Ageratum conyzoides (Asteraceae), conhecida popularmente como “mentrasto” ou “erva de São João” é encontrada na América do Sul, África e Ásia. Por apresentar as atividades biológicas a A. conyzoides é utilizada no tratamento de várias doenças incluindo, doenças do trato gastrointestinal. O jejuno, porção média do intestino delgado, é um órgão de musculatura lisa, onde ocorre a absorção de nutrientes e a propulsão do bolo alimentar. A contração do jejuno é bifásica, possuindo um componente fásico e um componente tônico. Alterações funcionais nessa contração podem acarretar distúrbio da motilidade no trato gastrointestinal. Nossos objetivos foram estudar se o óleo essencial de Ageratum conyzoides é capaz de induzir o relaxamento do jejuno, após estimulação com KCl ou carbacol, assim como comparar seu efeito com o efeito do bloqueador de canais de cálcio, nifedipina. O óleo essencial das folhas de A. conyzoides foi obtido por destilação a vapor, após identificação, confecção de exsicata e depósito em herbário. Foram utilizados camundongos Swiss machos. Estes foram eutanasiados com 60 dias de vida para o isolamento do jejuno e fixação desse ao sistema de banho de órgão. O jejuno foi mantido imerso em solução nutritiva e estimulado por KCl (80mM) ou carbacol (10-5M). O efeito do A. conyzoides foi testado e analisado pelo parâmetro farmacológico IC50 na presença e na ausência de nifedipina (10-6M). As contrações foram registradas pelo PowerLab e analisadas pelo LabChart. Os dados foram avaliados pelo teste t de Student utilizando o programa GraphPadInstat versão 5.00. Os resultados foram considerados significativos para p<0,05. Quando comparados o componente fásico com o componente tônico da contração do jejuno na presença de A. conyzoides, o componente tônico mostrou-se mais sensível ao efeito do óleo, para ambos os estimulantes. O inverso foi observado, quando comparamos fásico e tônico na associação A. conyzoides+nifedipina, após a estimulação com carbacol. A análise do componente fásico na presença de A. conyzoides com o componente fásico na associação A. conyzoides+nifedipina, mostrou que o componente fásico é mais sensível na presença da associação A. conyzoides+nifedipina. Podemos concluir que o óleo de A. conyzoides possui um efeito relaxante sobre a contração induzida por KCl e carbacol no jejuno. Além disso, seu efeito é intensificado na presença de nifedipina, sugerindo que o óleo essencial de A. conyzoides não tem ação sobre os canais de cálcio. Tal resultado é promissor, pois indica que o óleo essencial pode ser utilizado para cólicas do trato gastrintestinal.
Alexandre Henrique Magalhães
Aline Bispo Santos Januário
Ana Karine Pessoa Bastos
Ana Paula Agrizzi
Arno Rieder
Carlos Alexandre Marques
Danilo Ribeiro de Oliveira
Elaine Santiago Brilhante Albuquerque
Else Saliés Fonseca
Ely Eduardo Saranz Camargo
Ernane Ronie Martins
Eulalia Soler Sobreira Hoogerheide
Fabian Arantes de Oliveira
Fabio de Oliveira Costa Junior
Germano Guarim Neto
Haroldo Alves Pereira Júnior
Henriqueta Tereza do Sacramento
Henry Suzuki
Ilio Montanari Júnior
Iorrana Vieira Salustiano
Isanete Geraldini Costa Bieski
James Almada da Silva
Jaqueline Guimarães
Jaqueline Rigotti Kubiszeski Guarnieri
Jefferson Pereira Caldas dos Santos
José Maria Barbosa Filho
Joseane Carvalho Costa
Júlio César Oliveira Peixe
Laís Azevedo Rodrigues
Larissa Cavalheiro da Silva
Leonir Cleomar Janke
Luis Carlos Marques
Luiz Fernando Ramos Ferreira
Marcos Roberto Furlan
Maria Corette Pasa
Marliton Rocha Barreto
Maria Maia Braggio
Mary Anne Medeiros Bandeira
Naomi Kato Simas
Nara Lins Meira Quintão
Nívea Maria Pacheco
Norma Albarello
Polliana Conceição Garcia
Raquel Regina Duarte Moreira
Ricardo Tabach
Rivaldo Niero
Rodrigo Ribeiro Tarjano Leo
Santina Rodrigues Santana
Sérgio Ascêncio
Sikiru Olaitan Balogun
Silvia Ribeiro de Souza
Solange Aparecida Nappo
Suzy Helen Dourado
Sylvia Escher de Oliveira Nielson
Vanessa Roberta Rodrigues da Cunha