No que diz respeito ao setor farmacêutico, a complexidade dos mecanismos de reação envolvidos nas rotas de síntese e análise de fármacos, o usual consumo de solventes nas etapas de purificação, entre outros aspectos, coloca este setor como um importante gerador de resíduos. Frente as condutas previstas em lei ao setor químico farmacêutico e a cultura globalizada, prioriza cada vez mais a inserção de novos padrões sustentáveis, por meio do gerenciamento de resíduos, devido à preocupação e adequação a tais pressupostos de acordo com a literatura e a dinâmica de mercado atual. O objetivo foi analisar o gerenciamento de resíduos das indústrias farmacêuticas, frente à visão de produção ecologicamente sustentável. Foi realizada uma revisão bibliográfica nas bases de dados SciELO, Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Pubmed com seleção de artigos publicados de 2000 a 2015, com critérios de inclusão: artigos de qualquer língua, que em seu conteúdo relatassem sobre sustentabilidade e gestão ambiental em indústria farmacêutica e excluídos os artigos que não estavam disponíveis na integra. A consciência ecológica no setor industrial deve ser instituída em todos os tipos de grupos farmacêuticos, sejam eles micro poluentes, pequenos ou grandes geradores de resíduos. Notou-se que 100% das indústrias possuem alguma preocupação com questões ambientais. Os autores observaram que 75% das indústrias possuem uma política de gestão ambiental e 25%, apesar da preocupação, ainda não implantaram um plano sustentável. Além disso 67% possuem um programa que gerencia e controla possíveis riscos nos processos de fabricação, 25% não se adequaram. Em relação ao setor responsável pelo meio ambiente, 83% possuem este setor e 92% informam aos órgãos públicos sobre o destino final dos passivos ambientais que são produzidos pela empresa. Dentro dessas indústrias, 75% identificam todos os possíveis riscos ambientais do processo de fabricação e 17% não possuem essa identificação. Dentro desse quadro somente 67% das indústrias fazem avaliação contínua e controlam os riscos e 33% não fazem o controle adequado. É possível observar que as indústrias químico-farmacêuticas, por meio de uma maior conscientização ambiental ou em função de uma maior cobrança social, procuram buscar dentro da tecnologia de ponta, uma solução que seja mais adequada, no que diz respeito aos passivos ambientais gerados nos processos industriais. Adotando a implantação de um sistema de gestão ambiental (SGA), tanto a empresa como a comunidade serão beneficiadas, encontrando satisfação em seus produtos, segurança para os colaboradores e usuários, além de maior lucratividade para a empresa.
Alexandre Henrique Magalhães
Aline Bispo Santos Januário
Ana Karine Pessoa Bastos
Ana Paula Agrizzi
Arno Rieder
Carlos Alexandre Marques
Danilo Ribeiro de Oliveira
Elaine Santiago Brilhante Albuquerque
Else Saliés Fonseca
Ely Eduardo Saranz Camargo
Ernane Ronie Martins
Eulalia Soler Sobreira Hoogerheide
Fabian Arantes de Oliveira
Fabio de Oliveira Costa Junior
Germano Guarim Neto
Haroldo Alves Pereira Júnior
Henriqueta Tereza do Sacramento
Henry Suzuki
Ilio Montanari Júnior
Iorrana Vieira Salustiano
Isanete Geraldini Costa Bieski
James Almada da Silva
Jaqueline Guimarães
Jaqueline Rigotti Kubiszeski Guarnieri
Jefferson Pereira Caldas dos Santos
José Maria Barbosa Filho
Joseane Carvalho Costa
Júlio César Oliveira Peixe
Laís Azevedo Rodrigues
Larissa Cavalheiro da Silva
Leonir Cleomar Janke
Luis Carlos Marques
Luiz Fernando Ramos Ferreira
Marcos Roberto Furlan
Maria Corette Pasa
Marliton Rocha Barreto
Maria Maia Braggio
Mary Anne Medeiros Bandeira
Naomi Kato Simas
Nara Lins Meira Quintão
Nívea Maria Pacheco
Norma Albarello
Polliana Conceição Garcia
Raquel Regina Duarte Moreira
Ricardo Tabach
Rivaldo Niero
Rodrigo Ribeiro Tarjano Leo
Santina Rodrigues Santana
Sérgio Ascêncio
Sikiru Olaitan Balogun
Silvia Ribeiro de Souza
Solange Aparecida Nappo
Suzy Helen Dourado
Sylvia Escher de Oliveira Nielson
Vanessa Roberta Rodrigues da Cunha