Introdução: Registros relatam indícios do uso de plantas para fins medicinais, ritualísticos ou cosméticos desde os primórdios da humanidade. O conhecimento adquirido continua sendo transmitido por gerações através da oralidade que sucedem o uso, até os dias de hoje, mesmo que de forma complementar. A falta de conhecimento acerca das substâncias nocivas presentes nas plantas, o uso inadequado ou a interação com medicamentos pode causar graves problemas de saúde, dentre os mais comuns, a intoxicação. Objetivo: Analisar o perfil epidemiológico dos casos de intoxicação por plantas na Paraíba entre os anos de 2015 a 2019. Metodologia: Pesquisa transversal, de natureza quantitativa. A população deste estudo caracteriza-se por indivíduos que sofreram intoxicação por plantas entre os anos de 2015 a 2019 no estado da Paraíba. Os dados obtidos foram coletados no DATASUS pelo Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), os resultados foram agrupados em sexo, faixa etária, zona de residência e circunstância. Resultados: Dentre os anos de 2015 a 2019 ocorreram 80 casos notificados de intoxicação por plantas, tendo maior incidência no sexo feminino (51,2%), entre a faixa etária de 1 a 4 anos (30%), residentes da zona urbana (86,2%), sob a circunstância de forma acidental (63,7%). Acredita-se que esta faixa etária foi a mais acometida pelo fato de as crianças estarem na fase de descobertas e curiosidade, como também pelo fácil acesso as plantas que estão no ambiente doméstico e apresentam, em sua grande maioria, cores e formas chamativas. Apesar de os acidentes ocorrerem majoritariamente em crianças, não podemos deixar de citar que jovens, adultos e idosos também foram atingidos, mostrando que pode haver intoxicação por plantas em todas as faixas etárias. Conclusão: A falta do conhecimento prévio na escolha das plantas, seja para fins ornamentais ou para uso medicinal sem orientação médica, contribui para que acidentes por intoxicação ainda ocorram. Soluções como Farmácias Vivas e Hortos Medicinais nas Unidades Básicas de Saúde, que são a porta de entrada do Sistema Único de Saúde, bem como o preparo da equipe multidisciplinar seriam alternativas que poderiam diminuir consideravelmente estas estatísticas. Além disso, medidas de educação em saúde que proporcione o conhecimento sobre os tipos de plantas que podem causar danos de alguma forma, como intoxicação, por exemplo, deveriam ser implementadas de forma a evitar acidentes, sanar dúvidas e questionamentos.
Alexandre Henrique Magalhães
Aline Bispo Santos Januário
Ana Karine Pessoa Bastos
Ana Paula Agrizzi
Arno Rieder
Carlos Alexandre Marques
Danilo Ribeiro de Oliveira
Elaine Santiago Brilhante Albuquerque
Else Saliés Fonseca
Ely Eduardo Saranz Camargo
Ernane Ronie Martins
Eulalia Soler Sobreira Hoogerheide
Fabian Arantes de Oliveira
Fabio de Oliveira Costa Junior
Germano Guarim Neto
Haroldo Alves Pereira Júnior
Henriqueta Tereza do Sacramento
Henry Suzuki
Ilio Montanari Júnior
Iorrana Vieira Salustiano
Isanete Geraldini Costa Bieski
James Almada da Silva
Jaqueline Guimarães
Jaqueline Rigotti Kubiszeski Guarnieri
Jefferson Pereira Caldas dos Santos
José Maria Barbosa Filho
Joseane Carvalho Costa
Júlio César Oliveira Peixe
Laís Azevedo Rodrigues
Larissa Cavalheiro da Silva
Leonir Cleomar Janke
Luis Carlos Marques
Luiz Fernando Ramos Ferreira
Marcos Roberto Furlan
Maria Corette Pasa
Marliton Rocha Barreto
Maria Maia Braggio
Mary Anne Medeiros Bandeira
Naomi Kato Simas
Nara Lins Meira Quintão
Nívea Maria Pacheco
Norma Albarello
Polliana Conceição Garcia
Raquel Regina Duarte Moreira
Ricardo Tabach
Rivaldo Niero
Rodrigo Ribeiro Tarjano Leo
Santina Rodrigues Santana
Sérgio Ascêncio
Sikiru Olaitan Balogun
Silvia Ribeiro de Souza
Solange Aparecida Nappo
Suzy Helen Dourado
Sylvia Escher de Oliveira Nielson
Vanessa Roberta Rodrigues da Cunha