CARACTERIZAÇÃO FÍSICO-QUÍMICA DE ÁGUAS SUBTERRÂNEAS NA ÁREA URBANA DO MUNICÍPIO DO ACARÁ (PA)

  • Autor
  • Ayslla Mendonça dos Santos Santos
  • Co-autores
  • Albertino Monteiro Neto , Paula Maria de Melo Menezes , Ivan Carlos da Costa Barbosa
  • Resumo
  • Embora menos poluídas, as águas subterrâneas também estão sujeitas a alterações em seus parâmetros físico-químicos, podendo consequentemente causar danos à saúde de seus consumidores. Por isso, devem obedecer aos padrões estabelecidos por leis como a PRC nº 5/2017, anexo XX, do Ministério da Saúde e a Resolução 396/2008, do CONAMA. Esse trabalho teve como objetivo avaliar as variáveis físico-químicas das águas de poços amazonas no município do Acará/PA, e confrontar com a legislação vigente. Para isso, em novembro de 2019 foram realizadas coletas em 9 pontos da área urbana do município. Foram realizadas análises in situ (pH, turbidez, oxigênio dissolvido, temperatura, condutividade elétrica, STD e nitrato) e em laboratório (acidez, alcalinidade, cloreto, dureza total, cálcio e magnésio). Em todas as amostras, os valores pH permaneceram abaixo do limite recomendado, com média 3,82, comportamento esse que já era esperado devido à acidez característica dos solos da região e ao processo de oxidação da matéria orgânica. Os parâmetros oxigênio dissolvido, condutividade elétrica e temperatura apresentaram, respectivamente, as médias 2,86 mg/L, 492,5 ?S/cm e 30,88 °C. No entanto, não há valores de referência para nenhum deles. Apesar de apresentar média 4,49 NTU, a turbidez variou entre 1 e 2 NTU na maioria dos pontos, excedendo o limite permitido nos pontos P8 e P9. O comportamento da turbidez no P8 é explicado pelo fato de que no período em que foi realizada a coleta, o poço havia sido construído há pouco tempo e isso pode ter ocasionado a precipitação de partículas do solo. As médias para STD e nitrato foram, respectivamente, 47,56 e 3,24 mg/L, todos os pontos estão de acordo com o limite permitido para ambos parâmetros. Em relação aos resultados obtidos em laboratório, os parâmetros acidez e alcalinidade apresentaram as médias 103,57 e 15,18 mg/L de CaCO3, respectivamente. Não são encontrados na legislação brasileira valores de referência para acidez e alcalinidade. Em relação ao cloreto, 4 de 9 amostras apresentaram valores acima do limite permitido, a média desse parâmetro foi de 207,97 mg/L de Cl-, sendo o maior valor 321,41 mg/L de Cl-. A dureza total e os íons cálcio e magnésio apresentaram as médias 36,80 mg/L de CaCO3, 6,74 mg/L de Ca2+ e 30,06 mg/L de Mg2+, respectivamente. Destes, apenas a dureza total possui valor de referência e todos os pontos estudados estão em conformidade com a recomendação. Vale ressaltar que a dureza total é influenciada pela presença de sais de metais alcalino terrosos, principalmente cálcio e magnésio e os valores de dureza total equivalem a soma dos valores observados para estes dois íons. Apesar de todos os pontos apresentarem pH menor que o recomendado e alguns pontos apresentarem turbidez acima do permitido, esses parâmetros isoladamente não representam riscos à saúde. Os níveis de cloreto acima da faixa recomendada podem indicar contaminação por esgotos domésticos ou industriais. O restante dos parâmetros que possuem valor de referência se encontram dentro dos mesmos. Ainda que a maioria dos parâmetros estejam em conformidade com a legislação, podem existir riscos relacionados ao consumo dessas águas.

  • Palavras-chave
  • recursos hídricos, poços amazonas, variáveis físico-químicas
  • Modalidade
  • Vídeos
  • Área Temática
  • CIÊNCIAS AMBIENTAIS
Voltar Download

O objetivo do Evento é disseminar a visão holística das ações universitárias da Instituição nos seus diversos Campi, além de trazer uma mostra das discussões técnico-científica que vêm sendo trabalhada na nossa Universidade para toda sociedade paraense.

Nesta edição debateremos o tema “Ciência, Tecnologia e Inovação na Amazônia Pós-Pandemia”. A escolha do tema tem por finalidade proporcionar à comunidade acadêmica discussões sobre as possibilidades de desenvolvimento da Amazônia no âmbito da Ciência e Tecnologia no contexto pós-pandêmico.

Excepcionalmente o IV INTEGRA UFRA ocorrerá de forma virtual, respeitando as indicações de distanciamento social, em virtude da pandemia por COVID-19. Desta forma as apresentações dos resumos serão de forma assíncronas e palestras serão transmitidas ao vivo, por meio de sessões virtuais.

Comissão Organizadora

Prof. Dr. Allan Klynger da Silva Lobato
Prof. Dr. Fabio Israel Martins Carvalho
Prof. Dr. Allan Douglas Bento da Costa
Dimas Oliveira da Silva
Tatianne Feitosa Soares

Comissão Científica

Prof. Dr. Allan Klynger da Silva Lobato
Prof. Dr. Fabio Israel Martins Carvalho
Prof. Dr. Allan Douglas Bento da Costa

 

Divisão de Programas Institucionais - DPI

A DPI é responsável pela operacionalização e controle das atividades relacionadas aos programas institucionais de pesquisa, de iniciciação científica e/ou tecnológica, de desenvolvimento tecnológico e inovação da UFRA.

e-mail:

dpi.proped@gmail.com

pibic@ufra.edu.br