RELATO DE CASO: LEISHMANIOSE VISCERAL EM UM CANÍDEO NO HOSPITAL VETERINÁRIO MÁRIO DIAS TEIXEIRA - UFRA

  • Autor
  • Juliana Thaina Farias de Morais
  • Co-autores
  • Andresa de Jesus Pereira , Camilla Giovanna Peixoto Vieira , Pedro Henrique Marques Barrozo , Alzira Alcantara Mendes Queiroz Neta , Alexandre do Rosário Casseb
  • Resumo
  • A leishmaniose visceral canina é uma zoonose de alta prevalência mundial, endêmica no Brasil e de grande importância para a saúde pública. A doença é causada pelo protozoário Leishmania infantum, afetando seres humanos e cães. Nas Américas, o Brasil é o país com mais registros de casos, tanto da forma cutânea como visceral e é de notificação obrigatória para a unidade de vigilância em saúde. O reservatório considerado mais importante da leishmaniose visceral é o cão. Neste trabalho, objetivou-se relatar o caso de Leishmaniose em um canídeo fêmea, da raça Pit-Bull, nome: Kira, de 2 anos, pesando 27 Kg, atendida no Hospital Universitário Mário Dias Teixeira (UFRA) por residentes. No histórico clínico foi relatado que a mãe da paciente veio a óbito por leishmaniose e que foi comprada de um canil em Minas Gerais (BH) e tem convívio com mais 2 gatos em sua residência, e sua vacinação múltipla (V10) e antirrábica estavam atualizadas. A tutora também relatou que, aproximadamente, 7 meses o animal a apresentou lesões de pele e foi diagnosticado com Leishmaniose, foi realizado o tratamento com Milteforan e obteve melhora significativa do quadro, porém em cerca de 2 meses foram observadas novas alterações dermatológicas disseminadas pelo corpo, durante o exame físico notou-se áreas de alopecias, vermelhidão e crostas devido ao intenso prurido e alterações oftalmológicas. Desta forma, foi solicitada colheita sanguínea para os exames PCR, Hemograma, Bioquímico, RIFI (Reação de Imunofluorescência Indireta) e ELISA para o possível diagnóstico de uma reincidência da Leishmaniose, tendo em vista que o animal não repetiu exames desde seu último diagnóstico. O exame sorológico ELISA resultou-se em reagente 3x maior que o valor de corte, e o exame de RIFI, reagente, apontando uma titulação de 1/320. Já o exame PCR constatou-se negativo, uma hipótese para explicar tal resultado é o baixo número de parasitos presentes no sangue, o que já foi demonstrado por outros autores que estudam a sensibilidade da PCR ser variável de acordo com a amostra utilizada na reação, onde nas amostras de sangue total a sensibilidade mostrar-se inferior àquela obtida com outros tecidos. Após o novo diagnóstico de Leishmaniose, a paciente foi submetida a um novo protocolo de tratamento, sendo receitado: Milteforan, Alopurinol, Domperidona e Defensyn, além de shampoo hidrocortisona para terapêutica cutânea. E como medida preventiva foi adotada a coleira impregnada com Deltametrina a 4%, diversos trabalhos demonstraram a eficácia na utilização destas coleiras, entretanto, para a sua adoção em programas, é necessária a implementação de estudos longitudinais que demostrem sua efetividade.  Com o tratamento, ocorre melhora clínica e diminuição da carga parasitária no animal, mas não o torna livre de ser um reservatório e não impede que os sinais clínicos reincidam, assim a detecção precoce de canídeos infectados é fundamental para impedir a expansão da doença e é uma prerrogativa essencial para o controle da mesma.

  • Palavras-chave
  • canídeos, elisa, alopecias.
  • Modalidade
  • Vídeos
  • Área Temática
  • MEDICINA VETERINÁRIA
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O objetivo do Evento é disseminar a visão holística das ações universitárias da Instituição nos seus diversos Campi, além de trazer uma mostra das discussões técnico-científica que vêm sendo trabalhada na nossa Universidade para toda sociedade paraense.

Nesta edição debateremos o tema “Ciência, Tecnologia e Inovação na Amazônia Pós-Pandemia”. A escolha do tema tem por finalidade proporcionar à comunidade acadêmica discussões sobre as possibilidades de desenvolvimento da Amazônia no âmbito da Ciência e Tecnologia no contexto pós-pandêmico.

Excepcionalmente o IV INTEGRA UFRA ocorrerá de forma virtual, respeitando as indicações de distanciamento social, em virtude da pandemia por COVID-19. Desta forma as apresentações dos resumos serão de forma assíncronas e palestras serão transmitidas ao vivo, por meio de sessões virtuais.

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