O processo de ocupação em zonas costeiras tem evidenciado preocupação nos últimos anos dado o desenvolvimento social junto as suas necessidades. Não somente, a dinâmica do uso do solo testemunha atividades antrópicas potencialmente perturbadoras aos recursos naturais a exemplo de moradias irregulares, saneamento básico precário, descarte inadequado de resíduos, obras de infraestrutura e retirada da vegetação. O estudo teve por intuito analisar e apresentar como o processo antrópico pode intensificar desgastes ambientais e comprometer a qualidade de vida dos residentes. O estudo foi realizado na zona costeira da Ilha de Caratateua – Belém/PA. A partir de um diagnóstico ambiental in loco e técnicas de geoprocessamento para caracterizar o uso e ocupação do solo e a pedologia, foram analisados sete pontos, sendo distribuídos na Praia do Barro Branco, Amor, dos Artistas, da Brasília, Praia Grande e um ponto na rotatória próxima as praias. Os resultados mostraram considerável mancha de infraestrutura urbana na zona costeira, distribuída em solos da classe Latossolo Amarelo distrófico e Espodossolo Ferrihumilúvico, com pequena mancha de Gleissolo Háplico distrófico. A primeira classe é considerada bem desenvolvida e coesa em seus agregados estruturais, não configurando forte suscetibilidade a erosão, por exemplo. Já as duas últimas classes são média e altamente vulneráveis a erosão uma vez que o segundo apresenta inconstância textural e estrutural; e o terceiro dispõe de uma organização espacial com drenos perenes. O diagnóstico ambiental salientou forte desmobilização do ambiente, descarte de resíduos sólidos ao longo dos perfis costeiros e vegetação, solo exposto na costa, queimada de resíduos vegetais, tráfego de maquinários pesados, esgoto no banco de areia, habitações em morros e em linhas da costa, ausência de coleta seletiva e obras de infraestrutura. Todos os pontos apresentaram tais problemáticas, porém a Praia do Barro Branco reuniu todos eles. Degradação como a do solo pode estabelecer uma teia de perturbações aos recursos hídricos e vegetais, ainda, limitar as necessidades básicas humanas, uma vez que tais recursos são considerados serviços ecossistêmicos. É pertinente afirmar que o resíduo diminui a capacidade de escoamento da água e, também, absorção; já a retirada da vegetação ou frequente estímulo a compactação do solo facilita a erosão paulatina, causando perda de nutrientes e dispersão de contaminantes e poluentes. O fator limite que um dado recurso tem para absorver determinada ação decidirá a reversibilidade ou irreversibilidade destas perturbações.
O objetivo do Evento é disseminar a visão holística das ações universitárias da Instituição nos seus diversos Campi, além de trazer uma mostra das discussões técnico-científica que vêm sendo trabalhada na nossa Universidade para toda sociedade paraense.
Nesta edição debateremos o tema “Ciência, Tecnologia e Inovação na Amazônia Pós-Pandemia”. A escolha do tema tem por finalidade proporcionar à comunidade acadêmica discussões sobre as possibilidades de desenvolvimento da Amazônia no âmbito da Ciência e Tecnologia no contexto pós-pandêmico.
Excepcionalmente o IV INTEGRA UFRA ocorrerá de forma virtual, respeitando as indicações de distanciamento social, em virtude da pandemia por COVID-19. Desta forma as apresentações dos resumos serão de forma assíncronas e palestras serão transmitidas ao vivo, por meio de sessões virtuais.
Comissão Organizadora
Prof. Dr. Allan Klynger da Silva Lobato
Prof. Dr. Fabio Israel Martins Carvalho
Prof. Dr. Allan Douglas Bento da Costa
Dimas Oliveira da Silva
Tatianne Feitosa Soares
Comissão Científica
Prof. Dr. Allan Klynger da Silva Lobato
Prof. Dr. Fabio Israel Martins Carvalho
Prof. Dr. Allan Douglas Bento da Costa
Divisão de Programas Institucionais - DPI
A DPI é responsável pela operacionalização e controle das atividades relacionadas aos programas institucionais de pesquisa, de iniciciação científica e/ou tecnológica, de desenvolvimento tecnológico e inovação da UFRA.
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