A medicina popular brasileira, também conhecida como medicina folclórica abrange ampla variedade de práticas que variam entre as regiões. Importante destacar, que ao contrário do sistema médico tradicional, a medicina popular associa os sintomas físicos a uma série de queixas não apenas somáticas, mas psicológicas, sociais, e espirituais contribuindo nos cuidados primários de saúde em nível comunitário. No cenário da medicina popular estão as práticas populares de cura que envolvem as atividades desenvolvidas por curandeiras e benzedeiras utilizando plantas medicinais. Essas ações milenares exercidas ao longo do tempo são permeadas por transformações sociais, psicológicas e espirituais, inclusive no que se refere ao reconhecimento público da comunidade local. Este conhecimento do saber popular, é acumulado pela experiência, repassados pela oralidade e é transmitido de maneira geracional. No entanto, enquanto gerações estão sendo substituídas e a população se torna mais urbanizada, inúmeras informações destas práticas estão sendo perdidas. O objetivo desse trabalho foi realizar um levantamento bibliográfico sobre o histórico e a importância das práticas populares de cura realizadas por benzedeiras e curandeiros, associados a utilização de plantas medicinais. A metodologia consistiu na realização de um levantamento bibliográfico na literatura especializada, relacionada ao histórico dos agentes que praticam práticas populares de cura utilizando plantas medicinais. Dentre os resultados, podemos destacar que a medicina popular brasileira é descrita como rica mistura de tradições africanas, europeias e indígenas. À diferença biológica e a diversidade cultural nos remetem a grupos sociais que possuem vasto conhecimento sobre as formas de aproveitamento e manejo dos recursos naturais vegetais. Analisando o uso das práticas de cura, os personagens começaram a se desenvolver no período colonial, no século XVII. Partem do conhecimento por meio de orações, bruxaria, e ervas medicinais com uso de chás e preparados. Os curandeiros, raizeiros ou benzedeiros são vistos como alguém possuidor de conhecimentos capaz de restaurar a saúde. Neste contexto, é imperativo aproveitar todo o potencial da medicina complementar. Já que o resgate do saber popular constitui fundamental relevância nos estudos científicos. Como considerações finais, destacamos que as práticas populares de cura são caracterizadas como alternativa à medicina convencional e visam reestabelecer a saúde a partir de técnicas e trabalhos que possuem como base conhecimentos da cultura popular bem como, plantas medicinais. É fundamental o incremento de pesquisas que reforcem estes sistemas tradicionais de cura a fim de resgatar a cidadania e os conhecimentos da medicina popular brasileira.
Alexandre Henrique Magalhães
Aline Bispo Santos Januário
Ana Karine Pessoa Bastos
Ana Paula Agrizzi
Arno Rieder
Carlos Alexandre Marques
Danilo Ribeiro de Oliveira
Elaine Santiago Brilhante Albuquerque
Else Saliés Fonseca
Ely Eduardo Saranz Camargo
Ernane Ronie Martins
Eulalia Soler Sobreira Hoogerheide
Fabian Arantes de Oliveira
Fabio de Oliveira Costa Junior
Germano Guarim Neto
Haroldo Alves Pereira Júnior
Henriqueta Tereza do Sacramento
Henry Suzuki
Ilio Montanari Júnior
Iorrana Vieira Salustiano
Isanete Geraldini Costa Bieski
James Almada da Silva
Jaqueline Guimarães
Jaqueline Rigotti Kubiszeski Guarnieri
Jefferson Pereira Caldas dos Santos
José Maria Barbosa Filho
Joseane Carvalho Costa
Júlio César Oliveira Peixe
Laís Azevedo Rodrigues
Larissa Cavalheiro da Silva
Leonir Cleomar Janke
Luis Carlos Marques
Luiz Fernando Ramos Ferreira
Marcos Roberto Furlan
Maria Corette Pasa
Marliton Rocha Barreto
Maria Maia Braggio
Mary Anne Medeiros Bandeira
Naomi Kato Simas
Nara Lins Meira Quintão
Nívea Maria Pacheco
Norma Albarello
Polliana Conceição Garcia
Raquel Regina Duarte Moreira
Ricardo Tabach
Rivaldo Niero
Rodrigo Ribeiro Tarjano Leo
Santina Rodrigues Santana
Sérgio Ascêncio
Sikiru Olaitan Balogun
Silvia Ribeiro de Souza
Solange Aparecida Nappo
Suzy Helen Dourado
Sylvia Escher de Oliveira Nielson
Vanessa Roberta Rodrigues da Cunha