Os solos na região amazônica são considerados de baixa fertilidade, desta forma a decomposição de matéria orgânica (MO), por meio da ação dos microrganismos, se torna imprescindível em decorrência da ciclagem de nutrientes e da estabilização dos agregados, assim, se nota que o componente biológico é importante para manutenção da qualidade do solo. Nesse contexto, as propriedades biológicas se apresentam sensíveis às mudanças no uso do solo, onde a respiração basal (RB) é a mensuração do CO2 liberado na atividade da microbiota, e está relacionada com a decomposição da MO, e o carbono da biomassa microbiana (CBM) está associado ao tamanho da população dos microrganismos no solo. O objetivo do trabalho foi avaliar, por meio dos indicadores biológicos, as transformações ocorridas no solo em diferentes sistemas de manejo. A amostragem de solo foi realizada em fevereiro de 2020 no Assentamento Abril Vermelho no município de Santa Barbara do Pará. O experimento é em delineamento inteiramente causalizado (DIC) com os tratamentos T1 = floresta secundária (testemunha); T2 = pastagem; T3 = SAF. O solo foi coletado nas profundidades de 0-5 cm, 5-10 cm, 10-20 cm, em quatro repetições por tratamento e profundidade. As amostras foram levadas e preparadas no laboratório de microbiologia do solo do ICA/UFRA/Belém onde foi realizado as análises de CBM pelo método de irradiação-extração, carbono orgânico total (COT) pelo método de WALKLEY e BLACK (1934), respiração basal (RB) por meio da estimativa através da quantidade liberada de C-CO2 no período de 10 dias de incubação e, posteriormente, o quociente metabólico (qCO2) por meio da razão entre a taxa de RB e CBM. Os resultados foram submetidos à análise de variância (ANOVA) e após o teste t student no nível de significância de 0,05. O COT não teve diferença significativa, já CBM variou para as profundidades e nas diferentes coberturas, em que o T3 apresentou as maiores médias na profundidade de 0-5 cm, com resultado de 46,87 mg de C. kg-1, sendo esse o maior resultado para o sistema de uso e para as profundidades. A RB apresentou os maiores valores para T3 na profundidade de 10-20 cm, se igualando aos resultados de T1 no teste estatístico (p>0,05), com respectivamente 42,11 e 46,26 mg de C-CO2 kg-1dia-1, e aos valores da profundidade de 0 a 5 cm (34,91 mg de C-CO2 kg-1dia-1). O qCO2 apresentou o maior valor em T3 na profundidade de 10 a 20 cm e o menor para T2 em 5 a 10 cm, respectivamente 1,29 x 10-3 e 0,45 x 10-3 mg de C-CO2 kg-1dia-1. Desta forma, se observa que as variáveis biológicas avaliadas demonstraram sensibilidade a mudanças de uso do solo e profundidade e que o sistema agroflorestal apresentou maior atividade microbiana na camada superficial.
O objetivo do Evento é disseminar a visão holística das ações universitárias da Instituição nos seus diversos Campi, além de trazer uma mostra das discussões técnico-científica que vêm sendo trabalhada na nossa Universidade para toda sociedade paraense.
Nesta edição debateremos o tema “Ciência, Tecnologia e Inovação na Amazônia Pós-Pandemia”. A escolha do tema tem por finalidade proporcionar à comunidade acadêmica discussões sobre as possibilidades de desenvolvimento da Amazônia no âmbito da Ciência e Tecnologia no contexto pós-pandêmico.
Excepcionalmente o IV INTEGRA UFRA ocorrerá de forma virtual, respeitando as indicações de distanciamento social, em virtude da pandemia por COVID-19. Desta forma as apresentações dos resumos serão de forma assíncronas e palestras serão transmitidas ao vivo, por meio de sessões virtuais.
Comissão Organizadora
Prof. Dr. Allan Klynger da Silva Lobato
Prof. Dr. Fabio Israel Martins Carvalho
Prof. Dr. Allan Douglas Bento da Costa
Dimas Oliveira da Silva
Tatianne Feitosa Soares
Comissão Científica
Prof. Dr. Allan Klynger da Silva Lobato
Prof. Dr. Fabio Israel Martins Carvalho
Prof. Dr. Allan Douglas Bento da Costa
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