira sem manchas ainda é a preferência no mercado. Considerando esses aspectos, este estudo foi desenvolvido com o intuito de avaliar o desenvolvimento de fungos manchadores no período inicial de exposição da madeira de três espécies amazônicas às condições ambientais de floresta nativa e plantio de eucalipto. Os campos de apodrecimento foram implantados na Universidade Federal Rural da Amazônia – Campus Parauapebas. O primeiro em um plantio de eucalipto, o outro em um fragmento de floresta secundária. Dentro das áreas de experimentais os corpos de prova das madeiras de marupá - Simarouba amara Aubl., amarelão – Euxylophora paraenses Huber e muiracatiara – Astronium lecointei Ducke, foram dispostos enterrados, sobre serapilheira e suspensos em varais. Foram quatro repetições de cada espécie, sendo cada uma composta por três corpos de prova para homogeneizar a amostra. Totalizando 108 corpos de prova por área. Após os 50 dias a partir da implantação, os corpos de prova foram recolhidos e levados até o laboratório multiusuário de química para análises. Dentre as quais foi avaliado o grau de ataque por fungos manchadores, seguindo os critérios da escala de notas proposta por Benko e Highley (1990); a qual vai de 0 a 3. Sendo 0 - sem manchas visíveis nos corpos de prova, 1 e 2 – estágios intermediários de manchas e 3 com mais da metade da área superficial manchada. A espécie mais manchada por fungos nos dois campos de apodrecimento foi a Simarouba amara Aubl., com notas das amostras em contato com o solo (amostras enterradas e sobre serapilheira) na faixa de 2 e 3; e as suspensas entre 1 e 2. As amostras da espécie Euxylophora paraenses Huber em contato com o solo nas duas áreas, apresentaram notas 2 e 3. As suspensas, entre 0 e 1. As amostras da espécie Astronium lecointei Ducke em contato com o solo, apresentaram notas entre 1 e 2 para o plantio de eucalipto e, notas 0 e 1 para a floresta; as amostras suspensas não apresentaram manchas aparentes por fungos (notas 0). Madeiras em contato com o solo são mais atacadas por organismos xilófagos desde poucas horas depois da exposição inicial ao ambiente. Tal padrão pode ser observado também nos resultados da pesquisa aqui exposta.
O objetivo do Evento é disseminar a visão holística das ações universitárias da Instituição nos seus diversos Campi, além de trazer uma mostra das discussões técnico-científica que vêm sendo trabalhada na nossa Universidade para toda sociedade paraense.
Nesta edição debateremos o tema “Ciência, Tecnologia e Inovação na Amazônia Pós-Pandemia”. A escolha do tema tem por finalidade proporcionar à comunidade acadêmica discussões sobre as possibilidades de desenvolvimento da Amazônia no âmbito da Ciência e Tecnologia no contexto pós-pandêmico.
Excepcionalmente o IV INTEGRA UFRA ocorrerá de forma virtual, respeitando as indicações de distanciamento social, em virtude da pandemia por COVID-19. Desta forma as apresentações dos resumos serão de forma assíncronas e palestras serão transmitidas ao vivo, por meio de sessões virtuais.
Comissão Organizadora
Prof. Dr. Allan Klynger da Silva Lobato
Prof. Dr. Fabio Israel Martins Carvalho
Prof. Dr. Allan Douglas Bento da Costa
Dimas Oliveira da Silva
Tatianne Feitosa Soares
Comissão Científica
Prof. Dr. Allan Klynger da Silva Lobato
Prof. Dr. Fabio Israel Martins Carvalho
Prof. Dr. Allan Douglas Bento da Costa
Divisão de Programas Institucionais - DPI
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