A supressão da vegetação é uma das etapas da mineração que provoca alterações na paisagem e nas camadas do solo, que resultam em alterações físicas, químicas e biológicas no meio (JESUS et al., 2016). A reconstrução da estrutura da vegetação, no tocante à sua composição e funções ecológicas torna-se um desafio. Entre as técnicas de recuperação adotadas para reestabelecimento de áreas mineradas, a condução da regeneração natural é empregada. Avaliações com base na regeneração natural trazem informações do restabelecimento da vegetação bem como dos processos ecológicos associados e, ainda servem de base para ações de melhoria dos Programas de Recuperação de Áreas Degradadas (ALDAY et al., 2011). No município de Paragominas, no Nordeste Paraense, a empresa Mineração Paragominas S.A., vem desde o ano de 2009 adotando a condução da regeneração natural como uma técnica para recuperar suas áreas degradas após a mineração de bauxita. Nesse sentido, este estudo buscou determinar a composição florística da regeneração natural das áreas recuperadas, em diferentes anos e definir os grupos taxonômicos mais importantes. A pesquisa foi desenvolvida na área da empresa Hydro - Mineração Paragominas S.A., no Platô Miltônia 3 (3°15'38"S e 47°43’28” W), a 70 km da sede municipal de Paragominas. Áreas em recuperação por condução da regeneração natural, após a reconformação do terreno e deposição do topsoil, são isoladas, sem nenhuma intervenção. Desde 2009 até 2013, foram implantadas parcelas de 10m x 25m (250m²), nas quais foram realizadas coletas botânicas aleatoriamente. As amostras botânicas coletadas foram levadas ao Laboratório de Taxonomia de Árvores da Universidade Federal Rural da Amazônia-UFRA, em Belém, para determinação botânica e posterior herborização e tombamento no acervo do herbário Felisberto Camargo. No período do projeto foram coletados 319 indivíduos, os quais estão distribuídos em 95 espécies de 27 famílias botânicas. Para Fabaceae (22), Solanaceae (8), Euphorbiaceae (6) e Urticaceae (6) foram registrados os maiores números de espécies. Cecropia sp. (22), Cecropia distachya (12), Solanum crinitum (12), Trema micranta (12) e Vismia guianensis (11) foram as espécies para as quais registrou-se o maior número de indivíduos, além disso, estas espécies tiveram registro de ocorrência nas áreas de 1 ano até 10 anos de idade, exceto Cecropia sp. que não ocorreu no terceiro ano. Quanto a classificação das espécies em grupo ecológico, obteve-se o maior número para pioneiras com 48 espécies, 50,5% do total de 95, secundárias iniciais com 19, secundárias tardias com 27 e 1 espécie clímax. A partir disso, é possível inferir que as áreas em recuperação por regeneração natural representam dois estágios sucessionais, estágio inicial (1 ano até 5 anos de idade) com transição para o estágio intermediário (5 anos até 15 anos), segundo a classificação de Salomão et al., 2012. Quanto à similaridade, verificamos que existem espécies comuns a todas as áreas, independentemente da idade de cada área. Nos estágios sucessionais em que as áreas se encontram, há dominância de espécies pioneiras, como Cecropia sp., C. distachya, S. crinitum, T. micranta, Croton matourensis e V. guianensis em todas às áreas.
O objetivo do Evento é disseminar a visão holística das ações universitárias da Instituição nos seus diversos Campi, além de trazer uma mostra das discussões técnico-científica que vêm sendo trabalhada na nossa Universidade para toda sociedade paraense.
Nesta edição debateremos o tema “Ciência, Tecnologia e Inovação na Amazônia Pós-Pandemia”. A escolha do tema tem por finalidade proporcionar à comunidade acadêmica discussões sobre as possibilidades de desenvolvimento da Amazônia no âmbito da Ciência e Tecnologia no contexto pós-pandêmico.
Excepcionalmente o IV INTEGRA UFRA ocorrerá de forma virtual, respeitando as indicações de distanciamento social, em virtude da pandemia por COVID-19. Desta forma as apresentações dos resumos serão de forma assíncronas e palestras serão transmitidas ao vivo, por meio de sessões virtuais.
Comissão Organizadora
Prof. Dr. Allan Klynger da Silva Lobato
Prof. Dr. Fabio Israel Martins Carvalho
Prof. Dr. Allan Douglas Bento da Costa
Dimas Oliveira da Silva
Tatianne Feitosa Soares
Comissão Científica
Prof. Dr. Allan Klynger da Silva Lobato
Prof. Dr. Fabio Israel Martins Carvalho
Prof. Dr. Allan Douglas Bento da Costa
Divisão de Programas Institucionais - DPI
A DPI é responsável pela operacionalização e controle das atividades relacionadas aos programas institucionais de pesquisa, de iniciciação científica e/ou tecnológica, de desenvolvimento tecnológico e inovação da UFRA.
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