A família Hymenochaetaceae do filo Basidiomycota pertencente ao reino Fungi, inclui uma diversidade com mais de 500 espécies distribuídas em quase todo o globo terrestre. Os representantes são decompositores, todos causam a podridão branca na madeira, além de ectomicorrizicos e/ou parasitas, dos quais podem ser encontrados na serapilheira, em troncos em decomposição ou em árvores vivas, sendo fundamentais para o equilíbrio ecológico. Se caracterizam por basidiomas de coloração ferrugínea (raramente de outras cores). Apresentam hifas generativas com presença de septos simples de coloração geralmente marrom, caracterizados pelo escurecimento permanente em contato com KOH (reação xantocroica). Na maior floresta tropical do mundo, a Amazônia, os estudos sobre diversidade de Hymenochaetaceae ainda são escassos, mesmo esse grupo sendo fundamental nos ecossistemas. Assim, o objetivo deste estudo foi conhecer e revisar a riqueza dos fungos Hymenochaetaceae presentes na região Amazônica. Foi realizado um checklist proveniente de bancos de dados e plataformas disponíveis na internet. Os dados de distribuição de espécies para o Brasil foram checados no banco de dados biológicos “Flora do Brasil” e no sistema de informação que integra dados primários de coleções científicas “SpeciesLink”. As buscas de ocorrências das espécies foram delimitadas para estados que compõem a região Amazônica Brasileira. Logo após as buscas, as espécies com registros amazônicos tiveram seus nomes dispostos nas plataformas Index Fungorum e Mycobank para devida classificação e nomenclatura, além de uma verificação em uma possível alteração atual no epíteto ou até mesmo no gênero. Ao todo foram encontradas 43 espécies para família Hymenochaetaceae, distribuídas em 13 gêneros, com registros para os estados da Amazônia Brasileira. O estado com maior número de registros de Hymenochaetaceae foi o Pará, com 26 espécies, seguido do Amazonas e Rondônia, com 24 espécies reportadas, enquanto Tocantins teve apenas 04 registros. O gênero de maior representatividade foi Hymenochaete Lév com nove espécies registradas, seguido de Coltricia Gray com sete espécies e Phellinus Quél com cinco espécies. Dentre as espécies encontradas, Hymenochaete iodina (Mont.) Baltazar & Gibertoni teve o maior de registros, em seis estados, exceto o Tocantins, enquanto Coltricia globispora Gomes-Silva, Ryvarden & Gibertoni é registrada somente para o estado de Rondônia. O número de espécies reportadas desta família em outras regiões do Brasil é maior do que as encontradas neste estudo. Por exemplo, as regiões Sul, Nordeste e Sudeste, apresentam 102, 62 e 52 espécies, respectivamente. Este trabalho demonstra que a riqueza de fungos de Hymenochaetaceae na Amazônia, está aquém do que se espera para esta região. É importante que novos estudos com inventário sejam realizados para conhecer a real riqueza e reduzir a carência de informações sobre o conhecimento científico da biodiversidade da Amazônia.
O objetivo do Evento é disseminar a visão holística das ações universitárias da Instituição nos seus diversos Campi, além de trazer uma mostra das discussões técnico-científica que vêm sendo trabalhada na nossa Universidade para toda sociedade paraense.
Nesta edição debateremos o tema “Ciência, Tecnologia e Inovação na Amazônia Pós-Pandemia”. A escolha do tema tem por finalidade proporcionar à comunidade acadêmica discussões sobre as possibilidades de desenvolvimento da Amazônia no âmbito da Ciência e Tecnologia no contexto pós-pandêmico.
Excepcionalmente o IV INTEGRA UFRA ocorrerá de forma virtual, respeitando as indicações de distanciamento social, em virtude da pandemia por COVID-19. Desta forma as apresentações dos resumos serão de forma assíncronas e palestras serão transmitidas ao vivo, por meio de sessões virtuais.
Comissão Organizadora
Prof. Dr. Allan Klynger da Silva Lobato
Prof. Dr. Fabio Israel Martins Carvalho
Prof. Dr. Allan Douglas Bento da Costa
Dimas Oliveira da Silva
Tatianne Feitosa Soares
Comissão Científica
Prof. Dr. Allan Klynger da Silva Lobato
Prof. Dr. Fabio Israel Martins Carvalho
Prof. Dr. Allan Douglas Bento da Costa
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