ESTASE DE INGLÚVIO EM URUBU-DE-CABEÇA-PRETA (CORAGYPS ATRATUS) - RELATO DE CASO

  • Autor
  • Rui dos Santos Gemaque Junior
  • Co-autores
  • Stephane Franco da Silva , Cecília Casemiro do Carmo , Karoline Petrini Pinheiro da Cruz , Beatriz Souza dos Santos , Ana Sílvia Sardinha Ribeiro
  • Resumo
  • O urubu-de-cabeça-preta (Coragyps atratus) é uma ave de vida livre com ampla distribuição no Brasil, sua alimentação é composta principalmente de carne em putrefação, desempenhando assim um importante papel sanitário, visto que retiram o material orgânico em decomposição da superfície do solo. O correto funcionamento anatômico e fisiológico do trato gastrointestinal é fundamental nesse processo, com isso, o inglúvio é uma distensão do esôfago, cuja função é armazenar os alimentos por um breve período. A sobrecarga alimentar e traumas estão entre alguns dos fatores que podem causar estase de inglúvio, onde os sinais clínicos dessa afecção incluem regurgitação, inapetência, anorexia e esvaziamento lento. Assim, objetivou-se relatar um caso de tratamento de estase de inglúvio em um urubu-de-cabeça-preta (Coragyps atratus), atendido no Centro de Triagem e Reabilitação de Animais Selvagens do Hospital Veterinário Mario Dias Teixeira localizado nas dependências da Universidade Federal Rural da Amazônia, em fevereiro de 2021. O exemplar de Coragyps atratus encaminhado ao CETRAS-UFRA, pertence a ordem Cathartiformes família Cathartidae, adulto, sexo não definido, pesando 1,500 Kg. Na anamnese, foi informado que o animal foi encontrado caído no chão enrolado em linha de pipa. No exame clínico e após tentativas de restauração, verificou-se que o animal estava com o ligamento propatagial esquerdo inviável, sendo encaminhado para cirurgia de amputação de asa. Após demora da recuperação anestésica (cerca de 8 horas), foi realizada nova avaliação física sendo observado que o animal apresentava alimento acumulado no inglúvio, indicando que não houve jejum pré-anestésico adequado, sendo então efetuada a retirada do conteúdo e lavagem ingluvial. Nos dias consecutivos a cirurgia o animal apresentou regurgitação e apatia, com base nesses sinais e história clínica do paciente, o diagnóstico foi sugestivo de estase de inglúvio, sendo iniciado o tratamento indicado que consistiu em: cerenia® (2mg/kg — SID — IM — 3 dias); nistatina® (100.000 UI/Kg — BID —VO — 5 dias) e ibatrim® (35mg/kg — BID —VO —5 dias). O animal foi mantido em observação em recinto apropriado e após os 5 dias de tratamento, apresentou melhora, voltando a se alimentar normalmente, com uma recuperação satisfatória. Esse relato ilustra que o protocolo terapêutico realizado se demostrou eficiente no tratamento de casos de estase de inglúvio. Ressalta-se também a importância do jejum pré-anestésico em aves para evitar problemas semelhantes.

  • Palavras-chave
  • estase de Inglúvio; urubu-de-cabeça-preta; tratamento clínico.
  • Modalidade
  • Vídeos
  • Área Temática
  • MEDICINA VETERINÁRIA
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O objetivo do Evento é disseminar a visão holística das ações universitárias da Instituição nos seus diversos Campi, além de trazer uma mostra das discussões técnico-científica que vêm sendo trabalhada na nossa Universidade para toda sociedade paraense.

Nesta edição debateremos o tema “Ciência, Tecnologia e Inovação na Amazônia Pós-Pandemia”. A escolha do tema tem por finalidade proporcionar à comunidade acadêmica discussões sobre as possibilidades de desenvolvimento da Amazônia no âmbito da Ciência e Tecnologia no contexto pós-pandêmico.

Excepcionalmente o IV INTEGRA UFRA ocorrerá de forma virtual, respeitando as indicações de distanciamento social, em virtude da pandemia por COVID-19. Desta forma as apresentações dos resumos serão de forma assíncronas e palestras serão transmitidas ao vivo, por meio de sessões virtuais.

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