LEISHMANIOSE VISCERAL CANINA: RELATO DE CASO

  • Autor
  • Andresa de Jesus Pereira
  • Co-autores
  • Juliana Thaina Farias de Morais , Camilla Giovanna Peixoto Vieira , Pedro Henrique Marques Barrozo , Caroliny do Socorro Brito Santos , Alexandre do Rosário Casseb
  • Resumo
  • A leishmaniose visceral canina é uma antropozoonose causada pelo protozoário do gênero Leishmania infantum e é transmitida pela picada do flebotomíneo (Lutzomyia longipalpis), onde o cão será o principal reservatório. Os sinais clínicos se manifestam de acordo com o grau de infestação e imunidade do hospedeiro. O trabalho em questão visa relatar um caso de leishmaniose visceral em um cão da raça poodle de 7 anos de idade, pesando 8 kg, atendido no Hospital Veterinário Mário Dias Teixeira (HOVET), localizado na Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), o animal é advindo do município de Marabá (mesorregião do sudeste paraense). A queixa principal era a não cicatrização de ferida cutânea na região ventral do tórax. A tutora relatou que procurou um médico veterinário para realizar orquiectomia eletiva, porém, nos resultados dos exames laboratoriais solicitados no pré-operatório, foi observadas alterações como: anemia, leucopenia grave e trompocitopenia. O animal chegou ao hospital utilizando tratamento de suporte para anemia, estava fazendo uso de doxiciclina, mas a medicação agravou o seu quadro de anemia. Dessa forma, solicitou-se a realização de exames complementares. Foi solicitado exame de ultrassonografia abdominal, coletou-se material para a realização de PCR, ELISA (ensaio de imunoadsorção enzimática) e RIFI (reação de imunofluorescência indireta) para possível diagnóstico da leishmaniose. Na ultrassonografia notaram-se algumas alterações patológicas, como: aumento nas dimensões do fígado, esplenomegalia e estômago preenchido por conteúdo gasoso. Observou-se também que o animal apresentou alterações renais, tendo quadro de hematúria. Os animais com leishmaniose podem desenvolver glomerulonefrite, por causa da deposição de imunocomplexos no rim. O paciente foi encaminhado ao setor de nefrologia e seu caso clínico está sendo acompanhado. O exame de PCR obteve resultado negativo, apesar da vantagem da colheita de sangue ser menos invasiva, a sensibilidade se mostra inferior a obtida com outros tecidos. O teste de ELISA resultou em reagente 3x maior que o valor de corte, sendo o mesmo bastante utilizado para a triagem de amostras para o diagnóstico de LVC. O teste de RIFI foi reagente, apontando 1/80 de titulação; o teste está dentre os métodos imunológicos mais utilizados atualmente e sua aplicação requer alto nível de habilidade. Após a confirmação do diagnóstico de leishmaniose visceral, o animal foi submetido ao protocolo de tratamento, sendo utilizado: milteforan, alopurinol, domperidona, defensyn, para uso tópico recomendou-se o repelente defendog e a utilização de coleira repelente. O animal respondeu bem ao tratamento, se apresentou clinicamente estável. Conclui-se que, nesse caso, o animal está respondendo bem ao tratamento, e com isso é possível diminuir a carga parasitária do animal, mas isso não o torna livre de ser um reservatório, portanto, é importante ressaltar que o animal terá de utilizar repelente e coleira repelente ao longo de sua vida. O caso clínico do animal foi notificado, pois a LVC é uma doença de notificação obrigatória, já que a mesma é uma zoonose, tornando essencial o seu controle.

  • Palavras-chave
  • Leishmaniose, Cão, Antropozoonose.
  • Modalidade
  • Vídeos
  • Área Temática
  • MEDICINA VETERINÁRIA
Voltar Download

O objetivo do Evento é disseminar a visão holística das ações universitárias da Instituição nos seus diversos Campi, além de trazer uma mostra das discussões técnico-científica que vêm sendo trabalhada na nossa Universidade para toda sociedade paraense.

Nesta edição debateremos o tema “Ciência, Tecnologia e Inovação na Amazônia Pós-Pandemia”. A escolha do tema tem por finalidade proporcionar à comunidade acadêmica discussões sobre as possibilidades de desenvolvimento da Amazônia no âmbito da Ciência e Tecnologia no contexto pós-pandêmico.

Excepcionalmente o IV INTEGRA UFRA ocorrerá de forma virtual, respeitando as indicações de distanciamento social, em virtude da pandemia por COVID-19. Desta forma as apresentações dos resumos serão de forma assíncronas e palestras serão transmitidas ao vivo, por meio de sessões virtuais.

Comissão Organizadora

Prof. Dr. Allan Klynger da Silva Lobato
Prof. Dr. Fabio Israel Martins Carvalho
Prof. Dr. Allan Douglas Bento da Costa
Dimas Oliveira da Silva
Tatianne Feitosa Soares

Comissão Científica

Prof. Dr. Allan Klynger da Silva Lobato
Prof. Dr. Fabio Israel Martins Carvalho
Prof. Dr. Allan Douglas Bento da Costa

 

Divisão de Programas Institucionais - DPI

A DPI é responsável pela operacionalização e controle das atividades relacionadas aos programas institucionais de pesquisa, de iniciciação científica e/ou tecnológica, de desenvolvimento tecnológico e inovação da UFRA.

e-mail:

dpi.proped@gmail.com

pibic@ufra.edu.br