Ageratum conyzoides é popularmente conhecida como “menstrasto” ou “erva de São João”, sendo utilizada no tratamento de inúmeras patologias, incluindo a cólica menstrual/dismenorreia. Disfunções que influenciam a atividade espástica do útero podem gerar desconfortos, afetando o bem-estar da mulher. Assim, a compreensão da atividade de A. conyzoides pode auxiliar positivamente no tratamento destas patologias. Nossos objetivos foram avaliar o efeito do óleo essencial de A. conyzoides e da nifedipina sobre a musculatura lisa do útero nos componentes fásico e tônico da contração induzida por KCl (cloreto de potássio) e verificar se este efeito é modulado pelo do ciclo estral. A planta foi coletada na região de São João Del Rei/MG e a extração realizada pelo processo de hidrodestilação. Foram utilizados camundongos Swiss fêmeas, que foram mantidos em ambiente controlado, com ciclo de luminosidade de 12h e ração e água ad libitum. A partir dos 60 dias de vida, as fêmeas foram separadas de acordo com estágio do ciclo estral, que foi determinado pela observação da constituição celular de esfregaço vaginal, acessado com o auxílio de pipeta com meio tampão fosfato-salina (PBS). Os animais foram eutanasiados por inalação de isoflurano, tendo os cornos uterinos isolados e colocados no sistema de banho de órgãos em Solução de Krebs à temperatura de aproximadamente 37ºC. Estes foram fixados a transdutores para o registro da contração. O miométrio foi pré-incubado com doses crescentes de nifedipina (10-10M – 10-5M) ou de A. conyzoides (0,0032; 0,0064; 0,0128 e 0,0256 mg/L) seguidas de estimulação por KCl (80 mM). As contrações foram registradas pelo PowerLab, analisadas pelo LabChart. O parâmetro farmacológico avaliado foi o efeito inibitório máximo (Imáx). Os A análise dos dados foi feita pelo teste t de Student, através do programa Prism (5.0). Os resultados foram considerados significativos para p<0,05. Tanto a nifedipina quanto o óleo de A. conyzoides foram capazes de inibir a contração induzida por KCl, independente da fase do ciclo estral. Ageratum conyzoides conseguiu inibir 68,07% da contração fásica e 100,83% da tônica em anestro, enquanto em estro, a inibição foi de 48,01% na fásica e 81,03% na tônica. Já a nifedipina inibiu 43,33% do componente fásico e 120,8% do tônico em anestro, enquanto em estro, inibiu 19,60% fásica e 46,03% da tônica. Contudo, não há diferenças estatísticas entre as diferentes comparações. Estudos posteriores serão realizados para avaliar se anestro ou estro alteram o efeito do Ag. Conyzoides na presença da nifedipina.
Alexandre Henrique Magalhães
Aline Bispo Santos Januário
Ana Karine Pessoa Bastos
Ana Paula Agrizzi
Arno Rieder
Carlos Alexandre Marques
Danilo Ribeiro de Oliveira
Elaine Santiago Brilhante Albuquerque
Else Saliés Fonseca
Ely Eduardo Saranz Camargo
Ernane Ronie Martins
Eulalia Soler Sobreira Hoogerheide
Fabian Arantes de Oliveira
Fabio de Oliveira Costa Junior
Germano Guarim Neto
Haroldo Alves Pereira Júnior
Henriqueta Tereza do Sacramento
Henry Suzuki
Ilio Montanari Júnior
Iorrana Vieira Salustiano
Isanete Geraldini Costa Bieski
James Almada da Silva
Jaqueline Guimarães
Jaqueline Rigotti Kubiszeski Guarnieri
Jefferson Pereira Caldas dos Santos
José Maria Barbosa Filho
Joseane Carvalho Costa
Júlio César Oliveira Peixe
Laís Azevedo Rodrigues
Larissa Cavalheiro da Silva
Leonir Cleomar Janke
Luis Carlos Marques
Luiz Fernando Ramos Ferreira
Marcos Roberto Furlan
Maria Corette Pasa
Marliton Rocha Barreto
Maria Maia Braggio
Mary Anne Medeiros Bandeira
Naomi Kato Simas
Nara Lins Meira Quintão
Nívea Maria Pacheco
Norma Albarello
Polliana Conceição Garcia
Raquel Regina Duarte Moreira
Ricardo Tabach
Rivaldo Niero
Rodrigo Ribeiro Tarjano Leo
Santina Rodrigues Santana
Sérgio Ascêncio
Sikiru Olaitan Balogun
Silvia Ribeiro de Souza
Solange Aparecida Nappo
Suzy Helen Dourado
Sylvia Escher de Oliveira Nielson
Vanessa Roberta Rodrigues da Cunha