Parte das comunidades rurais amazônicas, mesmo banhadas por rios, sofrem com a escassez no acesso à água com qualidade para o consumo humano. Além das características impróprias da água disponível, é comum a inexistência ou ineficiência dos serviços de abastecimento convencionais. A região Norte do país possui a menor parcela da população com acesso regular a este recurso. Tecnologias de aproveitamento de água de chuva – com experiências milenares e bem sucedidas – têm sido uma alternativa comumente recorrida e estudada ao redor do mundo. Estes sistemas, caracterizados como tecnologias sociais, possuem diversas vantagens socioambientais e econômicas, com eficácia comprovada, sobretudo em regiões tropicais de alta atividade pluviométrica, como a Amazônia. Assim, este trabalho apresenta resultados de medições de diferentes parâmetros físicos, químicos e biológicos, que caracterizam qualitativamente a água proveniente de sistemas de aproveitamento de água de chuva, implantados em 7 residências unifamiliares de uma comunidade ribeirinha localizada na Ilha das Onças, região insular da capital do Pará, Belém. As coletas dos dados ocorrem in loco, mensalmente, com início em setembro de 2019 e ainda em curso. Devido as condições de isolamento social (pandemia de corona vírus), houveram interrupções no regime de coletas (entre maio e julho de 2020 e dezembro de 2020 e maio de 2021). Optou-se por dois pontos de análise em cada residência, no interior das cisternas e em uma das torneiras da residência, a qual foi acoplado um filtro de carvão ativado. A partir de setembro de 2020, 3 das residências monitoradas receberam um novo filtro, de barro, com vela de prata coloidal. Os resultados do pH, nas amostras das cisternas (média 5,63 ~ 0,74) e torneiras (média 5,38 ~ 0,61), mostraram-se ligeiramente abaixo dos valores de referência (entre 6 e 9,5) recomendados pela Portaria 2.914/11 do Ministério da Saúde. Os valores aferidos nos filtros de barro (média 7,92 ~ 0,57) estão em conformidade com esta mesma normativa. Todas as medições de Condutividade Elétrica (CE) realizadas obtiveram valores abaixo de 100 ?S/cm, como recomendado pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB). A presença de Coliformes Totais, e em alguns casos E. coli, pôde ser observada nas amostras das cisternas e torneiras. Após o uso do novo filtro, estes organismos não foram observados em quaisquer amostras. De modo geral, a utilização do filtro de barro mostrou-se uma alternativa eficiente na garantia da qualidade de água para consumo humano proveniente de tecnologias de aproveitamento de água de chuva.
O objetivo do Evento é disseminar a visão holística das ações universitárias da Instituição nos seus diversos Campi, além de trazer uma mostra das discussões técnico-científica que vêm sendo trabalhada na nossa Universidade para toda sociedade paraense.
Nesta edição debateremos o tema “Ciência, Tecnologia e Inovação na Amazônia Pós-Pandemia”. A escolha do tema tem por finalidade proporcionar à comunidade acadêmica discussões sobre as possibilidades de desenvolvimento da Amazônia no âmbito da Ciência e Tecnologia no contexto pós-pandêmico.
Excepcionalmente o IV INTEGRA UFRA ocorrerá de forma virtual, respeitando as indicações de distanciamento social, em virtude da pandemia por COVID-19. Desta forma as apresentações dos resumos serão de forma assíncronas e palestras serão transmitidas ao vivo, por meio de sessões virtuais.
Comissão Organizadora
Prof. Dr. Allan Klynger da Silva Lobato
Prof. Dr. Fabio Israel Martins Carvalho
Prof. Dr. Allan Douglas Bento da Costa
Dimas Oliveira da Silva
Tatianne Feitosa Soares
Comissão Científica
Prof. Dr. Allan Klynger da Silva Lobato
Prof. Dr. Fabio Israel Martins Carvalho
Prof. Dr. Allan Douglas Bento da Costa
Divisão de Programas Institucionais - DPI
A DPI é responsável pela operacionalização e controle das atividades relacionadas aos programas institucionais de pesquisa, de iniciciação científica e/ou tecnológica, de desenvolvimento tecnológico e inovação da UFRA.
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