A leishmaniose visceral canina é uma zoonose de alta prevalência mundial, endêmica no Brasil e de grande importância para a saúde pública. A doença é causada pelo protozoário Leishmania infantum, afetando seres humanos e cães. Nas Américas, o Brasil é o país com mais registros de casos, tanto da forma cutânea como visceral e é de notificação obrigatória para a unidade de vigilância em saúde. O reservatório considerado mais importante da leishmaniose visceral é o cão. Neste trabalho, objetivou-se relatar o caso de Leishmaniose em um canídeo fêmea, da raça Pit-Bull, nome: Kira, de 2 anos, pesando 27 Kg, atendida no Hospital Universitário Mário Dias Teixeira (UFRA) por residentes. No histórico clínico foi relatado que a mãe da paciente veio a óbito por leishmaniose e que foi comprada de um canil em Minas Gerais (BH) e tem convívio com mais 2 gatos em sua residência, e sua vacinação múltipla (V10) e antirrábica estavam atualizadas. A tutora também relatou que, aproximadamente, 7 meses o animal a apresentou lesões de pele e foi diagnosticado com Leishmaniose, foi realizado o tratamento com Milteforan e obteve melhora significativa do quadro, porém em cerca de 2 meses foram observadas novas alterações dermatológicas disseminadas pelo corpo, durante o exame físico notou-se áreas de alopecias, vermelhidão e crostas devido ao intenso prurido e alterações oftalmológicas. Desta forma, foi solicitada colheita sanguínea para os exames PCR, Hemograma, Bioquímico, RIFI (Reação de Imunofluorescência Indireta) e ELISA para o possível diagnóstico de uma reincidência da Leishmaniose, tendo em vista que o animal não repetiu exames desde seu último diagnóstico. O exame sorológico ELISA resultou-se em reagente 3x maior que o valor de corte, e o exame de RIFI, reagente, apontando uma titulação de 1/320. Já o exame PCR constatou-se negativo, uma hipótese para explicar tal resultado é o baixo número de parasitos presentes no sangue, o que já foi demonstrado por outros autores que estudam a sensibilidade da PCR ser variável de acordo com a amostra utilizada na reação, onde nas amostras de sangue total a sensibilidade mostrar-se inferior àquela obtida com outros tecidos. Após o novo diagnóstico de Leishmaniose, a paciente foi submetida a um novo protocolo de tratamento, sendo receitado: Milteforan, Alopurinol, Domperidona e Defensyn, além de shampoo hidrocortisona para terapêutica cutânea. E como medida preventiva foi adotada a coleira impregnada com Deltametrina a 4%, diversos trabalhos demonstraram a eficácia na utilização destas coleiras, entretanto, para a sua adoção em programas, é necessária a implementação de estudos longitudinais que demostrem sua efetividade. Com o tratamento, ocorre melhora clínica e diminuição da carga parasitária no animal, mas não o torna livre de ser um reservatório e não impede que os sinais clínicos reincidam, assim a detecção precoce de canídeos infectados é fundamental para impedir a expansão da doença e é uma prerrogativa essencial para o controle da mesma.
O objetivo do Evento é disseminar a visão holística das ações universitárias da Instituição nos seus diversos Campi, além de trazer uma mostra das discussões técnico-científica que vêm sendo trabalhada na nossa Universidade para toda sociedade paraense.
Nesta edição debateremos o tema “Ciência, Tecnologia e Inovação na Amazônia Pós-Pandemia”. A escolha do tema tem por finalidade proporcionar à comunidade acadêmica discussões sobre as possibilidades de desenvolvimento da Amazônia no âmbito da Ciência e Tecnologia no contexto pós-pandêmico.
Excepcionalmente o IV INTEGRA UFRA ocorrerá de forma virtual, respeitando as indicações de distanciamento social, em virtude da pandemia por COVID-19. Desta forma as apresentações dos resumos serão de forma assíncronas e palestras serão transmitidas ao vivo, por meio de sessões virtuais.
Comissão Organizadora
Prof. Dr. Allan Klynger da Silva Lobato
Prof. Dr. Fabio Israel Martins Carvalho
Prof. Dr. Allan Douglas Bento da Costa
Dimas Oliveira da Silva
Tatianne Feitosa Soares
Comissão Científica
Prof. Dr. Allan Klynger da Silva Lobato
Prof. Dr. Fabio Israel Martins Carvalho
Prof. Dr. Allan Douglas Bento da Costa
Divisão de Programas Institucionais - DPI
A DPI é responsável pela operacionalização e controle das atividades relacionadas aos programas institucionais de pesquisa, de iniciciação científica e/ou tecnológica, de desenvolvimento tecnológico e inovação da UFRA.
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