A ABORDAGEM DA FITOTERAPIA PARA A ALFABETIZAÇÃO CIENTÍFICA EM UM PROJETO DE HORTA NOS ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

  • Author
  • Cristiane Tessinari Pupim Venturini LOUREIRO (EDUCIMAT-IFES)
  • Co-authors
  • Maria das Graças Ferreira LOBINO (EDUCIMAT-IFES)
  • Abstract
  • A pesquisa em tela investigou as possibilidades e os limites da utilização didático-pedagógica de uma horta escolar como projeto educativo. Para tanto, a horta é considerada como um artefato pedagógico cognominada “Laboratório Vivo”, com vistas a se constituir um espaço inter/transdisciplinar cuja centralidade é o estudo da vida em suas relações socioambientais e socioculturais. Utilizou-se os saberes populares como conceitos prévios dos educandos sobre as plantas medicinais como recurso para o ensino de Ciências Naturais nos anos finais do ensino fundamental, visando processos de alfabetização científica sustentável com a abordagem da fitoterapia. Assim, acredita-se que, ao ler mundo a partir dos elementos essenciais à vida como a terra, a água, o sol, as plantas e os bichos, educandos e educadores possam construir uma consciência para a cidadania, potencializando a relação consigo mesmo, com os outros e com a natureza (Lobino, 2004). Os principais referenciais teóricos são sustentados pela vertente crítico-emancipatória apoiadas em Freire (1983, 1987, 2003, 2005), Loureiro (2003, 2006 2007, 2009, 2012) e Lobino (2001, 2002, 2004, 2012, 2013, 2014, 2015). Trata-se de uma pesquisa de cunho qualitativo tipo Estudo de Caso, com caráter participativo (Tozoni-Reis, 2009) e apoiada em questionários, relatos de bordo destinados aos estudantes que participaram da horta/laboratório vivo. A metodologia de ensino aplicada baseou –se nos três momentos pedagógicos (3MPS), segundo Angotti, Delizoicov e Pernambuco (2011, 2018): Problematização Inicial (PI), Organização do Conhecimento (OC) e Aplicação do Conhecimento (AC). Os resultados da pesquisa mostram, segundo os dados coletados, construídos e analisados à luz do referencial adotado, alguns limites do projeto ocasionados pela dificuldade da escola em flexibilizar questões como: organização espaço-tempo escolar; escassez de planejamento coletivo e pouca atenção ao que preconiza ao papel docente, segundo a Lei LDB (1996). Contudo, a metodologia desenvolvida na pesquisa apresenta dados sobre o potencial para que a horta na escola seja um “Laboratório Vivo” envolvendo mãos e mentes, ciência, fazeres e saberes, ou seja, um espaço propício para a construção dos saberes científicos escolares, bem como no desenvolvimento de ações voltadas aos conteúdos curriculares em paralelo às noções de botânica, fisiologia e saúde. As conclusões apontam que, a partir do constante diálogo com a história e os saberes locais, a horta em questão promoveu e estimulou capacidades culturais e valores sociais, o que propiciou aos sujeitos envolvidos criarem condições de repensarem coletivamente sobre o caminho que envolve a fitoterapia para a alfabetização científica.

  • Keywords
  • Fitoterapia; Alfabetização científica; Horta; Laboratório Vivo; Ensino de Ciências Naturais.
  • Modality
  • Pôster
  • Subject Area
  • Educação e Conhecimento, Etnociências
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Alexandre Henrique Magalhães

Aline Bispo Santos Januário

Ana Karine Pessoa Bastos

Ana Paula Agrizzi

Arno Rieder

Carlos Alexandre Marques

Danilo Ribeiro de Oliveira

Elaine Santiago Brilhante Albuquerque

Else Saliés Fonseca

Ely Eduardo Saranz Camargo

Ernane Ronie Martins

Eulalia Soler Sobreira Hoogerheide

Fabian Arantes de Oliveira

Fabio de Oliveira Costa Junior

Germano Guarim Neto

Haroldo Alves Pereira Júnior

Henriqueta Tereza do Sacramento

Henry Suzuki

Ilio Montanari Júnior

Iorrana Vieira Salustiano

Isanete Geraldini Costa Bieski

James Almada da Silva

Jaqueline Guimarães

Jaqueline Rigotti Kubiszeski Guarnieri

Jefferson Pereira Caldas dos Santos

José Maria Barbosa Filho

Joseane Carvalho Costa

Júlio César Oliveira Peixe

Laís Azevedo Rodrigues

Larissa Cavalheiro da Silva

Leonir Cleomar Janke

Luis Carlos Marques

Luiz Fernando Ramos Ferreira

Marcos Roberto Furlan

Maria Corette Pasa

Marliton Rocha Barreto

Maria Maia Braggio

Mary Anne Medeiros Bandeira

Naomi Kato Simas

Nara Lins Meira Quintão

Nívea Maria Pacheco

Norma Albarello

Polliana Conceição Garcia

Raquel Regina Duarte Moreira

Ricardo Tabach

Rivaldo Niero

Rodrigo Ribeiro Tarjano Leo

Santina Rodrigues Santana

Sérgio Ascêncio

Sikiru Olaitan Balogun

Silvia Ribeiro de Souza

Solange Aparecida Nappo

Suzy Helen Dourado

Sylvia Escher de Oliveira Nielson

Vanessa Roberta Rodrigues da Cunha