No município de Tomé-Açu, o cultivo de plantas com potencial terapêutico é tradicionalmente feito por agricultores familiares em pomares caseiros desenvolvidos por eles próprios. Neste trabalho foi feito um levantamento bibliométrico de artigos relacionados ao cultivo e produção de plantas com valor terapêutico pela agricultura familiar do município de Tomé-Açu. Sua relevância científica se justifica pelo desafio de entender a dinâmica histórica, socioeconômica e ambiental do cultivo de plantas medicinais à luz das abordagens que relacionam associativismo, ação coletiva e desenvolvimento no contexto da agricultura familiar tradicional amazônica. Além disso, acredita-se que este levantamento servirá como base teórica e fonte de pesquisa para outros trabalhos que venham a ser desenvolvidos, envolvendo essas temáticas. O estudo foi feito por meio da análise de 24 artigos científicos, utilizando os seguintes bancos de dados: Google Acadêmico, Portal de Periódico Capes e Scielo, sendo o foco principal de busca, artigos que relatam o cultivo agrícola feito por agricultores familiares na região. A análise dos artigos foi realizada utilizando como critérios: título do artigo, autores, nome da revista, palavras-chaves, relato do uso de plantas medicinais e ano de publicação. A análise bibliométrica permitiu a construção de uma linha temporal das publicações encontradas a respeito do cultivo de vegetais por agricultores familiares no município de Tomé-Açu. Foram encontrados registros de publicações entre os anos de 2005 e 2020. Dos 24 artigos encontrados, apenas 11 citam o cultivo de plantas medicinais pelos agricultores. Entre eles, a andiroba e a copaíba foram as principais plantas relatadas. Entre os outros vegetais com potencial terapêutico documentados nos artigos pode ser citados: o boldo, o pariri, a babosa, o capim santo, o mastruz, a erva-cidreira, a hortelã, o quebra-pedra, a laranja da terra, a pata de vaca, entre outros. O uso de plantas medicinais cultivadas e utilizadas pelos agricultores familiares em Tomé-Açu é de grande importância para o conhecimento etnobotânico destas plantas, porém, estes relatos são abordados nos artigos de forma superficial, sendo poucos os estudos sobre as plantas medicinais. Conclui-se que mais trabalhos precisam ser feitos acerca da investigação do uso dessas plantas na região tomeaçuense, visto o grande potencial agrícola da região. Sabe-se que os pomares caseiros funcionam como um banco genético, pois uma variedade de espécies são cultivadas nestes agroecossistemas. Neste sentido, pode considerar que pesquisas voltadas a este sistema de produção representam um grande aliado na conservação da biodiversidade vegetal da região.
O objetivo do Evento é disseminar a visão holística das ações universitárias da Instituição nos seus diversos Campi, além de trazer uma mostra das discussões técnico-científica que vêm sendo trabalhada na nossa Universidade para toda sociedade paraense.
Nesta edição debateremos o tema “Ciência, Tecnologia e Inovação na Amazônia Pós-Pandemia”. A escolha do tema tem por finalidade proporcionar à comunidade acadêmica discussões sobre as possibilidades de desenvolvimento da Amazônia no âmbito da Ciência e Tecnologia no contexto pós-pandêmico.
Excepcionalmente o IV INTEGRA UFRA ocorrerá de forma virtual, respeitando as indicações de distanciamento social, em virtude da pandemia por COVID-19. Desta forma as apresentações dos resumos serão de forma assíncronas e palestras serão transmitidas ao vivo, por meio de sessões virtuais.
Comissão Organizadora
Prof. Dr. Allan Klynger da Silva Lobato
Prof. Dr. Fabio Israel Martins Carvalho
Prof. Dr. Allan Douglas Bento da Costa
Dimas Oliveira da Silva
Tatianne Feitosa Soares
Comissão Científica
Prof. Dr. Allan Klynger da Silva Lobato
Prof. Dr. Fabio Israel Martins Carvalho
Prof. Dr. Allan Douglas Bento da Costa
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