INTOXICAÇÃO POR LÍRIO EM FELINO- RELATO DE CASO

• Author
• Bruna Vaz da Silva Gonçalves
• Co-authors
• Isis Regina Barberini , Silvana Krychak Furtado
• Abstract

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   RESUMO: Foi demonstrado que os lírios dos gêneros Lilium e Hemerocallis causam nefrotoxicidade em gatos, apenas 2 folhas ou parte de uma única flor podem resultar em mortes. Deve ser apontado que toda a planta - pétalas, estame, folhas e pólen são tóxicos. Os lírios são comumente mantidos em plantas ornamentais, a confusão surge porque muitas plantas diferentes são chamadas de lírios. A maioria do público não sabe que os lírios podem ser perigosos para os gatos e, de fato, não conseguem identificar corretamente as plantas em suas próprias casas. Objetivou-se relatar um caso de toxicidade por lírios em felino. Um felino macho de 11 meses de idade, 3,7kg, castrado e sem raça definida, foi atendido em Hospital Veterinário Particular localizado em Curitiba/Pr, por apresentar disúria, oligúria, hematúria, vômito e inapetência. Ao exame físico o animal apresentou alterações na desidratação (estimada em 6%), temperatura retal de 34,2°C e depressão acentuada. Na compressão vesical obteve-se fluxo urinário adequado, mas constatou-se hematúria. No exame neurológico o animal apresentava paresia flácida dos membros pélvicos e diminuição do tônus da musculatura. Foram realizados hemograma, bioquímica sérica e urinálise. No hemograma não foram observadas alterações. Ao exame bioquímico, observou-se alterações como, elevação da creatinina: 15,68 mg/dl e da glicose: 228 mg/dl, bem como redução da concentração sérica de albumina: 1,77g/dl. À urinálise, verificou-se aspecto turvo e coloração avermelhada e a densidade urinária mensurada por refratometria foi 1,014. Verificou-se a presença de glicosúria, e traços de proteína. Inquirido, o proprietário relatou possuir lírio em sua residência e ter visto o animal ingerindo a planta. A identificação da espécie como Hemerocallis flava foi realizada pela identificação botânica a partir de uma amostra da planta trazida pelo proprietário. O animal foi tratado com ranitidina 2mg/kg pela via subcutânea duas vezes ao dia e fluidoterapia endovenosa com solução fisiológica para a reposição da desidratação estimada em um período de 24 horas, seguida de fluidoterapia de manutenção. No dia seguinte o paciente apresentava bom apetite e melhora do quadro clínico geral, com temperatura e hidratação adequadas, mas com leve hematúria. O felino permaneceu em tratamento e, ao terceiro dia, frente a sua melhora clínica, o felino recebeu alta. Como reflexões finais observamos que uma boa anamnese, juntamente com exames laboratoriais que identifiquem o comprometimento renal e o conhecimento do potencial tóxico de plantas ornamentais, aumentam as chances de sucesso na instituição da terapia. 

   

• Keywords
• Palavras-chave: Gato; Nefrotoxicidade; Plantas Nefrotóxicas.
• Modality
• Pôster
• Subject Area
• Ciências Farmacêuticas

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