Assistência Farmacêutica (AF) pode ser entendida como um conjunto de ações de caráter multiprofissional focadas na promoção, proteção e recuperação da saúde, tanto no nível individual como coletivo, tendo o medicamento e plantas medicinais como insumos essenciais e visando o acesso e o seu uso racional. Entre suas ferramentas podemos citar a Educação Sanitária e Promoção do Uso Racional de Plantas Medicinais (PM) e Medicamentos. Na gravidez e amamentação é de extrema importância uma AF diferenciada, pois estas mulheres necessitam de cuidados especiais, principalmente relacionados ao uso de medicamentos e plantas medicinais e garantia e promoção de sua saúde, de seu feto e bebê. No Brasil esse uso é freqüente porque as mulheres grávidas e lactantes, acreditam que PM são produtos "naturais" e não vão causar nenhum dano à sua saúde, ao seu feto ou bebê. O efeito de muitas plantas medicinais utilizadas nesta fase é ainda desconhecido, sendo que os maiores riscos estão relacionados ao seu potencial tóxico, morte fetal, teratogenicidade e aborto. Por esta razão, há uma restrição da utilização de várias PM principalmente durante os primeiros três meses de gestação. Portanto, o presente trabalho teve como objetivo promover uma discussão sobre o uso racional de plantas medicinais e medicamentos entre grávidas e lactantes da Associação de mulheres “ONG Bebê a Bordo" de Araraquara- SP. Foram realizadas rodas de conversa e grupos reflexivos sobre o tema e entevistas através de um questionário semi estruturado. As participantes foram orientadas sobre os potenciais riscos e contra-indicações do uso de algumas plantas medicinais e medicamentos. Como resultados as participantes relataram que como o médico suspende o uso de muitos medicamentos, passam a usar plantas medicinais para amenizar sintomas comuns na gravidez, tais como: azia, enjoo, cólicas, intestino preso, perda de sono, dentre outros. Elas não conversam com o médico sobre esse uso e por sua vez o médico não pergunta. Usam estas ervas em casa por indicação dos familiares, vizinhos, em mercados abertos e ervanarias. Declararam não ter conhecimento dos riscos potenciais de algumas PM. Sendo assim, podemos concluir que a promoção e realização de grupos educativos para a reflexão sobre o uso de plantas medicinais e medicamentos na gravidez e amamentação é urgente e necessária nos serviços públicos e privados de saúde, a fim de não expor as mulheres nesta fase à potencias riscos de saúde ainda desconhecidos.
Alexandre Henrique Magalhães
Aline Bispo Santos Januário
Ana Karine Pessoa Bastos
Ana Paula Agrizzi
Arno Rieder
Carlos Alexandre Marques
Danilo Ribeiro de Oliveira
Elaine Santiago Brilhante Albuquerque
Else Saliés Fonseca
Ely Eduardo Saranz Camargo
Ernane Ronie Martins
Eulalia Soler Sobreira Hoogerheide
Fabian Arantes de Oliveira
Fabio de Oliveira Costa Junior
Germano Guarim Neto
Haroldo Alves Pereira Júnior
Henriqueta Tereza do Sacramento
Henry Suzuki
Ilio Montanari Júnior
Iorrana Vieira Salustiano
Isanete Geraldini Costa Bieski
James Almada da Silva
Jaqueline Guimarães
Jaqueline Rigotti Kubiszeski Guarnieri
Jefferson Pereira Caldas dos Santos
José Maria Barbosa Filho
Joseane Carvalho Costa
Júlio César Oliveira Peixe
Laís Azevedo Rodrigues
Larissa Cavalheiro da Silva
Leonir Cleomar Janke
Luis Carlos Marques
Luiz Fernando Ramos Ferreira
Marcos Roberto Furlan
Maria Corette Pasa
Marliton Rocha Barreto
Maria Maia Braggio
Mary Anne Medeiros Bandeira
Naomi Kato Simas
Nara Lins Meira Quintão
Nívea Maria Pacheco
Norma Albarello
Polliana Conceição Garcia
Raquel Regina Duarte Moreira
Ricardo Tabach
Rivaldo Niero
Rodrigo Ribeiro Tarjano Leo
Santina Rodrigues Santana
Sérgio Ascêncio
Sikiru Olaitan Balogun
Silvia Ribeiro de Souza
Solange Aparecida Nappo
Suzy Helen Dourado
Sylvia Escher de Oliveira Nielson
Vanessa Roberta Rodrigues da Cunha