PERCEPÇÃO DOS MORADORES DA VILA DO ARIRI, COLARES-PA A RESPEITO DE ZOONOSES E LEVANTAMENTO EPIDEMIOLÓGICO DAS NOTIFICAÇÕES NOS ANOS DE 2007 A 2019

  • Autor
  • Max Vinicius Brasil Campos
  • Co-autores
  • Stephane Franco da Silva , Monique Gabrielle Saraiva Santos , Emelly Joventina Saraiva Machado , Maria das Dores Correia Palha
  • Resumo
  •  

    O conhecimento do perfil epidemiológico da população e do grau de informação acerca do papel do médico veterinário auxilia na orientação sobre boas práticas higiênico-sanitárias e otimiza o atendimento. Assim, avaliou-se o grau de informação dos moradores da vila do Ariri sobre zoonoses e controle populacional de animais e identificou-se o perfil epidemiológico dos casos de notificação obrigatória. Foram realizadas viagens de prospecção para a Vila do Ariri, Colares. A atividade foi integrada e interdisciplinar com obtenção dos dados por documentação audiovisual e aplicação de questionários para 145 respondentes sobre demandas de atendimento veterinário, conhecimento sobre zoonoses e interesse em castração de pets. Todas as entrevistas somente foram conduzidas após a concordância expressa em Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Viagens foram realizadas posteriormente para obtenção de dados de doenças diagnosticadas e notificadas para Secretaria Municipal de Saúde entre 2007 e 2019. O estudo foi descritivo, com abordagem quali-quantitativa e análise dos dados em planilha Microsoft Excel usando estatística descritiva simples. Com relação ao uso do serviço médico veterinário, observou-se que 75% (109/145) dos respondentes não utilizam tal serviço, em contraste com os 11% (16/145) que utilizam. Avaliando as justificativas para não procurarem o serviço veterinário, notou-se que 43% (47/109) afirmaram não possuir animais em casa; 24% (26/109) citaram que o acesso ao profissional é difícil; 10% (11/109) argumentaram não possuir condições financeiras para custear a consulta; 9% (10/109) acreditam que os serviços veterinários são desnecessários; 5% (6/109) não formularam resposta; 3% (3/109) informaram que só buscam o veterinário em momentos específicos; 2% (2/109) afirmaram sentir medo do atendimento veterinário; 2% (2/109) justificaram não ter tempo para consultas veterinárias; e, 2% (2/109) afirmaram dificuldades de locomoção e que precisam de atenção domiciliar. Quando perguntados sobre o termo “zoonoses”, identificou-se que 79% (115/145) desconhecem ou nunca ouviram sobre a expressão. Referente ao serviço de castração de cães e gatos, 48% (70/145) não demostraram interesse no procedimento e 38% (55/145) foram mais receptivos. Com o levantamento das informações inseridas no SINAN (Sistema de Informação de Agravos de Notificação) sobre potenciais zoonoses e outras situações de risco à saúde, identificou-se que 57% (17/30) das notificações são referentes ao atendimento antirrábico, 23% (7/30) foram acidentes com animais peçonhentos, 10% (3/30) confirmados com dengue, 7% (2/30) com tuberculose e 3% (1/30) com leishmaniose tegumentar. Identificou-se que 56,7% dos casos ocorreram com homens (17/30) e 43,3% em mulheres (13/30) e os casos variaram por faixa etária, de recém-nascidos (4 meses) a idosos (68 anos), sendo que 43,3% ocorreram na idade dos 30 a 59 anos (13/30) e corresponde a maior proporção dos casos. Observou-se que a comunidade da vila do Ariri em Colares é alheia sobre o papel do Médico Veterinário, a prevenção de zoonoses e a importância da castração. Esses resultados comprovam a necessidade de implantar projetos voltados a saúde única, prevenção de zoonoses e posse responsável. Faz-se necessária a atuação de médicos veterinários especializados na área da saúde pública, promovendo o atendimento de animais e a criação de programas de educação dos tutores.

     

  • Palavras-chave
  • epidemiologia; saúde pública; castração
  • Modalidade
  • Vídeos
  • Área Temática
  • MEDICINA VETERINÁRIA
Voltar Download

O objetivo do Evento é disseminar a visão holística das ações universitárias da Instituição nos seus diversos Campi, além de trazer uma mostra das discussões técnico-científica que vêm sendo trabalhada na nossa Universidade para toda sociedade paraense.

Nesta edição debateremos o tema “Ciência, Tecnologia e Inovação na Amazônia Pós-Pandemia”. A escolha do tema tem por finalidade proporcionar à comunidade acadêmica discussões sobre as possibilidades de desenvolvimento da Amazônia no âmbito da Ciência e Tecnologia no contexto pós-pandêmico.

Excepcionalmente o IV INTEGRA UFRA ocorrerá de forma virtual, respeitando as indicações de distanciamento social, em virtude da pandemia por COVID-19. Desta forma as apresentações dos resumos serão de forma assíncronas e palestras serão transmitidas ao vivo, por meio de sessões virtuais.

Comissão Organizadora

Prof. Dr. Allan Klynger da Silva Lobato
Prof. Dr. Fabio Israel Martins Carvalho
Prof. Dr. Allan Douglas Bento da Costa
Dimas Oliveira da Silva
Tatianne Feitosa Soares

Comissão Científica

Prof. Dr. Allan Klynger da Silva Lobato
Prof. Dr. Fabio Israel Martins Carvalho
Prof. Dr. Allan Douglas Bento da Costa

 

Divisão de Programas Institucionais - DPI

A DPI é responsável pela operacionalização e controle das atividades relacionadas aos programas institucionais de pesquisa, de iniciciação científica e/ou tecnológica, de desenvolvimento tecnológico e inovação da UFRA.

e-mail:

dpi.proped@gmail.com

pibic@ufra.edu.br