A partir de plantas descritas e usadas pelo conhecimento popular, foram descobertos diversos medicamentos usados até hoje pela medicina. A presença no Pantanal de populações tradicionais, que utilizam plantas medicinais e habitualmente transmitem seus conhecimentos para seus descendentes, faz da região um importante campo para estudos etnobotânicos, o que contribui para o conhecimento científico das espécies vegetais através da preservação da flora utilizando o conhecimento adquirido pela sua investigação científica. Dentro desse contexto o presente trabalho teve como principal objetivo identificar trabalhos publicados de etnobotânica com plantas medicinais mais utilizadas na região do Pantanal. Foi realizada uma revisão bibliográfica em trabalhos acadêmicos científicos, artigos de periódicos e dissertações nacionais disponíveis on-line indexado na base eletrônica, SciELO reunindo as informações dos trabalhos publicados pertinentes a etnobotânica de plantas medicinais na Região do Pantanal Mato-Grossense. Houve um comparativo em 10 (dez) trabalhos para analisar as plantas medicinais mais citadas pela população nesses locais. Do total de 251 plantas as mais citadas foram as: Lafoensia pacari (mangaba-brava, mangava-brava) e Tabebuia sp. (paratudo, ipê), seguidas das espécies, Calophyllum brasiliensis (guanandi), Cecropia sp. (embaúba), Chenopodium ambrosioides L. (erva-de-santa-maria), Dipteryx alata (cumbaru), Momordica charantia L. (melão-de-são-caetano), Myracrodruon urundeuva (aroeira), Plectranthus barbatus (boldo), Costus sp. (caninha-do-brejo). Em se tratando de saber local, em muitos casos, ele representa o único recurso terapêutico disponível que a população rural tem ao seu alcance. Os resultados dos estudos etnobotânicos e etnofarmacológicos advertem sobre o potencial de usos dessas plantas para tratar uma grande variedade de doenças, como gripe, inflamação, gastrite o que incentiva a busca de novos medicamentos fitoterápicos que utilizam a biodiversidade vegetal. O conhecimento são vivências da experiência do homem desde a sua origem até o momento atual. Esse conhecimento tradicional contribui para retomada de culturas e nas pesquisas científicas que comprovam a eficácia das plantas medicinais utilizadas pelo saber popular. Diante da importância da etonobotânica verifica-se que há uma troca de saber milenar que se cruzam entre as populações.
Agradecimentos: Ao Instituto ISA, pela oportunidade e apoio.
Alexandre Henrique Magalhães
Aline Bispo Santos Januário
Ana Karine Pessoa Bastos
Ana Paula Agrizzi
Arno Rieder
Carlos Alexandre Marques
Danilo Ribeiro de Oliveira
Elaine Santiago Brilhante Albuquerque
Else Saliés Fonseca
Ely Eduardo Saranz Camargo
Ernane Ronie Martins
Eulalia Soler Sobreira Hoogerheide
Fabian Arantes de Oliveira
Fabio de Oliveira Costa Junior
Germano Guarim Neto
Haroldo Alves Pereira Júnior
Henriqueta Tereza do Sacramento
Henry Suzuki
Ilio Montanari Júnior
Iorrana Vieira Salustiano
Isanete Geraldini Costa Bieski
James Almada da Silva
Jaqueline Guimarães
Jaqueline Rigotti Kubiszeski Guarnieri
Jefferson Pereira Caldas dos Santos
José Maria Barbosa Filho
Joseane Carvalho Costa
Júlio César Oliveira Peixe
Laís Azevedo Rodrigues
Larissa Cavalheiro da Silva
Leonir Cleomar Janke
Luis Carlos Marques
Luiz Fernando Ramos Ferreira
Marcos Roberto Furlan
Maria Corette Pasa
Marliton Rocha Barreto
Maria Maia Braggio
Mary Anne Medeiros Bandeira
Naomi Kato Simas
Nara Lins Meira Quintão
Nívea Maria Pacheco
Norma Albarello
Polliana Conceição Garcia
Raquel Regina Duarte Moreira
Ricardo Tabach
Rivaldo Niero
Rodrigo Ribeiro Tarjano Leo
Santina Rodrigues Santana
Sérgio Ascêncio
Sikiru Olaitan Balogun
Silvia Ribeiro de Souza
Solange Aparecida Nappo
Suzy Helen Dourado
Sylvia Escher de Oliveira Nielson
Vanessa Roberta Rodrigues da Cunha