Excepcionalmente apreciada pela beleza de suas exuberantes flores e folhas, a Victória amazonica (Poepp.) Sowerby., vernaculamente conhecida como Vitória-régia, apresenta elevada importância ecológica, medicinal e alimentícia pouco explorada na literatura. Nesse contexto, o presente trabalho objetivou caracterizar morfologicamente a estrutura foliar dessa espécie no intuito de associar com as informações científicas já existentes na bibliografia. A descrição com base nos aspectos facilmente observados, bem como as fotos e medições da folha, para estimar área foliar via software ImageJ, foram realizadas na comunidade Costa do Siripá, em Itacoatiara/AM. No levantamento, somente 11 trabalhos continham informações necessárias acerca da espécie estudada e, após análise dos documentos, é certo dizer que a V. amazonica trata-se de uma herbácea aquática fixa no substrato que possui folhas flutuantes. Quando adulta, apresenta grandes folhas orbiculares, com bordos erguidos, coloração verde-escura na face superior e, na inferior, revestida por espinhos, é roxa devido as nervuras, que formam verdadeiras redes para sustentar a folha na superfície. Empiricamente o extrato da planta é empregado medicinalmente para reumatismo, inflamação e hemorróidas quando associado com óleo de andiroba. Na comunidade, a caracterização morfológica realizada em dez folhas revelou que a espécie apresenta nervação radiada com diferenças hierárquicas nas suas espessuras, onde as nervuras principais se dispõem de grandes espinhos que surgem a cada bifurcação de uma nova nervura secundária, estas apresentam espinho bem menores e podem ser classificadas como veias broquidódromas. Os bordos apresentam a margem do tipo crenada. A face superior da lâmina denota aspecto coriáceo, enquanto que a face inferior exibe indumentos que propiciam a folha um aspecto veloso quando seca, que se assemelham ao papel camurça. Em relação as estimativas da área foliar, a média foi de 1,01m², com máxima de 1,36 m². Para altura do bordo as medidas variaram em entre 7 e 2,5 cm. Estes valores são inferiores quando comparados com dados de outros estudos, provavelmente este fato está relacionado ao ambiente em que se desenvolveram. Sobre a morfologia foliar da espécie, a descrição realizada revelou algumas características inéditas na literatura em relação à classificação da margem crenada do bordo e da identificação do posicionamento dos espinhos que surgem a cada bifurcação das nervuras.
Alexandre Henrique Magalhães
Aline Bispo Santos Januário
Ana Karine Pessoa Bastos
Ana Paula Agrizzi
Arno Rieder
Carlos Alexandre Marques
Danilo Ribeiro de Oliveira
Elaine Santiago Brilhante Albuquerque
Else Saliés Fonseca
Ely Eduardo Saranz Camargo
Ernane Ronie Martins
Eulalia Soler Sobreira Hoogerheide
Fabian Arantes de Oliveira
Fabio de Oliveira Costa Junior
Germano Guarim Neto
Haroldo Alves Pereira Júnior
Henriqueta Tereza do Sacramento
Henry Suzuki
Ilio Montanari Júnior
Iorrana Vieira Salustiano
Isanete Geraldini Costa Bieski
James Almada da Silva
Jaqueline Guimarães
Jaqueline Rigotti Kubiszeski Guarnieri
Jefferson Pereira Caldas dos Santos
José Maria Barbosa Filho
Joseane Carvalho Costa
Júlio César Oliveira Peixe
Laís Azevedo Rodrigues
Larissa Cavalheiro da Silva
Leonir Cleomar Janke
Luis Carlos Marques
Luiz Fernando Ramos Ferreira
Marcos Roberto Furlan
Maria Corette Pasa
Marliton Rocha Barreto
Maria Maia Braggio
Mary Anne Medeiros Bandeira
Naomi Kato Simas
Nara Lins Meira Quintão
Nívea Maria Pacheco
Norma Albarello
Polliana Conceição Garcia
Raquel Regina Duarte Moreira
Ricardo Tabach
Rivaldo Niero
Rodrigo Ribeiro Tarjano Leo
Santina Rodrigues Santana
Sérgio Ascêncio
Sikiru Olaitan Balogun
Silvia Ribeiro de Souza
Solange Aparecida Nappo
Suzy Helen Dourado
Sylvia Escher de Oliveira Nielson
Vanessa Roberta Rodrigues da Cunha